Na Europa, já não se fazem muralhas de betão… Fazem-se muralhas de drones
Uma proposta audaciosa está a ganhar força na Europa, impulsionada pela crescente vulnerabilidade do seu espaço aéreo face às ameaças russas. A ideia consiste em erguer uma barreira defensiva continental, não de betão, mas sim de uma complexa e interligada rede de drones e sistemas antidrone.
A resposta continental à ameaça russa: uma muralha de drones
As recentes e sucessivas incursões de drones e aeronaves russas sobre os céus de países como a Polónia, a Roménia, a Estónia e até nações nórdicas como a Dinamarca e a Noruega, expuseram uma fragilidade crítica na defesa aérea europeia.
Estas violações forçaram o encerramento de aeroportos civis, a ativação de caças da NATO e o uso de mísseis caros para abater aparelhos cujo custo é ínfimo em comparação. O alarme soou do Báltico ao Atlântico, consolidando a convicção de que a resposta tem de ser um esforço coordenado à escala de todo o continente.
É neste contexto que surge o conceito de uma "muralha de drones". Promovida pelo comissário europeu para a Defesa, Andrius Kubilius, a iniciativa propõe um sistema de defesa em múltiplas camadas:
- Este escudo incluiria radares, sensores acústicos, plataformas de interseção, artilharia antiaérea de curto alcance e drones defensivos, tudo interligado numa rede que permite a partilha de dados em tempo real entre os países-membros.
O objetivo final é alcançar uma interoperabilidade total e uma cobertura comum, capaz de detetar e neutralizar ameaças em segundos. O projeto, que será apresentado na cimeira informal de Copenhaga, ambiciona abranger todo o continente, integrando também capacidades espaciais em colaboração com a Agência Espacial Europeia.
Ucrânia passa de recetor de ajuda a parceiro
Um dos pilares centrais desta nova estratégia é a participação ativa da Ucrânia. Após anos de guerra, as suas forças armadas tornaram-se as mais experientes do mundo na defesa contra enxames de drones.
Os fabricantes ucranianos, beneficiando do retorno imediato de informação vinda da frente de batalha, desenvolveram uma indústria ágil e capaz de adaptar os seus projetos em poucas semanas, um dinamismo que contrasta com a rigidez da indústria de armamento tradicional europeia.
Kiev já se ofereceu para partilhar o seu vasto conhecimento, enviar equipas técnicas para formar os exércitos da NATO e participar no desenvolvimento conjunto de novos sistemas. Vários países, como o Reino Unido e a Dinamarca, já estabeleceram alianças industriais com empresas ucranianas para a produção conjunta de drones.
O desafio do financiamento de uma poderosa linha de drones
O projeto da muralha de drones avança em paralelo com uma iniciativa financeira de enorme envergadura: um empréstimo de 140 mil milhões de euros à Ucrânia, garantido pelos lucros gerados a partir dos ativos russos congelados na União Europeia.
A Alemanha, que inicialmente se mostrou reticente, parece agora disposta a apoiar o plano, convencida de que, sem estes fundos, será impossível compensar o vazio deixado pela diminuição do apoio norte-americano.
Esta fórmula jurídica evitaria o confisco direto dos fundos, uma medida controversa, mas permitiria gerar os recursos necessários para sustentar o esforço de guerra ucraniano. Embora a Hungria, devido à sua proximidade com o Kremlin, represente um obstáculo potencial, Bruxelas explora vias legais para contornar a necessidade de unanimidade.
A interligação entre o financiamento a Kiev e a criação do escudo continental sublinha uma nova realidade: a defesa da Europa está intrinsecamente ligada à sobrevivência da Ucrânia.
Apesar do entusiasmo vindo de Bruxelas e dos países do Leste Europeu, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, adotou uma postura mais cautelosa. Na sua opinião, é irrealista acreditar que uma muralha de drones possa estar operacional em três ou quatro anos, dado que os processos de aquisição e desenvolvimento tecnológico militar são consideravelmente mais lentos.
Pistorius defende a priorização de capacidades flexíveis, que se possam adaptar a uma tecnologia em constante e rápida evolução, em vez de um compromisso com um conceito rígido e de custo elevado. As suas palavras refletem a tensão entre os que exigem uma ação rápida e decisiva, como os países bálticos e a Polónia, e os que, como a Alemanha, defendem a prudência e a sustentabilidade financeira.
