Redes – Classes de endereços IP, sabe quais são?
Um endereço IPv4 é formado por 32 bits que é o mesmo que dizermos que possui quatro octetos representados na forma decimal (ex: 192.168.0.1). Uma parte desse endereço (bits mais significativos) indicam-nos a rede e a outra parte (bits menos significativos) indicam-nos qual a máquina dentro da rede.
Com o objectivo de serem possíveis redes de diferentes dimensões, foram definidas cinco diferentes classes de endereços IP (Classes: A, B, C, D e E).
Originalmente, o espaço de endereçamento IP foi dividido estruturas de tamanho fixo designadas de "classes de endereço". As principais são a classe A, classe B e classe C. Com base nos primeiros bits (prefixo) de um endereço IP, conseguimos facilmente determinar rapidamente a qual a classe pertence de determinado endereço IP. ~
De forma a resumir a informação relativamente às classes de redes IP, criei a seguinte tabela:
Analisando as três principais classes (A, B e C) podemos verificar o seguinte:
A classe A possui um conjunto de endereços que vão desde o 1.0.0.0 até 127.0.0.0, onde o primeiro octeto (primeiros 8 bits N.H.H.H) de um endereço IP identifica a rede e os restantes 3 octetos ( 24 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.
- Exemplo de um endereço Classe A – 120.2.1.0
A classe B possui um conjunto de endereços que vão desde o 128.0.0.0 até 191.255.0.0, onde os dois primeiros octetos (16 bits N.N.H.H) de um endereço IP identificam a rede e os restantes 2 octetos ( 16 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.
- Exemplo de um endereço Classe B – 152.13.4.0
A classe C possui um conjunto de endereços que vão desde o 192.0.0.0 até 223.255.255.0, onde os três primeiros octetos (24 bits N.N.N.H) de um endereço IP identificam a rede e o restante octeto ( 8 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.
- Exemplo de um endereço Classe C – 192.168.10.0
Em resumo…
Endereços Classe A permitem menos redes mas mais hosts por rede, enquanto por exemplo endereços classe C permitem mais redes mas menos endereços disponíveis por cada rede. Esperamos que tenham percebido esta questão das classes IP e que a partir de agora saibam identificar qual a classe a que pertence um determinado endereço IP.
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Este artigo tem mais de um ano
Conhecem alguma ferramenta para ocultar um endereço IP em Portugal?
Vocês como estão na rede sapo, apesar de independentes, podia perguntar à PT como é que vai a implementação do IPv6 e a outros se quiserem.
A resposta a essa pergunta julgo ser do domínio público…
http://www.telecom.pt/ipv6
isso eu sei, mas gostava de saber como é que vai a implementação.
A minha percepção é que está a avançar com passos curtos. E a expansão da rede da PT continua a fazer-se no IPv4… (último bloco obtido em Abril de 2010)
pt.telepac
PT Comunicacoes S.A.
19930901 144.64/16 ALLOCATED PA
19940413 194.65/19 ALLOCATED UNSPECIFIED
19950929 194.65.32/19 ALLOCATED UNSPECIFIED
19960515 194.65.128/17 ALLOCATED PA
19960515 194.65.64/18 ALLOCATED PA
19980602 212.55.128/18 ALLOCATED PA
19991224 213.13/16 ALLOCATED PA
20020806 81.193/16 ALLOCATED PA
20031119 82.154/15 ALLOCATED PA
20050103 85.240/13 ALLOCATED PA
20090325 188.80/14 ALLOCATED PA
20100429 2.80/14 ALLOCATED PA
20020814 2001:08a0::/32
(source=ftp://ftp.ripe.net/ripe/stats/membership/alloclist.txt)
um proxy pago/vpn
“Conhecem alguma ferramenta para ocultar um endereço IP em Portugal?”
Que tal o Tor (The Onion Router)?
Obrigado… vou ter exame de informatica para a semana, e calha exactamente esta matéria…
Para além disso é uma boa explicação para os interessados nestes assuntos, ou até para os que gostam de ter cultura geral…
denada
Excelente artigo! Faz-me lembrar os tempos de inicio de aulas em sistemas distribuídos!! 🙂 É sempre bom relembrar e útil para aprender!!
