Os pais não sabem tudo o que os filhos fazem online
…estudo indica ainda que 48% dos jovens utiliza a Internet para copiar nos testes
As tecnologias estão já enraizadas na vida das pessoas e, como tal fazem parte das nossas tarefas diárias, acompanhando-nos nos mais diversos momentos e ocasiões.
Desde os mais velhos aos mais novos, todos utilizam a navegam na Internet, no entanto a grande maioria dos pais desconhece o comportamento online dos seus filhos.
Estes resultados, de um estudo da McAfee, indica ainda que grande parte dos jovens utiliza o telemóvel durante os testes.. para copiar!
Segundo a McAfee’s 2012 Teen Internet Behavior Study, a grande maioria dos pais não tem conhecimento do comportamento online dos seus filhos e, apesar de julgarem ter mecanismos de descobrir o que fazem, os filhos garantem que os seus progenitores estão completamente no escuro e que também não precisam de saber tudo.
Ainda assim os jovens admitem que mudariam o seu comportamento, caso os seus pais tivessem acesso às suas actividades online.
Segundo o estudo, os jovens têm várias formas de esconder dos pais aquilo que fazem na Internet:
- 53% limpam o histórico do browser
- 46% fecha ou minimiza o browser quando os pais estão por perto
- 34% oculta ou apaga os IMs e vídeos
- 23% mentem ou omitem detalhes acerca das suas actividades online
- 23% usa um computador onde os pais não acedam
- 21% utiliza dispositivos móveis com acesso à Internet
- 20% configura as definições de privacidade para que algum conteúdo esteja disponível apenas a amigos
- 20% utiliza modos de navegação privada
- 15% criam contas de e-mail desconhecidas dos pais
- 9% duplica ou inventa perfis falsos nas redes sociais
O telemóvel parece ser o acessório predilecto dos jovens uma vez que estes são facilmente observáveis em interacção com esse aparelho. Seja a enviar SMS (onde chegam a enviar uma média de 60 SMS/dia), a telefonar, a tirar fotografias, a navegar na Internet, jogar jogos, entre outros.
Mas parece que o telemóvel tem também outras funções, como o de recurso para poder copiar num teste escolar.
Segundo o estudo, 48% do jovens admite que já verificou as respostas para um teste, através da Internet. No entanto, apenas 23% dos pais diz estar preocupado se os seus filhos copiam na escola através da Internet.
Os dados indicam ainda que 22% dos jovens admitem ter copiado num teste por via online ou através de um telemóvel. Por sua vez, apenas 5% dos pais acredita que os filhos façam isso.
O estudo indicou ainda que:
- 15.8% admitem copiar num teste, através da visualização de respostas no telemóvel
- Apenas 3.2% dos pais pensa que os filhos o fazem.
- 14.1% diz já ter pesquisado formam de copiar online.
- Ainda assim, 77.2% dos progenitores diz não estar preocupado que os filhos copiem online.
Outros resultados indicaram que os jovens não consideram como perigosos os amigos estranhos da Internet. 12% indica mesmo que já conheceram pessoas pessoalmente que apenas mantinham contacto online.
São também uma minoria (12%) os pais que acreditam que os filhos acedem a pornografia online. No entanto, os resultados mostram que 32% dos jovens acedeu a este conteúdo de forma intencional e 43% afirma que acede quase semanalmente, ou com mais frequência. Ainda 36% dos jovens acederam a determinados temas sexuais online como DST e gravidez, sendo a maioria jovens do sexo feminino.
Por fim, 62.1% dos jovens já testemunhou actos de Cyberbulliyng, enquanto 23.3% admite ter sido vítima. Apenas 10% dos pais acredita que os seus filhos possam correr esse risco.
E o Facebook parece ser uma escola de agressores (bullies), uma vez que 93% dos jovens indica ser este o local onde mais comportamentos agressivos acontecem.
Estes e outros dados podem ser verificados na totalidade deste estudo.
As tecnologias são uma ferramente muito importante para a construção e desenvolvimento das crianças e jovens, no entanto é necessário estar alerta de eventuais comportamentos que ocorram online. E se há já escolas onde o iPad pode servir de recurso à aprendizagem, é também importante ter noção da dependencia que essas feramentas podem provocar, caso não sejam utilizadas com moderação.
