MB WAY vs Pix: sistemas de pagamento irmãos em mercados muito distintos
Há quem diga que o Pix brasileiro é, basicamente, uma cópia do MB WAY português. Pondo de lado essa polémica, vamos esmiuçar os dois sistemas de pagamento e a forma como têm vindo a revolucionar a economia digital de ambos os países.
MB WAY vs PIX
Nos últimos anos, os meios de pagamento digitais têm revolucionado a forma como os consumidores interagem com o mercado financeiro. Dois dos sistemas mais populares e amplamente utilizados em Portugal e no Brasil são o MB WAY e o Pix, respetivamente.
Cada um destes métodos de pagamento oferece características distintas, adaptadas às necessidades dos seus mercados, proporcionando uma alternativa segura e rápida aos pagamentos tradicionais.
Se há quem diga que o Pix foi “demasiado” inspirado no MB WAY, também há quem defenda que a criação deste sistema de pagamento era inevitável num mercado gigantesco como o brasileiro. Só para se ter uma ideia, os números mais recentes apontam para mais de 115 milhões de utilizadores do Pix no Brasil. O MB WAY em Portugal conta com... cinco milhões de utilizadores. Mesmo assim, é metade da população.
Vamos então perceber as diferenças e parecenças destas duas plataformas, que levaram o mundo das operações bancárias e financeiras para um outro nível.
MB WAY: estranhou-se, mas entranhou-se
O MB WAY é um indiscutível sucesso. Trata-se de uma plataforma de pagamentos móveis lançada em 2015 pela SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), que também gere a rede Multibanco em Portugal.
Esta aplicação permite aos utilizadores efetuarem pagamentos, transferências e levantamentos através do telemóvel de forma fácil e conveniente, sem necessidade de cartões físicos. E conta com várias funcionalidades.
- Ligação ao número de telemóvel: O MBWay funciona através da associação do número de telemóvel à conta bancária do utilizador. Este vínculo torna o sistema extremamente simples e intuitivo para os utilizadores.
- Transferências imediatas: Uma das funcionalidades mais utilizadas é a possibilidade de fazer transferências em tempo real entre utilizadores, sem qualquer custo adicional entre contas ligadas ao MBWay.
- Pagamentos online e em lojas físicas: Com o MBWay, os utilizadores podem realizar pagamentos online de forma rápida, sem a necessidade de introduzir os detalhes do cartão bancário. Para pagamentos em lojas físicas, os utilizadores podem gerar um código QR e pagar diretamente através da app, evitando o uso de numerário ou cartões.
- Levantamentos sem cartão: Outra funcionalidade é a capacidade de fazer levantamentos em caixas Multibanco sem necessitar de um cartão físico, bastando introduzir o código gerado pela app.
- Divisão de contas: O MBWay facilita ainda a divisão de despesas, como jantares em grupo, dividindo automaticamente o valor por todos os participantes de uma conta.
A adoção do MBWay acabou por mudar de forma profunda o mercado, trazendo evidentes benefícios para os utilizadores. A associação ao número de telemóvel e a interface intuitiva tornam o MBWay fácil de usar para todos os utilizadores, mesmo para aqueles menos familiarizados com a tecnologia.
Por outro lado, a plataforma utiliza tecnologia de encriptação para garantir a segurança das transações. Além disso, a autenticação é feita através de PIN ou reconhecimento biométrico, estando ainda completamente integrada com a rede Multibanco nacional, o que facilita a sua utilização em praticamente qualquer parte do país.
Pix: sistema revolucionário do Brasil
Já o Pix, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, foi lançado em novembro de 2020 e rapidamente se tornou o principal meio de pagamento digital no país. O sistema permite a realização de pagamentos e transferências instantâneas através da app do banco ou das fintechs. E com o que podem contar os utilizadores do Pix?
- Pagamentos instantâneos: O grande atrativo do Pix é a capacidade de realizar transferências e pagamentos em tempo real. Qualquer transação feita através do Pix é processada em segundos, independentemente do horário ou do banco do utilizador. No Brasil isto foi uma revolução.
- Custo zero: Ao contrário de outras transferências tradicionais, o Pix é gratuito para pessoas físicas em praticamente todas as operações, tornando-o extremamente acessível à população.
- Chaves Pix: Para facilitar as transações, o Pix utiliza chaves que podem ser associadas à conta bancária do utilizador. Estas chaves podem ser um número de telefone, e-mail, CPF (número de contribuinte) ou uma chave aleatória gerada pelo sistema, tornando as transferências mais rápidas e seguras.