Desculpem o “off-topic” que segue, mas parece que a ACAPOR já começou a sua festa!
hxxp://partidopiratapt.eu/arquivos/1101
Heh, o site deles já foi!
oi. uma pequena correcção:
http://partidopiratapt.eu/arquivos/1101
😀
Assim já dá 😉
Também não me expliquei muito bem, referia-me ao site da acapor 🙂
Outra coisa que me esqueci, muito obrigado pelo artigo pplware!:D
que inteligentes
Muito bem explicado. Cada vez percebo mais de redes a pala do pplware.:-)
eh eh eh…És um “aluno” atento e aplicado, vais tirar boa nota no exame final 🙂
E se não estivesse tão longe ia tirar um curso da Cisco contigo 🙂 …de facto sou atento e aplicado, isso sou eheheh
Muito bem explica. Cada vez percebo mais de redes a pala do pplware.:-)
Era mesmo disto que estava a precisar 🙂
bom tópico sobre redes…lembrou-me algumas matérias esquecidas nas aulas de CD (Comunicação de Dados)
offtopic hoje não há o “Update”?? Já estou com saudades do programa
Aaaarghhh. Isto são conceitos de 1900 e trócó-passo!
O que está em vigor na Internet, já desde o século/milénio passado é o VLSM (Variable Length Subnet Masking).
Em http://www.iana.org/assignments/ipv4-address-space/ipv4-address-space.xml está a prova que o espaço 0-127 não é inteiramente usado para criar redes com 16 milhões de endereços. Ou seja, os americanos desbarataram uma boa parte dele oferecendo-o a algumas das suas grandes empresas, mas o resto do mundo ainda foi a tempo de colocar algum bom senso naquele espaço, e mesmo recuperar uma (pequena) parte dessa asneira colossal.
ahhh pois !!! 🙂
Devido a estas divisões “malucas”, é que se calhar actualmente o IPv4 está como está (no fim)…no entanto o IPv6 demora a assumir-se como “o protocolo principal”.
Sim, VLSM é o que está em vigor (e ainda bem) na Internet, no entanto é importante recordar o passado.
Abraço cf
PPinto
Recordar é uma coisa, mas o problema é que pelos vistos ainda se *ensina*…
Isto provoca pedidos de endereçamento do género:
– Ah e tal, preciso de uma classe C.
eu:
a sério? então quantos endereços
precisa ao certo?
– Hmmm… não sei ao certo, mas praí uns 15 ou 20…
eu:
…oooOOO(mais 1 enganado por 1 mito urbano…)
Olhe que isso agora já não funciona assim. Preencha o formulário, e o normal será vir a receber uma /27, adequada às suas necessidades.
sim, ensina-se em todas as Universidades/Politécnicos/CCNAs…e faz parte dos livros e afins.
Para se chegar ao que temos hoje foi preciso passar por lá, daí a sua importância…nem que não seja para saber que foi uma coisa mal feita!
yah pelo que sei antigamente era do género olhe preciso 3 ou 4 endereços públicos
“então tome la uns 30, /27 chega ou precisa de mais? se precisar e só dizer”
agora é mais
olhe preciso de 3 endereços públicos “para que? quando ? mas porque? mas tem mesmo a certeza? hein? precisa mesmo disso?”
já é um recurso escasso mas ainda assim acho que o grande problema do IPV6 que ai vem vai ser o DNS
e talvez por isso ainda não o estamos a usar
As Classes de IPv4 podem não mais ser pertinentes do ponto de vista prático, mas aparecem em provas de concursos públicos e por isso é preciso conhecer.
Um pequeno OFF-TOPIC:
Não seria interessante o pessoal do pplware fazer uma TOP-List com as melhores apps para Android? 😀
Com a vinda o IPV6 deixa de haver motivos para classificar tipos de redes. Eles vão ser tantos que deixamos de ter motivos para pensar qual vamos escolher.
Também se pensou o mesmo aquando da implementação do IPv4 e olha onde foi dar!!
Neste momento o IPv6 vem para colmatar a falta de organização que ocorreu quando surgiu o IPv4, todavia, se não organizarem este novo protocolo vai acabar igual ao IPv4.
Venham daí tópicos sobre este assunto que são sempre bem vindos para serem debatidos..bom trabalho Pedro
As Classes de IPv4 podem não mais ser pertinentes do ponto de vista prático, mas aparecem em provas de concursos públicos e por isso é preciso conhecê-las.