Sabe tudo o que os seus filhos fazem online? O que pensa destes números?
Este artigo tem mais de um ano
Marisa Pinto ,
Bom dia excelente artigo , embora para mim não seja nenhuma surpresa , mais um tema de grande interesse e que deveria preocupar os pais, é na blogosfera que imensas situações obscuras podem surgir e influenciar comportamentos, sem a atenção devida mas moderada podem surgir surpresas desagradáveis .
Cumprimentos
Serva
Um amigo meu comprou um keylogger para controlar os miudos.
Thanks cap’tan.
Excelente artigo. Deviam ser lido por todos os pais com filhos menores que usam a internet, para se aperceberem dos riscos.
O grande problema é que muitas vezes os filhos percebem mais de computadores e telemóveis que os próprios pais, daí que se torna difícil controlar os filhos, que vão aprendendo como dar a volta às situações para os pais não os controlarem.
Eu tenho uma sobrinha com 8 anos que sabe fazer coisas no computador que colegas meus, no trabalho, me pedem ajuda para fazer.
Verdade
Serva
Verdade Serva, não estou a brincar, a minha sobrinha cria contas de utilizador, altera passwords no windows 7 e mais uma carrada de coisas assim um pouco mais difíceis, que colegas meus com idades entre os 30 e 40 anos não conseguem. E são pessoas que trabalham todos os dias com computadores, só que fazem a mesma coisa há aos e não progridem, enquanto os miúdos são mais curiosos, mais atrevidos e conseguem aprender a fazer mais coisas 🙂
Eu estava a dar-te razão , não estava a ironizar .
Cumprimentos
Serva
Copiar por 1 telemovel nao é o melhor metodo
Por exemplo em quimica, fisica e matematica, pode se usar uma calculadora grafica (agora já tem ecra a cores, dao para jogar gbc, gba, nes, doom, etc…) que leiem arquivos de texto, imagens jpg, bmp, com zoom, etc
Uns 100mb de memoria, prontos, nao é muito, mas desenrasca bem…
Viva à nspire cx!
back in the 90s a minha calculadora gráfica era casio cfx9850g.. com 32kb lol nos exames faziam reset as máquinas todas.
agora até as cábulas são high tech. no meu tempo eram em papelinhos ou então escritas nas borrachas e réguas.
E os telemoveis eram raros, muito básicos .. #tijolos
Pois eles têm isso tudo e continuam a não tirar boas classificações, porque os testes se forem bem feitos é necessário relacionar conteúdos, etc. e com perguntas dessas as cábulas não ajudam.
Já agora eu sou o primeiro a dar o programa da fórmula resolvente aos meus alunos para eles utilizarem e a dizer quem é que tem as informações já na calculadora para eles copiarem entre eles, no início ficam desconfiados, mas depois percebem que aquilo não lhes dá nenhuma vantagem. A não ser que eu faça perguntas de algibeira.
Tive um prof na universidade que disse para levarmos os cadernos e livros para uma frequência, fomos todos contentes até nos apercebermos que, ou sabíamos mesmo a matéria, ou não nos servia de nada os livros.
Esse tipo de maquinas não são aceites para utilização em exames nacionais.
As nspire são aceites em qualquer exame nacional
Qual o problema de ver pornografia na Internet? E qual a novidade de haver copianços? Sempre houve, mesmo antes destas tecnologias. Isto só serve para quem tem um bloqueio mental por questões filosóficas a culpar a tecnologia por tudo e mais alguma coisa, quando os problemas já existiam antes.
E, mais uma vez, digo que os controlos parentais a nível de software são inúteis. Eduquem (e não censurem estupidamente) as crianças de certas coisas, é a única forma de combater os problemas.
Errata: «Eduquem (e não censurem estupidamente) as crianças relativamente a determinados temas, é a única forma de combater os problemas.»
Exato, o problema não é a internet, seria uma absurdo privar alguém, principalmente uma criança de um meio de comuniação e informação tão essencial como a internet, dependendo de como elas usam a internet elas podem estar pesquisando coisas para adquirir informação e aprender, o que seria muito saudável.