- Pagamentos a empresas e faturas: Além das transferências entre pessoas físicas, o Pix permite que empresas aceitem pagamentos através do sistema. Também é possível pagar contas, como água, luz ou internet, o que simplifica o dia a dia dos brasileiros.
- Segurança e inclusão financeira: O Banco Central garante que o Pix é extremamente seguro, utilizando protocolos avançados de proteção de dados e autenticação. Além disso, tem desempenhado um papel importante na inclusão financeira, facilitando o acesso a serviços bancários para milhões de brasileiros que anteriormente não tinham contas bancárias.
Sendo considerado um dos sistemas de pagamento mais rápidos e acessíveis do mundo, permitindo transações em qualquer dia e horário, o Pix tornou-se numa solução eficaz em situações de emergência ou quando se pretende evitar filas em bancos. A sua ampla aceitação em estabelecimentos comerciais, em pagamentos de contas e até mesmo entre pessoas físicas transformou-o no método de pagamento preferido por muitos brasileiros.
É por isso que se considera ter o Pix promovido uma verdadeira revolução digital no Brasil, permitindo que pessoas que antes não tinham acesso a serviços bancários possam agora realizar transações financeiras de forma prática e segura.
Adaptação aos mercados
Como se pode ver, tanto o MBWay em Portugal quanto o Pix no Brasil oferecem soluções inovadoras para pagamentos digitais, adaptando-se às necessidades dos seus respetivos mercados.
O MBWay destaca-se pela sua integração com a rede Multibanco e pela variedade de funcionalidades que oferece aos utilizadores portugueses. Já o Pix, com o seu foco em rapidez e inclusão financeira, está a transformar a forma como os brasileiros interagem com o sistema financeiro.
No fundo, ambos os sistemas têm como principal objetivo simplificar a vida dos seus utilizadores, proporcionando segurança e conveniência, seja na realização de transferências, pagamentos ou levantamentos. Embora cada plataforma tenha as suas especificidades, é inegável o impacto positivo que ambos estão a ter no quotidiano das pessoas e no crescimento da economia digital.
O Mbway realmente foi das melhores invenções da SIBS transformou completamente o sistema de pagamentos no pais
Isso aqui é verdade? Não precisam de ter conta bancária?
É por isso que se considera ter o Pix promovido uma verdadeira revolução digital no Brasil, permitindo que pessoas que antes não tinham acesso a serviços bancários possam agora realizar transações financeiras de forma prática e segura.
Para ter o pix tem que ter sim uma instituição financeira, digital ou física. Entretanto só sim se faz o cadastro da chave.
Não precisa ter uma conta bancária, mas precisa ter no mínimo uma conta de pagamento. A conta Bancária é exclusiva dos Bancos. A conta de pagamento pode ser mantida por Instituição de pagamento (IP) que é a pessoa jurídica que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos. Então tem operadora de telemovel, operadora de taxis, entrega de comida ifood, tudo oferecendo uma conta digital com acesso PIX para seus clientes.
O aplicativo permite a geração de boleto bancário. Assim o cliente sem conta em banco manda dinheiro para a conta PIX pagando esse boleto em qualquer banco ou casa de apostas (lotérica)
Eu não falei que teria que ter uma conta e sim uma instituição financeira. E quantas as outras informações eu sei muito bem, até que diga-se de passagem eu sou taxista no BR.
Precisa de conta, a questão é que antes qualquer transação era cobrada e então evitada pela população mais humilde, antes tínhamos doc e Ted, cobrados por transação e tinham tempo de.processamento elevados, a maior vantagem que vejo no pix, é ser uma iniciativa do banco central, e não ficar nas mãos de uma empresa privada. As demais diferenças são mais consoantes ao mercado que propriamente da solução.
Que o SiBS tenha sido lançado em 2015 e o Pix em 2020, não faz, como diz na primeira linha, que o “Pix brasileiro é, basicamente, uma cópia do MB WAY português”. Nem por sombras, basta ver as funcionalidades do Pix, desde 2020, referidas no post e quando é que apareceram no MB Way (e não foram todas).
O Pix é uma cópia do MBway, é uma cópia do sistema base em sim. As funcionalidades são apêndices que são colocadas conforme as necessidades e timmings pós testes.
Por isso sim, o pix é uma cópia do MBway.
