ANACOM aprova redução de 10% em circuitos Ethernet
De acordo com uma informação da ANACOM, foi aprovado uma redução de 10% nos circuitos Ethernet disponibilizados pela MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia. Os preços máximos dos circuitos que ligam várias ilhas dos Açores serão mantidos.
Segundo foi revelado, com esta descida, os preços dos circuitos CAM (Continente, Açores e Madeira) registam já uma redução acumulada superior a 86% desde 2015.
ANACOM: Objetivo é melhorar as condições de concorrência no mercado
A ANACOM aprovou uma redução de 10% dos preços máximos dos circuitos Ethernet entre o continente, Açores e Madeira. No que respeita aos preços dos circuitos tradicionais, no âmbito da oferta de referência de circuitos alugados (ORCA), a ANACOM decidiu igualmente manter os preços em vigor.
Os novos preços dos circuitos CAM deverão entrar em vigor à data de aprovação do sentido provável de decisão que antecedeu esta decisão da ANACOM, ou seja, a 2 de outubro de 2020.
João Cadete Matos, após reunião do conselho de administração da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), que decorreu no Funchal, referiu que...
Temos procurado criar condições para que todas as empresas que queiram estar presentes na Madeira não possam invocar que os preços do aluguer dos circuitos do cabo submarino são muito elevados
O responsável referiu-se, em concreto, às empresas Vodafone e Nowo e salientou que, com a descida agora aprovada, os preços dos circuitos CAM registam já uma redução acumulada superior a 86% desde 2015.
O principal objetivo é melhorar as condições de concorrência no mercado, com benefício para os operadores e prestadores de serviços alternativos à MEO, que necessitam de alugar essas ligações para desenvolver a sua atividade.
Além disso, a quebra de preços ajudará os consumidores das Regiões Autónomas a usufruir de uma maior diversidade de oferta retalhista e em condições equiparadas às condições disponibilizadas aos restantes consumidores de serviços de comunicações eletrónicas no território continental.
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Faltou referir que a descida é, na sua maioria, nos circuitos que ninguém quer (múltiplos de 1mb). Os circuitos de 1gb e ten giga continuam caros.
De resto, não é a ANACOM que decide preços. O regulador “regula”, definindo as regras para o teto de preços máximos, normalmente uma função do investimento, custos de operação e rentabilidade em linha com o mercado. No caso da MEO, é fácil perceber o brutal lucro com as operações do CAM: o investimento foi dos contribuintes e os custos de operação são mínimos (já existem instalações). Aliás, basta perceber o interesse do operador no CAM2 para entender..
Sandro, Concordo, quando muito o unico investimento que têm é nos ativos terminais em cada ponta. De resto é tudo lucro. O cabo está a chegar ao seu fim de vida útil e a Altice continua a chorar.
Então eles estão alugar aos contribuintes uma coisa que foi paga com impostos dos mesmos contribuintes. Parece-me justo!
Qual é então o papel da ANACOM?? Passa a ser um agente de intervenção nos preços do mercado em vez de ser um regulador do sector é o que passa nesta mensagem. evidencia. Já não era coisa que eu há muito suspeitava.
Carissimo, o cabo atual foi instalado quando a PT era Pública, é um ativo estratégico. Concorda então que o operador atualmente cobra 10 por um circuito num cabo que não gastou nem 1 euro a instala-lo, de um momento para o outro passe a cobrar1000 porque sim.
Sabe que é o unico meio de comunicação com as ilhas? Por isso acho muito bem que num ativo estratégico para o país, herdado por uma empresa privada e estrangeira seja regulado.
caso contrário em vez de pagar 30€ por um serviço nas ilhas ia pagar 300 ou 3000.
Por essa e por outras, é que estes serviços deveriam ser concessionadas à IP telecom e esta manter-se pública como revendedor grossista aos outros operadores como já o é hoje em dia, já que ao que saiba a IP Telecom praticamente não têm clientes finais, mas exortava o pplware a descobrir e dar maior relevância agora estas e outras medias com maior transparência nestes negócios potencia desvantagens para uma empresa em favor do grande público, percebe-se a chatice…
Sim e não. Regiões autónomas devem ter o respectivo controlo do cabo. A IP telecom deve ter o controlo técnico dos cabos que ligam Açores e Madeira, mas a exploração comercial deve ser das regiões. A IP telecom regula-se pela mesma lei que regula os outros, uma função do investimento, dos custos e da rentabilidade esperada. Não entra, por exemplo, o caso de uma região querer baixar o preço para ser competitiva na atração de data centers.
Quando é que os outros operadores colocam os seus próprios cabos? Se não individualmente, talvez através de um consórcio, ou empresa terceira independente a quem garantem um determinado valor de aluguer dos circuitos por um determinado período de tempo.
Não concordo. Como operador vou querer rentabilizar o máximo o meu negócio. Relembro que a ANACOM regula a fórmula do teto máximo dos preços, não o seu valor. Vou apresentar um CAPEX e OPEX inflacionados para justificar os preços a cobrar e estará tudo legal. Regiões ligadas e consumidores prejudicados.
De resto, vamos imaginar que em termos de estratégia económica, o governo de uma região quer promover a instalação de data centers ou centros de investigação. Se não tem controlo do cabo, como pode limitar os preços? Subsidiando o operador, pois.. agora, com a propriedade do cabo, o incumbente pode achar estratégico não ter rentabilidade económica na venda de banda mas na disponibilidade a baixos custos para empresas, instituições ou outros sectores.
Já agora falta um TCO para percebermos a dinâmica do negócio! Aqui o problema que se mantém está relacionado com o abuso comporativo e com a ilegalidade da operação para a qual como sempre não existem medidas a ser aplicadas.