A morte do OpenOffice pode estar para breve
O popular OpenOffice foi uma das primeiras alternativas ao poderoso Microsoft Office. Este projecto conseguiu alcançar o sucesso à escala mundial mas, de acordo com informações recentes, está a perder força por falta de programadores e poderá mesmo acabar em breve.
Será que é este o caminho de muitos outros projectos open source?
O Apache OpenOffice é um software completo de produtividade equivalente ao Microsoft Office e que antes de se tornar uma ferramenta de código aberto (licença LGPL) era conhecido como StarOffice desenvolvido inicialmente pela StarDivision, posteriormente adquirida pela Sun Microsystems.
Em 2000 a Sun foi adquirida pela Oracle e muitos programadores avançaram com o projecto LibreOffice, que é baseado no OpenOffice. O LibreOffice é um software de produtividade Open Source, ao estilo do Microsoft Office, que advém do código fonte do OpenOffice. Em 2015 o LibreOffice ultrapassou os 100 milhões de utilizadores.
Agora, 16 anos depois, circulam informações de que o OpenOffice pode mesmo acabar, isto porque continua a perder muitos programadores para o projecto LibreOffice.
Esta plataforma de produtividade já não recebe uma actualização desde Outubro de 2015 e os líderes do projecto alertam inclusive para a possibilidade de vulnerabilidades. Tendo em conta a falta de actualizações e programadores, este projecto parece estar mesmo num buraco sem saída e com fim à vista.
Com o cada vez mais completo LibreOffice, terá o OpenOffice espaço para sobreviver?
Este artigo tem mais de um ano
Por acaso era o Office que eu mais gostava apesar de raramente lhe tocar. Já troquei pelo Libre…
A culpa é da Oracle, uma empresa mesquinha e que adora processar outras empresas por patentes (qualquer semelhança com a Apple é mera coincidência). A Oracle é a dona do JRE (Java Runtime Environment) e que o Google usava até no Android 6.0 Marshmallow, e por problemas com a Oracle o Google decidiu mudar para o Open Java a partir do Android 7.0 Nougat. Agora ninguém quer mais continuar o OpenOffice da Oracle e o projeto vai parar. Já vai tarde… bem vindo o LibreOffice!
A empresa é mesquinha por processar outras por patentes? Mas o conceito de patentear uma coisa é ter o direito de a explorar por 20 anos… e é um processo moroso e com custos. Não venho mesquinhez nenhuma em uma empresa tentar proteger o que criou.
Problema da patente que não leva a inovação, eu não posso criar uma tecnologia melhor com base em uma antiga devido as patentes. Então não adianta de nada, se algo não pode evoluir por causa de uma patente, eu a considero mesquinha.
é uma pena…mas dinheiro no bolso é melhor q tudo.
Usei durante alguns anos, mesmo depois de ter saído o Libre office. É muito difícil combater o MSO e os piratas.
Usei durante muitos anos, até ser aparente que o futuro do projecto era o LibreOffice.
Os projectos open source tem futuro quando os programadores se juntam e não quando competem entre si, desnecessariamente.
Com 100 milhões de utilizadores no Libre, eles deveriam juntar-se ao LibreOffice.
Muitos projetos opensource perdem por falta de coesão, não faz sentido nenhum existir o OpenOffice e LibreOffice em competição.
Só morre porque a Oracle armou se em parva na altura e os programadores fizeram o fork para o libreoffice e só depois do livreoffice ganhar algum ímpeto é que a Oracle disponibilizou o projecto novamente à comunidade.
Por mim já vai tarde. Long live livreOffice.
Já era de esperar… Pois ao ter sido adquirido pela Oracle e já na altura a comunidade começou a ir para o LibreOffice. E com o decorrer do tempo, todos os grandes players e a maioria da comunidade esta no LibreOffice.
Já para não falar que o LibreOffice evolui muito, tanto em funções como limpeza de código “lixo”. E o OpenOffice em comparação “parou”.
Ou seja o LibreOffice é a verdadeira continuação do projecto, dai ser tão utilizado, eu uso-o já a algum tempo.
Nos dias que correm o LibreOffice é perfeitamente utilizável, mesmo para empresas.
Hoje em dia o Libre está anos-luz a frente.
Oracle is evil.
Pois… foi isso que ‘destruiu’ mais o openoffice… Entre muitas outras coisas. Penas é que empresas como a Sun deixam de dar “lucro” e perdem-se várias tecnologias em prol de ‘patentes’.
Felizmente foi substituído pelo libreoffice 🙂 pena é que o pessoal não doa alguma coisa ao projeto (dinheiro, programar/corrigir bugs, traduções, etc. têm muito por onde escolher).
A SUN foi-se por causa de Sanguessugas como Microsoft e Google.
Não teve nada a ver com a Oracle.
Para mim, só o MS Office, agora na versão 2016.
WPS Office, o mais parecido com o MS Office. Recomendo.
Eu também.
Eu uso o WPS. Para ler os anexos dos mails é o que chega.
mas deixa marca de agua qd se imprime algum documento através do programa…
Para além disso não suporta a inserção de datas noutro formato que não o americano… A mim irrita-me ser forçado a escrever primeiro o mês e depois o dia.
Resumindo: é muito parecido com o MSO, mas acabo por preferir o Libre. Pagar pelo WPS e não ter formatos de datas nem macros está fora de questão.
Já se esperava. Quando foram integrados numa empresa que visa o lucro, as coisas descambaram.