Não acho que a solução seja criar paranóia e perseguir cada passo de uma pessoa no mundo virtual, se tem algo pra explicar sobre o que deve ou não deve fazer e os perigos diga isso e explique, se for convincente elas entenderão, crianças não são tão ignorantes a ponto de não entender algumas coisas básicas (desde que tenham uma certa idade mínima também claro, que não sei dizer qual exatamente).
FREEDOM
Uma vez em conversa com um miúdo de 11 anos.. ele sabia o que é o redtube mas não conhecia o ebay. veridico
Em relação aos conteúdos adultos é mais um taboo da sociedade atual, conheço muita gente que começou a conhecer conteúdos eróticos antes dos 10 anos (sem internet na maioria dos casos nessa época), é um processo natural o interesse pelo assunto, isso varia muito em quando alguém está mentalmente maduro para ver tal, aposto que todos vocês também tiveram curiosidade e acesso ao conteúdo muito cedo, certamente deve variar de uma pessoa pra outra, mas em geral é nada mais que curiosidade e aprendizado, não afeta a criança negativamente, exceto talvez por gastarem mais tempo pensando em safadezas que poderiam ser usadas para estudo.
A questão é que com a internet os conteúdos estão MUITO mais acessíveis.
E, se antes tu, ou outros jovens, liam/viam imagens eroticas seria porque sentiam essa necessidade de ir procurar esses conteudos, algo natural.
No entanto na internet é uma constante o aparecimento de conteudo dito para adultos.
Crianças que se dirijam à net para jogar são expostas a esses conteudos.
Cump
Os jovens têm direito à privacidade, o artigo não deixa claro a faixa etária a que se refere, uma coisa são jovens outra são crianças, meter tudo no mesmo saco não é aceitável.
Uma coisa é a forma como usam a internet e outra é o facto de fazerem fraudes. Se fazem fraudes é porque são estimulados para as fazerem e apenas demonstra o quão o ensino é mau e desinteressante. Se eu gostar do que faço ou for estimulado para gostar de algo, não vou sentir necessidade de contornar o problema.
No meu tempo de jovem, não existiam computadores, nem internet. Os meus pais também não sabiam por onde eu andava à noite, por muito que tentassem controlar. A pornografia era perfeitamente acessível e os conhecimentos que travavamos nos cafés e nas festas a que íamos, também podiam ser tão perigosos como os que são feitos agora pela internet. Tudo dependia da educação que tinhamos, na escola e em casa, bem como dos sermões que os pais nos davam a alertar para deterinados comportamentos e perigos.
Artigo interessante. 😉
Eu quando era mais novo, também ocultava as páginas quando os meus pais estavam por perto, minimizava MSN, Videocalls e confesso que não foi porque fazia algo “proibido” na internet. Fazia isto para evitar cusquices e perguntas desnecessárias do género “Com quem estás a falar?; O que está a dizer?; Quem é?; etc…” e não é porque as pessoas com quem convivia na internet eram potenciais pedófilos ou raparigas oferecidas. Normalmente falava com os meus colegas e amigos.
Acho que a privacidade faz parte de uma pessoa, tal como agora em adulto ninguém gosta que lhe cusquem nas mensagens.
Há de facto um problema que é o acesso ao qualquer conteúdo de uma forma simples, mas por um lado acho que qualquer router tem a opção para bloquear os sites e por outro lado até no facebook ou youtube conseguimos ver ou ouvir uma coisa que as crianças não devem ver e isto é inevitável. É inevitável porque até na rua eu ao ir para a Universidade, passo por 3 ou 4 stands de publicidade à SexShop ou Canais pornográficos e aí o problema não é só da internet mas sim da sociedade em si.
>potenciais pedófilos
Não quererás dizer «potenciais molestadores»? É que conforme a sociedade anda, já se deturparam as coisas daquilo que realmente são. -__-‘
Este tipo de noticias irrita-me.
Os pais não sabem tudo o que os filhos fazem online, woow grande noticia.