'Project Octopus' do Reino Unido
Paralelamente, o Reino Unido anunciou a sua própria contribuição através de um programa conjunto com a Ucrânia, denominado 'Project Octopus'. O objetivo é produzir, em fábricas britânicas, drones intercetores de baixo custo que possam ser fabricados em massa e implementados em poucas semanas.
Estes aparelhos, que se mostraram eficazes contra os drones Shahed iranianos, têm um custo de produção dez vezes inferior ao dos sistemas equivalentes e poderiam tornar-se na espinha dorsal da defesa aérea europeia de curto alcance.
Londres planeia partilhar a propriedade intelectual com Kiev e fornecer os drones tanto à Ucrânia como a outros países da NATO.
A iniciativa da muralha de drones insere-se num contexto mais amplo de redefinição da segurança europeia, acelerado pela perspetiva de um progressivo desinteresse dos Estados Unidos.
O afastamento de Washington tornou evidente que o principal aliado militar da Europa poderá já não ser os EUA, mas sim a própria Ucrânia, que contribui com centenas de milhares de combatentes, uma indústria de defesa inovadora e uma determinação férrea para resistir a Moscovo.
A Europa começa, assim, a ver Kiev não como um mero recetor de ajuda militar, mas como um fornecedor de segurança. Os acordos industriais na área dos drones são apenas o primeiro passo de uma simbiose que poderá alterar toda a arquitetura defensiva do continente.
Leia também:























“Na manhã desta terça-feira (24/11/2015), jatos F-16 da força aérea da Turquia abateram um avião de combate russo modelo SU-24, que operava em missões na região da província de Latakia, região da fronteira da Síria com o país.”
A Turquia demorou 12 segundos a reagir à invasão d seu espaço aéreo, nunca mais lá apareceu avião russo nenhum.
“A Estónia relatou que três jatos militares russos, modelos MiG-31, violaram o seu espaço aéreo sem permissão e permaneceram nele por 12 minutos em 19 de setembro de 2025. O governo estoniano classificou o incidente como uma “audácia sem precedentes” e solicitou consultas ao Artigo 4 da NATO, enquanto a Rússia negou a violação”. A Estónia não tem força aérea a sua proteção é garantida por aviões de uma coligação de países da NATO.
O problema é que a NATO é uma aliança defensiva, qualquer ação militar demora a decidir. Se fosse uma decisão em 12 segundos com a Turquia acabavam as provocações/testes russos.
Quanto aos drones, há problemas adicionais, desde logo identificar a quem pertencem, que até podem ser de nacionais do país. Vários países da “linha da frente”, como a Polónia, a Alemanha, a Roménia, a Dinamarca e a Finlândia estão a rever os seus protocolos em caso de ameaça de drones.
Mas o problema é sempre o mesmo – o carácter de aliança defensiva da NATO que impede ações de iniciativa ofensiva. O que se nota é alterações na política de fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia, como os mísseis Tomahawk.
A Turquia abateu um Su-24 no espaço Aério Sirio.
E depois disso os Turcos tiveram que se chegar a frente e indemenizar os Russos.
Podias ter dito a verdade logo do inicio.
Vai perguntar a Jugoslávia se a NATO é uma organização defensiva.
Depois vai ver a quantidade de terrorismo que a Russia sofre, e depois vem convencer-nos que é uma coisa pacifica.
Mais, os MIG-31 estavam em Aguas Internacionais.
Os Russos são muito rigorosos nessas coisas, é a força militar provavelmente mais desciplinada do planeta.
Esse é um dos problemas deles. Se fossem como os Zukas Ucrânianos, ou como os traiçoeiros dos Turcos, ias ver que a NATO não os atacava tanto.
– O Su-24
A Turquia não indemnizou a Rússia nem pediu desculpas. No processo de normalização das relações entre a Turquia e a Rússia, Erdogan manifestou o seu “pesar” e ofereceu-se para “compensar” a família do piloto russo morto.
