Como é que a chinesa BYD cresceu a ponto de enfrentar as empresas ocidentais?
Sem que muitos se apercebessem, a China cresceu e dá, hoje em dia, cartas em várias frentes. Uma das indústrias que mais destaque tem recebido é a automóvel, graças a fabricantes, como a BYD, que estão a cimentar posições globais importantes. No caso desta, como conseguiu crescer a ponto de fazer frente às tradicionais empresas ocidentais?
Num artigo para o InsideEVs, Felipe Munoz, especialista da indústria automóvel na Jato, explorou o crescimento da BYD e procurou perceber como se deu, ao longo do tempo.
A China é um mercado importante para os carros elétricos, sendo que mais de metade dos elétricos a bateria do mundo são vendidos lá. Não é surpreendente, por isso, que o país tenha um largo catálogo e procure, a par disso, oferecê-lo, globalmente.
Que marca é esta que tem feito as fabricantes ocidentais tremerem?
Conforme recordado pelo especialista, a BYD começou a produzir automóveis há 22 anos, com carros copiados do mercado ocidental e padrões de baixa qualidade.
Contudo, entre 2018 e 2019, enquanto outras fabricantes de automóveis enfrentavam problemas relacionados com a pandemia e de semicondutores, a BYD acelerou os seus planos, tornando-se líder no mercado nacional. Em 2023, ultrapassou as vendas da Volkswagen e tornou-se a marca preferida na China.
Essa liderança resultou de uma grande ofensiva de produtos que incluiu novos modelos em quase todos os segmentos principais. A estratégia tem sido visar os mercados de automóveis elétricos puros e híbridos plug-in com software de ponta, infoentretenimento e desempenho da bateria.
O aumento da competitividade dos seus automóveis impactou estrondosamente as vendas, que passaram de 427.300 unidades em 2020 para 2,89 milhões no ano passado (excluindo os volumes das outras marcas da BYD, como a Denza e a Yangwang).
Para efeitos de comparação, durante o mesmo período, os volumes globais da Tesla aumentaram de 500.000 para 1,81 milhões de unidades.
Em 2024, até setembro, a BYD e todas as suas marcas venderam 2,75 milhões de unidades, num aumento de 32%, incluindo 1,17 milhões de automóveis puramente elétricos, num aumento de 12%.
O caminho para o sucesso da BYD
Considerando que se trata de uma empresa automóvel relativamente recente, na perspetiva do especialista, há duas razões principais para o sucesso da BYD:
- A competitividade dos preços, que resulta de um forte apoio do Governo chinês e da produção nacional - a integração vertical da BYD reduz os custos e o tempo, e assegura a parte fundamental de qualquer veículo eletrificado: as baterias.
- A estratégia, uma vez que está presente nos segmentos dos veículos totalmente elétricos e dos elétricos plug-in. Por isto, a BYD tornou-se numa oferta completa para aqueles que querem mudar de carros com motor de combustão para carros eletrificados.
À medida que os seus automóveis cumprem as normas globais, a BYD está a preparar agressivamente o caminho para outros mercados.
BYD prepara caminho rumo à globalização
No ano passado, 95% das vendas totais do Grupo BYD foram efetuadas na China. À medida que os seus automóveis cumprem as normas globais, a empresa está a preparar agressivamente o caminho para outros mercados.
Até agora, os maiores progressos foram registados no Sudeste Asiático e na América Latina. No entanto, a BYD sabe que, para se tornar um verdadeiro ator global, tem de expandir a sua presença na Europa.
Tendo em conta os preços e produtos que oferece, atualmente, a BYD pode reforçar-se enquanto ameaça para outras fabricantes já estabelecidas.
O segredo é simples e vale para todas as empresas.
Bom e barato!
A BYD tem conseguido surpreender todos porque tem apostado na qualidade e no preço a partir daí é só vender, no Brasil parecem pães quentinhos a vender o pessoal adora.
Para “A competitividade dos preços” convém não esquecer a que resulta “de um forte apoio do Governo chinês”.
“um forte apoio do Governo”, associado a mão de obra barata e longas horas de trabalho.
O baixo preço vem daí.
Dificilmente na Europa este “segredo” é simples e válido para todas as empresas.
Bom e barato com ajuda do governo que fecha os olhos ao uso de patentes que não paga e ajuda no dupping. Assim, também a TAP!
O ser bom está por provar.
O Ocidente à procura de mão de obra barata, ensinou a China a produzir com qualidade. O aluno parece ter aprendido bem. Com dimensão de 1400 milhões chineses, tem tudo.
Como? Mas á melhor pelo preço?
… tal sucesso, deve-se aos CEO’S incompetentes e gananciosos, que ao longo do tempo transferiram fábricas para lá, não para ajudar a China, mas para explorar a mão de obra barata , esquecendo que estavam a pregar pregos no próprio caixão…veja-se o desemprego na Europa e a miséria que estão a produzir na ALEMANHA … que é só o motor da EUROPA, com o fecho de fábricas da Volkswagen e não só !!!
História mal contada.
A taxa de desemprego na zona euro desceu em setembro para os 6,3% – o valor mais baixo desde que o Eurostat começou a registar os números do desemprego na Europa, em abril de 1998.
Quanto à situação da VW na Alemanha, que pode levar ao encerramento de 3 fábricas, as causas são diversas,
… acredite nisso !!!
É verdade …a Alemanha vai a caminho duma crise enorme….e o resto da Europa vai por arrasto…..
… não vai a caminho; está já é não vai ficar por lá, vai alastrar … o motor, gripou …
Já dizia o outro… dá-lhes um peixe e eles comem. Ensinas-o a pescar e eles começam a vender o peixe deles.