Não, não é. O Pix funciona com uma “chave Pix”, que pode ser o nº CPF (Cadastro de Pessoas Fisicas, semelhante ao do Cartão de Cidadão), nº CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, pessoas coletivas) e-mail, número de telemóvel ou chave aleatória (uma sequência alfanumérica gerada aleatoriamente que poderá ser utilizada por quem não queira vincular seus dados pessoais às informações de sua conta transacional) e QR code gerado pelo utilizador. E não é necessário telemóvel, o SIM que referes)
A ignorância é muito atrevida 🙂
Sim é uma cópia. Não era sim que queria dizer, era si.
O sistema, finalidade e operações a que se propõe são iguais ao mbway. Isso valida a 100% ser uma cópia base do mbway.
O resto são diferenças que não passam de solucões diferenciadas para atingir o mesmo propósito.
A incapacidade de interpretar é deveras atrevida.
Para perceberes tinhas que aceitar que os brasileiros criaram, primeiro, um sistema melhor para as transferências e pagamentos. Por isso só podem ter criado uma cópia – a xenofobia do costume 😉
Ui lá vem a xenofobia. Então e o racismo e machismo? Já não se usam?
O conceito base é da mbway, o pix replicou esse conceito e adicionou/alterou consuante as necessidades do mercado.
Para entederes isso tinhas de perceber que o MBway foi o primeiro a lançar o conceito, por isso é o original – o wokismo do costume
O MB Way foi criado pela SIBS em benefício dos bancos seus acionistas. Pagamento de comissões é coisa que não falta.
O Pix foi criado pelo Estado brasileiro e o Banco do Brasil. Há anos que tem transferências imediatas e gratuitas, que por cá só começou agora com o SPIN. E ao contrário do MB Way pode-se transferir/pagar através do Pix sem conta bancária, sem cartão bancário e sem smartphone.
É cópia só nas cabeças ocas.
Sim, é cópia do do sistema e conceito. O preço e alterações cada um faz o que quer.
Só não é cópia em mentes wokistas que se aproveitam de tudo para defender a bandeira.
Foi inspirado no sistema de Open Banking da Inglaterra. Agora se o sistema de Open Banking da Inglaterra foi inspirado no MBWay já não sei dizer.
Funcionalidades são coisas diferentes do conceito da aplicação até pode haver funcionalidades que fazem sentido num país e noutro país já não
O conceito da aplicação já era pratica no Brasil por dezenas de aplicativos e instituições de origem privada, muito antes da criação do MBWay. Mas todas, eram intermediários, eram a forma digital das maquininhas e cartões de banco. O PIX além de ser estatal, é a própria transferência e não um intermediário entre usuário e banco, tanto é que o PIX nem exige conta em banco.
Acabaste de descrever homebanking… algo que basicamente todos os países desenvolvidos têm há pelo menos 2 pares de décadas…
Descubra as diferenças:
– O homebanking precisa de uma conta bancária – o PIX não
– Os Multibanco precisam de cartão bancário – o PIX não
– O MB Way precisa de um smartphone – o PIX não
– Só agora, através do PIN, se iniciaram em Portugal as transferências e gratuitas – o Pix faz isso há anos
– Enquanto no PIN se pode usar o nº de telefone ou o nº de pessoa coletiva – no PIX pode-se usar um grande número de identificadores.
E há mais-
– Só agora, através do SPIN, se iniciaram em Portugal as transferências imediatas e gratuitas – o Pix faz isso há anos
Homebanking portanto realmente é só o Brazil que tem mais nenhum país tem
Sabes o que é a rede Paga Aqui, em Portugal? Existe em quiosques e e é bastante usado por exemplo para carregar o telemóvel e pagar faturas. Entregas o dinheiro e fazem-te isso.
No Brasil, se fores a um local que tenha recursos de uma “fintech”, como o Paga Aqui, podes transferir/pagar via Pix, entregando o dinheiro. Não precisas de conta bancária nem de homebanking, apenas da “chave Pix” do destinatário.
hoje em dia praticamente tudo é feito pelo mbway, agora só abro a app do banco para saber se ainda tenho lá dinheiro
Não entendo porque é que a comparação é feita com o MBWay e não o SPIN. Para quem é brasileiro parece que a alternativa ao serviço público brasileiro é um serviço português privado quando hoje já temos um público. Parece um artigo encomendado pela SiBS.
Não leste. É que não tem a ver com o SPIN… total disparate, quando em causa está a usabilidade e formatos de plataformas. Falaste no SPIN, foi encomendado pelo BdP?