– Aviões militares russos no espaço aéreo da EstóniaCaças
“Segundo o Governo estónio, três caças MiG-31 entraram no espaço aéreo sem autorização e nele permaneceram durante 12 minutos, sobrevoando a zona da ilha de Vaindloo, a cerca de 100 quilómetros da capital, Talin”, “antes de serem interceptados por F-35 italianos” (Público, 19(09/2025)
Eu não me esqueço do que “a força militar provavelmente mais disciplinada do planeta” fez em Bucha! A minha russofobia aumentou muito quando se soube o que por lá aconteceu!
O massacre de Bucha, foi perpetrado pelos mesmos montros que teem feito genocidio na Ucrânia desde 2014.
Se rparares, as pessoas tinham uma Braçadeira, que simbolizava estarem do lado Russo.
Quando os Russos abandonaram o local, não havia nada.Houve inclusivé videos feitos imediatamente a seguir que demontram isso mesmo.
Não tem preocupes, a maioria desses monstros já não estão entre nós, graças a deus, e os restantes a pouco e pouco, vão desaparecendo.
Lembra-te é preciso por mais carne no assador, hade chegar a vez deles também.
Se um homem e alista-te no exercito Ukraniano, no batalhao azov.
Eles precisam de guerreiros como tu na linha da frente.
Alista-te hoje mesmo e seum heroi!
Grito de guerreiro: UUUGggggg
Mas será que quem manda na UE já olhou para o mapa?
Será que eles acreditam que algum dia a Rússia irá permitir armas da NATO, em solo ucraniano, a poucos Kms de Moscovo? A sério que estas pessoas acreditam nisto?
Aquelas múmias em Bruxelas ainda não entenderam que foram usadas pelos EUA e que, agora que atingiram os objetivos com este enredo que foram criar na Ucrânia, nos deixaram com o menino nas mãos?
Os próprios americanos sabem que a NATO nunca colocará os pés na Ucrânia, mas têm que nos vender as armas, têm de nos vender o medo. Enquanto se fartam de fazer contratos com a UE de milhares de milhões de euros para armamento, fazem também acordos com a Ucrânia para as terras raras e com a Rússia para os fertilizantes.
É impossível não ver quem está a ganhar com esta guerra, está à vista de todos.
És um boot russo, com a agravante de espalhares a cartilha russa, mas queres viver faustosamente no ocidente. Vai para lá e não voltes, filho de putin
Rapaz, podes dizer que sou um boot, pró russo, ou seja lá o que esteja na moda chamar a quem entende as coisas de maneira diferente.
Uma coisa não podes negar, quem está a lucrar à grande com este jogo são mesmo os americanos.
A nós, europeus, só nos toca a desembolsar à grande para patrocinar aquela guerra que, muito provavelmente não terminará, ou se terminar, ficará tudo igual ou ainda pior para a Ucrânia, infelizmente.
Se perceber que a Rússia não quer ali a nato, como eu não quereria a Rússia no Luxemburgo, ou que os americanos não quereriam os chineses no Canadá, é assim tão difícil de perceber, é porque vocês andam mesmo com a cabeça no ar. E tu, vais para a Ucrânia?
+1
Sabes, devias dar graças a Deus, por Portugal te ter acolhido cá, e te sustentar, com o nosso esforço.
Mesmo sabendo que foste tu e outros como tu que destruiram o teu País, e criaram a confusão actual.
E agora que a coisa pegou fogo, á séria, foges como um cobarde com o rabinho entre as pernas, aqui para o Sul, e ainda achas que tens o direito de fazer politica e mandar postas de pescada, com, o nosso dinheiro.
Sabes o que eu fazia?
Muito bem, queres suportar o teu fuhrer?Ok, quanta carne chegou?
Os Machos enviamos de volta, pois a Ucrânia precisa de carne para o assador!!
Quem não respeita os outros, não merece ser respeitado, e vocês andavam a fazer genocidio de Russos, Supressão de Lingua, Cultura, Religião, tortura,violação, e terror sem fim.
A Ucrânia não tem sistema Politico, Democracia,Justiça,Liberdade, é uma ditadura N*, e ainda queres que vos ajudemos??
Vão vocês ajudar o vosso Fuherer, e deixem-nos em Paz.
Olha que não estamos muito longe disso, a Polónia ja anda a criar legislação para enviar os machos de volta á procedência.
Criaram o problema??
Agora sejam homenzinhos, apertem o esfincter e resolvam-no!