Como frequentador desta excelente comunidade, embora não seja muito participativo como desejaria ( falta de conhecimentos). No entanto gostaria de fazer um reparo na Classe A vai de 1.0.0.1 até 126.255.255.254
A Gama ou Range 127.x.x.x está reservada para testes de loopback. Como é o exemplo de 127.0.0.1 que é o comum endereço de teste para loopback. E a Gama ou Range 255.255.255.255 faz um broadcast para todos os clientes da rede local.
Se algo estiver errado, agradeço a correcção. Estamos aqui para partilhar conhecimentos 🙂
Mas não deixa de ser uma classe A conforme referido… embora realmente não possa ser usado.
Boa noite a todos,
como visitante assíduo do pplware, espero que não seja mal interpretador mas as criticas servem para melhorar-mos certos aspectos que estão menos correctos.
Não consigo dar valores precisos porque também não me dei ao trabalho de pesquisar, mas penso que sobre este assunto já foram redigidos diversos artigos, as diferenças estão na escrita e alguns abordam outros temas, mas andam todos em torno do mesmo (IPV4).
Uma vez que estamos num momento de transição para IPV6 a informação existente sobre este nova versão de IPs é reduzida e para muitas pessoas bastante confusa. Na minha opinião um portal como este deveria aprofundar mais o funcionamento do IPV6 e começar a deixar de parte o IPV4.
Para finalizar só me resta dizer que a equipa do pplware tem feito um excelente trabalho. Bom ano a todos.
Viva Samuel,
Foram já vários os artigos que escrevemos sobre IPv6 e sempre que há novidades sobre o mesmo (e que se justifiquem para os nossos leitores), elas serão trazidas até aqui ao pplware.
Esperamos pelo “boom” do IPv6 🙂
IPv4 continua existindo, continua em uso, e continua sendo conteúdo cobrado em provas de concursos públicos. Logo, continua sendo necessário aprender.
eu gostaria de saber era que software é que é usado para fazer o gráfico que foi usado para ilustrar este post.
se alguém souber agradecia.
Boas Bruno,
Foi apenas o Excel 2010, com umas cores à mistura 🙂
Olá Pedro. Eu também faço diagramas de rede, e não com o Excel que eu consigo arranjar esse tipo de gráficos. Fiquei apenas curioso pois os gráficos que apresentas são mto bons.
O Pedro vai buscar estas imagens vectoriais a algum lado em específico?
Não me referia à tabela mas sim ao gráfico de rede que está em cima! Obrigado
tenho dificuldade de Calculo de suB;rede
classe C =255.255.255.0#192.0.0.0 até 223.355.255.0/24
“355” está incorreto, pois os octetos vão de 0 a 255.
Talvez esteja aí sua dificuldade.
tenho dificuldade de Calculo de suB;rede
classe C =255.255.255.0#192.0.0.0 até 223.355.255.0/24
Não está correto “355”, pois os octetos vão de 0 a 255.
Talvez esteja aí sua dificuldade.
Whoa o pplware está com cada vez mais com muita informação
Continuem assim
Voce poderia me explicar mais sobre a classe E ? como calcular.. e etc
Qual a serventia de calcular algo nessa faixa que não é empregada na prática?
Alguém sabe me falar pq é 2^7 e não 2^8? Na coluna 5 em N° de Redes
Alguém sabe te explicar que não existem endereços IP cujo primeiro octeto seja 0. 😉
Digo, um explicação melhor seria: o primeiro bit do primeiro octeto é o identificador das redes Classe A, tendo sempre o valor 0. Não se pode usá-lo para sub-redes, então ele tem que ser subtraído no cálculo do total de subredes possíveis (8-1=7).
Igualmente, como os 2 primeiros bits de uma rede Classe B servem para identificá-la (sendo sempre 10), são subtraídos no cálculo do total de subredes possíveis (16-4=14). Por fim, como os 3 primeiros bits de uma rede Classe C servem para identificá-la (sendo sempre 110), são também subtraídos no cálculo do total de subredes possíveis (24-3=21).
No modelo de endereçamento baseado em classes, o que significa termos um endereço IPv4 classe B? Cite um exemplo de um endereço válido a ser atribuído a uma estação que seja desta classe.
Leia o artigo que você comentou e saberá responder à questão.
Qual o problema do esquema de endereçamento baseado em classes do IPV4? Cite uma providência adotada para resolver o problema.
O problema é o imenso desperdício de endereços que acarreta.
Uma providência foi o emprego de NAT.
não gostei chumbei no exame alguem me pode ajudar vou viver na rua @black25 no instagram