O open source funciona se os programadores estiverem envolvidos na direcção que o programa vai seguir. Quando passa a existir uma pessoa externa a dar ordens, qualquer open source se afunda.
Então se existem alguma tentação para serem programas pagos, nem que seja por adware, ainda pior.
Se o Miguel quiser trabalhar de borla eu arranjo-lhe emprego.
Com o Microsoft Office por ai, tudo que veio depois sempre terá sido um “aborto”!
… É triste… mas viestes depois do Microsoft Office certo?
Uma das razoes deve-se ao facto de o Libre Office e o Open Office utilizarem tipos de licença diferentes.
O LibreOffice pode utilizar todo e qualquer código/funcionalidade do Openoffice mas o oposto já nao é possível. Isto torna a balança um pouco desequilibrada visto que o LibreOffice absorve todas as features do OpenOfice, mas o OpenOffice não pode reutilizar novas features do LibreOffice.
O Openoffice ao morrer o LibreOffice perde um dos seus contribuidores de código.
Um excelente exemplo das vantagens do open source. Uma empresa tenta controlar e a comunidade faz um derivado melhor não permitindo que se torne propriedade de alguém
Aconteceu algo similar com o Hudson / Jenkins.
A Oracle quis controlar e a comunidade disse que não é fizeram o fork. Agora o Hudson está praticamente morto.
Desde 1998 estou seguindo o caminho, comecei com o StarOffice 5.2 , OpenOffice, BrOffice e agora LibreOffice, para meu uso é o suficiente, estou até testando o Linux Trisquel 7, esta me surpreendendo.
O nome OpenOffice soa-me melhor que LibreOffice.
Isso é pq não és sul-americano. 😛
Eu também gosto do nome OpenOffice, mas no fim de contas o que interessa não é o nome. O OpenOffice parou no tempo desde 2011, o LibreOffice continuou o seu legado. E neste momento, o Open já está muito atrás do que o Libre oferece. Acho que neste momento, já é tarde para voltar atrás.
Isso é verdade. 😉
“Em 2000 a Sun foi adquirida pela Oracle”, corrijam SFF “Sun Microsystems foi adquirida pela Oracle Corporation em 2009”.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sun_Microsystems
Sim, a história do OpenOffice neste artigo está completamente errada.
No principio, em 1985, havia o StarOffice que era software pago e proprietário. Em 1999, a Sun comprou a empresa que desenvolvia o StarOffice e em 2000 tomou a decisão (histórica) de publicar o código-fonte na rede e criar o OpenOffice.org, uma suíte de escritório 100% livre, gratuita e aberta a uma comunidade de programadores. A partir daí, o OO.org ganhou imensa popularidade como uma alternativa ao software da Microsoft, a um nível que jamais o StarOffice teria alcançado como software fechado.
Deixei de utiizar o openoffice passando para o libreoffice há já algum tempo
Tenho utilizado atualmente como alternativa o WPS
É pena. Uso este Office há +/- de 24 anos todos os dias, especialmente em folhas de cálculo.
A primeira versão Star que utilizei, em W3.11 ( gratuita nos anos 90), era muito diferente das actuais visões Office.
Arrancava para um Desktop e tinha, embutido, também uma espécies de Explorador de ficheiros. Nem nos apercebíamos que estávamos no Windows, uma vez que o seu ambiente de trabalho passava para 2º plano.
Passei também pelo falecido GO-OO. Excelente mas pouco ágil a actualizar.
Actualmente mantenho-me a usar o OO que me parece mais estável e menos problemático que o LibreO.
Vamos ver o que vaia acontecer.
Amigo, pode dar o salto para o LibreOffice sem medo que é bastante estável. Eu estou a usar a versão 5.2, mas para quem prefere estabilidade acima de tudo, eles ainda mantêm um nível na 5.0 com actualizações de segurança, ideal para empresas.
Tirando o branding, é o OpenOffice que você conhece e adora. E com mais funcionalidades.
Como sou bem mais novo, o meu primeiro contacto com o OpenOffice.org foi por volta de 2002/03, andava eu na escola e tinha um computador em casa apenas com o Microsoft Works para fazer os trabalhos e relatórios. O Works, é universalmente aceite, é um dos piores softwares saídos de Redmond, muito choro me causou por crashes constantes e recuperação de documentos como no Office, nem vê-la. A compatibilidade mesmo com os formatos Office da própria Microsoft era péssima.
Penso que me saiu a rifa com um CD-ROM daquelas revistas, PC Guia ou Exame, já não sei com o OO.org 1.1. Instalei-o sem qualquer expectativa, o que eu queria era o MS Office, e após uma semanita, já estava a chorar, mas de felicidade. Como era possível, um software tão melhor que o Works, que fazia tudo o que eu precisava e sem custar um cêntimo? Ainda tinha uns tipos de letra diferentes e outros adornos, que faziam inveja aos meus colegas com o Office 2003.
Estou a ficar nostálgico com isto.
O bom é que tenha o nome que tiver, seja Star, Open ou LibreOffice, este projecto não irá nunca desaparecer, a comunidade open-source arranja sempre uma maneira.
@ Alucard. Obrigado, conheço bem o LibreOffice também, mas mesmo assim prefiro o OO.
Esperemos que sim, que arranjem uma maneira de o manter vivo, ainda que, como diz, no final das contas não interessa qual o nome.
Star Office soa-me bem melhor do que Libre e do que Open!