Grande comentário,
Pensava que o Português já tinha ficado sem capacidade cognitiva, mas ve-se que ainda ha esperança.
Concordo com o teu comentário,
E do meu ponto de vista Portugal deveria parar já com o envio de toneladas de dinheiro para fora, quando o País está mal.
Usar esse dinheiro dentro de portas para melhoria das nossas populações.
Tirar as quantidades enormes de sem abrigo das ruas, tirar as meninas da prostiuição, devolver-lhes a dignidade!!
Investir na Industria,Pescas,Agricultura para defendermos com sucesso esta terra de bravos, á beira mar!!
Quem vem ajudar Portugal, quando precisamos??Onde esteve a ajuda da Ucrânia, quando Espanha fazia genocidio do nosso Povo??
Nós temos mais de 30% de pobres, e 45% da população Portuguesa cada vez mais em risco de pobreza!!
Acorda Portugal, sai desse coma profundo!!
Marquito,
Ja ouviu falar em fundos comunitarios? Sabe onde esse dinheiro esta a ser utilizado?
Nao acha muito suspeito ter obras que deveriam estar prontas anos atras e ainda continua? Tipo Linha da Beira Alta, sei la.
Exacto. esse dinheiro que deveria ser aplicado nessa obra no seu prazo e tambem nessa Industria, Pescas e Agricultura.
E ainda sobra para defesa. Nao penses que por estar longe da Ruzzia que estamos imunes a esses orcs.
Va la, direccione as culpas a quem faz mau uso de fundos comunitarios. E agradece a europa por estarmos bem melhor que no tempo dictatorial.
Nem toda a gente anda de olhos tapados. Claro que para a Rússia ter a NATO ao lado não e aceitável, alias desde o tal acordo do Gorbatchov que a NATO não deveria avançar em direção a Rússia, mas tal não aconteceu, e andamos nesta treta a gastar dinheiro em armas e pessoas a morrer para tudo ficar igual. A NATO não vai para a Ucrânia, e a Ucrânia ainda vai ficar sem parte do território, não teria sido melhor negociar neutralidade e evitar isto? Para mim tanto O Put1n como o Zelenky podiam ir os 2 com uma corda nova e uma pedra velha….
O tu, sinceramente.
Alguma vez sugeriste aos ruzzos para deixar de invadir paises?
Eh? Nao te convem?
A solucao e simples, ruzzia baza, tempos paz na Europa. Simples
Quais países SérgioA?
Síria, Líbia, Iraque, entre outros também foram invadidos? Estavas preocupado na altura? Claro que não.
Pensa lá, porque estás preocupado com os ucranianos? Apenas porque foste obrigado e nem reparaste.
Ele sabe, Jogoslavia,Siria,Libia,Iraque,Afeganistão,Palestina,Libano,Arménia,Iemen,e por ai a fora.
Ele está é a fingir que tem Alzeimer.
@SergioA
Vai já lutar para a Ucrânia, leva contigo um ramo de flores para o teu fuhrer guardar, mais tarde ele será preciso para te tapar.
Os avençados do PZP e da propaganda muscovita estão em alta hoje!
A par de bots propagandistas da Moscóvia, andam para aqui iludidos a confundir o c* com as calças e que só vão admitir a Realidade quando começarem a ser bombardeados pelo seu País de eleição – sim, vão ser “esses” e não a Ucrânia ou a UE, a disparar sobre nós – ou quando a Rússia chegar a Lisboa. É muito giro falar no “social” , mais Escolas, Hospitais, “tirar as meninas da rua”, etc, mas parecem esquecer que o “Social” vai à Vida no primeiro ataque demolidor que haja. Aí iriam lamentar haver tanto “Social”, e tão poucas armas para se defenderem. O que vale é que não mandam nada e o que dizem aqui, são vozes de burro, que não chegam ao Céu.
Daí moscovia, alguém acordado?
Ai não, está apenas borrado de medo pela história que os americanos lhe contaram.
Tendo em conta a demora da Rússia na Ucrânia, quando estimas que cheguem a Lisboa? Melhor esconderes-te.
Vai já lutar para o Banderistão,
Leva um ramo de flores, para depois te cubrir ao menos.
Portugal precisa limpar a bicharada que cá tem, vai viver o sonho avança!!
A fantochada da falsa guerra continua.
Toca a faturar!