Diz o post: “Em 2024, até setembro, a BYD e todas as suas marcas venderam 2,75 milhões de unidade”, “incluindo 1,17 milhão de carros elétricos puros [BEV], um aumento de 12%. Ou seja, a BYD produziu. nesse período, 1,58 milhões de PHEV, 57% do total.
“A Tesla vendeu 1,29 milhão de carros elétricos, uma queda de 2%”, diz a fonte.
Convém chamar carros elétricos só aos BEV, porque os PHEV, em média, na UE consomem tanto ou mais gasolina/gasóleo que os carros com motor de combustão,
“You Will Own Nothing and be happy”
“Humans are now hackable animals”
“We Penetrate the Cabinets”
Se votar mudasse alguma coisa, há muito que teria sido proibido.
Continuem a produzir na china, sem o ocidente a china era um bangladesh
Respondendo à questão: 1- transferiram fábricas para a China com base na produção ser mais barata. 2- A China aproveitou o conhecimento, não só de produção, como dos Eng. reformados Europeus que eram vistos como lixo cá na Europa e demasiados velhos para trabalhar com 50 anos. 3- Começaram a produzir cada vez mais com qualidade. 4- Incentivos do governo à suas empresas para que estas expandissem. 5- Venda direta dos produtos 100% Chineses na Europa e EUA. 6- Destronar concorrência e imporem-se como os melhores e mais baratos. Enquanto isto no parlamento europeu continuamos a debater, a debater a debater…
Errado. Ou pelo menos errado na maior parte. A China desde que abriu portas ao mundo e começou a modernizar-se fê-lo sempre com uma condição: o que for fabricado (comboios, equipamento de construção civil, tecnologia em geral que seja para implementar no país, etc) tem de ser fabricado lá, tem de ser dado formação de uso e MANUTENÇÃO a x número de técnicos e engenheiros… ora, o que acontece com isto é que eles ao fazer esses projectos ficam também com o know-how (inicialmente o de operação, mais tarde o de produção por realmente ser mais barato produzir na China, e quando chega à parte de produção ocorre exactamente o mesmo: o know-how é obrigatóriamente passado para x número de técnicos e engenheiros).
Ironicamente isso é o que a EU quer obrigar agora as empresas Chinesas a fazerem cá: o que vier para a Europa tem de ser fabricada na Europa e o conhecimento (pelo menos para já de manutenção) tem de ser passado para cá também. Como os grandes caem… ou aprendem.
Ninguem transferiu a produção automovel para a china por ser mao de obra barata. Construiram-se fábricas na china para atacar o mercado chinês. São coisas bem diferentes. A expectativa das OEM europeias é que até pudessem perder uma quota de mercado na Europa para os chineses num futuro proximo. Se calhar não contavam era com uma resposta tão rápida no mercado chinês, nomeadamente nos eletricos. De um momento para o outro viram que no mercado dos eletricos os ganhos podem não ser tão grandes na china, como arriscam a perder uma quota na Europa maior e mais rapidamente do que esperavam.
Neste momento na Europa as vendas ainda não ameçam, mas é um risco muito grande para os próximos anos.
A ver vamos como vão funcionar dois factores importantes: O dumping financiado pelo governo chinês e a fiabilidade. Não se pode falar em qualidade enquanto não o provarem em fiabilidade com os anos. Muita gente não se importa de comprar um telemovel pouco fiavel e trocar ao fim de anos. Falta saber qual será a fiabilidade da maior parte destas marcas. Mas não tenho duvidas que algumas vingarão
… a ganância nem pensa no desemprego e miséria.
O tiro saiu-lhes ao contrário… a Alemanha está aflita e todos na Europa vão pagar pela incompetência dos CEO’S.
E consumidores coniventes, que só pensam no imediato, não pensando que quando a ventoinha começar a rodar espalha a m… por todo o lado
Chinesices não obrigado, sé em merdices de fraca qualidade, ou quando as marcas de referência (e elas são também as grandes culpadas) nos vendem produtos que só com muita atenção ou quando se abre a caixa é que se vê made RPC. Os europeus são uns tótos e fão-se f…. Um exemplo, há uns anos andava por lá, em Arraiolos, o pessoal todo entusiasmado, incluindo autarcas, que os chineses tinham mandado meia dúzia de senhoras aprender a fazer os tapetes de arraiolos, e ainda pagavam por isso, uma coisa do outro mundo, como se eles chineses fossem parolos…. Passados uns anos aparecem milhares de tapetes falsificados de “Arraiolos” a preços mais baratos e agora coçam a cabeça… A burrice paga-se caro. Mas isso acontece com as grandes empresas, foram para lá, ensinaram e agora torcem o rabo. Eles copiam as fábricas originais e colocam-nas a funcionar mais rápido com produtos contrafeitos, como os motores da VW, que já os andavam a vender aos russos antes de a fábrica estar a produzir…. E agora já aprenderam e já inovam, agora é ganir, isto se os consumidores não começarem a ser responsáveis também, senão os seus empregos já foram… Por isso chinesices não obrigado
A culpa é dos eléctricos, ah esperem, estes não têm nem querem:
https ://www.turbo.pt/aston-martin-prejuizos/?fbclid=IwY2xjawGXUvVleHRuA2FlbQIxMQABHSfoH_B7-LzuVGQl8DWdiooECbGN_WYmLLpuNeoM9DQk0XLPS1d2OggqdQ_aem_LDn5-Hl_hpS2z5XuGtqgTw