Deixem-me dizer, que os pais não sabem tudo o que os filhos fazem na escola, quando vão a catequese, aos escuteiros,quando vão sair com os amigos , quando vão jogar a bola com os seus colegas, quando vão ao cinema, etc. WOOOW, a coisa está a ficar seria agora, secalhar os pais não sabem de metade da festa.
Eu por mim começava a meter localizadores de GPS e uns microfones nas roupas, só para ter 100% de certeza de que é possivel saber tudo o que os filhos estão a fazer naquele mesmo momento.
Mas deixem-me ver quem fez este estudo antes de continuar a escrever… huum a empresa McAfee, huum, segundo o que me lembro essa empresa é uma empresa que trata da segurança nos computadores não é ? Faz uns programas para tornar os computadores mais seguros contra ataques de pessoas muito más e trata dos virus dos computadores , certo?
Hum, eu estava aqui a pensar… se eles quisesem fazer algum dinheiro eles já teem o tal estudo alarmente, que até tem um titulo todo bonito, dá para chamar a atenção e tudo, a unica coisa que eles teriam de fazer era pegar nos dados deste estudo, fazer um programa de “segurança” infantil, vende-lo a todos os pais e assim os pais ficariam todos contentes por saber o que os seus filhos estão a fazer. Mas eles não vão fazer tal coisa, eles apenas queriam mostrar o seu estudo que diz que os pais não sabem o que os filhos fazem na internet, certo?! Era só mesmo para fazer o estudo não era ?!
Sabem que mais ? Realmente os meus pais não sabem de metade do que eu fazo online, mas por acaso eu tambem não sei o que eles fazem online, e que tal eu entrar no email deles, ver com quem estão a falar, ver os emails do trabalho, ver se não entrou nenhum email para maiores de idade que o tal colega de trabalho mandou por “engano” 😉 , acho que assim o jogo ficava mais equilibrado que tal ? Eu instalava uns kelloger no computador dos meus pais, vi-a os emails deles, quem sabe o que se pode encontrar na conta de email de outra pessoa, secalhar até é divertido andar a ver as coisas dos outros !
E que tal em vez de andarem a entrar na conta dos vossos filhos, ou andar a ver as mensagens dos vossos filhos, que tal sentarem-se com eles, explicarem como usar a internet, as coisas que eles não devem fazer na internet,etc etc. Custa muito, perder 1 jogo de futebol para explicar isso a uma criança ? Epah, mas se quiserem usar a desculpa de que estao muito cansados do trabalho novamente ou que este é um jogo que conta para a liga portuguesa, e que é mesmo muito importante de ver, “tass bem” estão perdoados, “na boa “, é mais facil dizer a uma criança para não mexer no computador e que está proibida de fazer uma conta no facebook/hi5/twitter porque lá é onde estão todos os pedofilos e todas as coisas más que aparecem nos telejornais ( criança é violada depois de conversa no facebook, jovem foi raptado depois de falar com adulto no facebook, etc etc)
Epah se quiserem continuar a andar a ver as mensagens dos vossos filhos, e andarem a entrar nos facebooks dos vossos filhos, tudo bem por mim, mas se algum filho quiser entrar no facebook do pai ou da mae, contem comigo, eu ajudo a entrar !
Nem 8 nem 80, será que é dificil de perceber ?
Concordo com a generalidade deste comentário. 10/10 😉
speachless 🙂
+1
Artigo interessante.
Estou de acordo que os pais deviam ser mais vigilantes.
Mas também estou de acordo que deve ser dada uma certa privacidade aos filhos.
Houve um comentário atrás que mencionava usar keyloggers.. Não acho isso como uma boa solução.
Por outro lado a partir do momento que os miúdos aprendam a apagar os rastos aqui e ali.. até que ponto dá para não ir tão longe?
Uma grande ajuda neste tema é o novo sistema de controlo parental do Windows 8 (O sistema operativo envia relatórios semanais por email ao Educando relativo a toda a actividade da conta da criança).
Também 😉
os meus colegas do ano passado copiavam da internet com o telemovel xD
Os adolescente tem que ter diálogo com seus pais sobre os assunto da internet não dá dado pessoais e,nem dá endereço para estranho e deixa os pais manitora os filhos na internet