Tal como tens o direito de escrever o que te passa pela cabeça, quem escreve as notícias pode decidir comparar o que bem entender.
Ideal seria leres a notícia toda como deve ser. 🙂
Tens razão. A melhor comparação do PIX é com o SPIN. Só que o PIX já fazia transferências instantâneas e sem custos e o SPIN só agora começou em Portugal. E a “chave Pix” – que pode ser o nº CPF (semelhante ao Cartão de Cidadão), nº CNPJ (semelhante ao número de pessoa ) e-mail, número de telemóvel ou QR code – é mais flexível que o SPIN (nº de telemóvel ou nº de pessoa coletiva)-
Sim…é necessário o sibs encomendar um artigo no pplware,que ainda ninguém conhece o MBway.
Exato 😀
O Spin é um identificador de conta e o MBway é uma aplicação,como comparar?sim, são duas formas de tranferir dinheiro ,mas MBway é muito mais que isso.
Tenho um dúvida em relação ao MBway, já li que tem limites de transferência de 30 € ou 150€ por mês sem comissões,mas eu já uso MBway á vários anos e já fiz e recebi transferência de valores superiores e nunca paguei nenhuma comissão, será porque meu banco é CGD? Ou então não estou a perceber bem…
Faltou a informação que tenho conta bancária única e é de serviços mínimos bancários da CGD.
O aplicativo «MB Way» actua de forma criminosa violando a privacidade do usuário ao colectar e partilhar os dados do usuário e aceder a diversas funcionalidades do dispositivo como por exemplo:
«…Dados que podem ser partilhados com outras empresas ou organizações: Informações e desempenho da aplicação, atividade do aplicativo, dispositivo ou outros IDs, informações pessoais, endereço de e-mail…»
«…Dados que esta aplicação pode recolher: informações e desempenho da aplicação, registos de falhas, atividade do aplicativo, interações de aplicações, dispositivo ou outros IDs, informações pessoais: nome, endereço de e-mail, morada, número de telefone e outras informações, localização aproximada e localização precisa, contatos…»
Fonte: https://play.google.com/store/apps/datasafety?id=pt.sibs.android.mbway&hl=pt_PT&gl=US
Isto é ilegal, é crime, o mesmo acontece com as aplicativos dos Bancos que actuam em Portugal.
Nenhum aplicativo digital precisa de recolher dados ou ter permissão/aceder ao que quer que seja num «smartphone» ou qualquer ou qualquer outro dispositivo móvel para funcionar e disponibilizar os seus serviços.
É obrigação do Estado Português colocar um fim a esta situação.
As informações que estão no google play são genéricas consoante o tipo de applicação, é um texo generico que diz pode aceder não quer dizer que acede isso depende até das permissões que tu dás no smartphone. Onde é que achas que o mbway poderia ir buscar a morada não a tens escrita em lado nenhum achas que advinha? Isso é informação generica
2º Ponto nesse excerto que colocas te aí não percebo qual é o escândalo talvez a localização mas que eu me lembro o mbway nunca pediu permissão para aceder à localização e mesmo que pedi-se podes sempre rejeitar .
Dude, este hate não te faz bem.
Qualquer pessoa é livre de usar este serviço, não és obrigado a aceitar e usar…
Faltou apneas refererir que a genese do MBway foi o MBNet.
Segundo o que li o MBway é regulamentado pela comissão Nacional de Proteção de dados e cumpre as normas do parlamento europeu sobre proteção de dados pessoais.
Eu gosto do MBWay, mas atenção que tem sérios os riscos.
A mim aconteceu-me uma coisa terrível à conta desta App: Esqueci-me completamente do pin do meu cartão de débito!
Verdade!
Eu não me esqueci completamente, mas tenho por vezes uma branca, por falta de uso do cartão MB!
Agora é o MB Way para quase tudo que é pagamentos e levantamentos.
Escrever num papel e guardar num pequeno cofre ou escrever numa aplicação de notas no smartphone e depois esconder a aplicação no software do smartphone, existe smartphones que tem bons truques para escolher aplicações…para quem não consegue memorizar código.
Uma diferença bem significativa e menos burocrático, seria que o pix não fica atrelado ao cartão de débito. Um exemplo se perder, se o ATM” engolir” o cartão e se validade do cartão expirar o cartão é bloqueado e o MBWay para de operar, dificilmente do pix que é atrelado a conta sem a necessidade do cartão.
Exatamente, essa diferença é crucial. Atrelar ao cartão é mesmo ruim
E o Twint, na Suiça?