Proibir os telemóveis nas escolas não melhora as notas nem a saúde mental, conclui um estudo
Apesar dos pedidos e recomendações relativamente à proibição dos telemóveis nas escolas, um novo estudo concluiu que esta medida não melhora as notas nem a saúde mental.
Em setembro do ano passado, o Governo português recomendou a proibição do uso de telemóveis para 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, de forma não-vinculativa, deixando a decisão nas mãos das escolas.
Na altura, a sugestão foi feita, com base em estudos que mostravam que o uso de telemóveis gera "ansiedade e comportamentos negativos" nas crianças.
Esta medida está a ser ponderada e adotada por outros governos do mundo, nomeadamente no Reino Unido, onde o Governo conservador publicou, há cerca de um ano, orientações formais sobre como proibir os telemóveis nas escolas.
Contudo, novos dados da Universidade de Birmingham revelam que os níveis de sono, de exercício físico e de resultados académicos dos alunos não diferem entre escolas com e sem proibição de telemóveis.
Estudo olhou para 30 escolas secundárias e mais de mil alunos
O estudo, revisto por pares, comparou 1227 alunos de 30 escolas secundárias diferentes, e concluiu, também, que as políticas restritivas relacionadas com os telemóveis não reduziram o tempo total que os jovens passam no dispositivo todos os dias.
Não há provas de que as políticas restritivas em matéria de telemóveis nas escolas, nas suas formas atuais, tenham um efeito benéfico na saúde mental e no bem-estar dos adolescentes ou em resultados relacionados.
Escreveram os investigadores, cujo estudo contraria outro, do verão passado, que concluiu que as escolas que proíbem efetivamente os telemóveis obtêm melhores resultados no General Certificate of Secondary Education (GCSE), uma qualificação académica britânica.
Segundo Victoria Goodyear, principal autora do estudo, à BBC, citada pela Sky News, a proibição dos telemóveis nas escolas não é suficiente para combater os impactos negativos do uso excessivo de telemóveis.
Esta abordagem não exclui necessariamente a adoção de políticas restritivas em matéria de telemóveis nas escolas [...], mas estas políticas devem estar associadas a uma abordagem holística mais ampla da utilização de telemóveis e redes sociais pelos adolescentes.
Afinal, o mesmo estudo concluiu que o aumento do tempo de utilização dos ecrãs tem impacto na saúde mental dos estudantes, bem como no seu comportamento na sala de aula, nos níveis de atividade física e nos ciclos de sono.
Há dois tipos de pais – os que proíbem o uso dos telemóveis às refeições e os que não proíbem. Os que proíbem sabem bem as artimanhas que os filhos usam para não ficar “desconectados” durante o curto período em que dura a refeição.
Isto da proibição dos telemóveis na escola – chega à escola e entrega o telemóvel, que recebe à saída, ou muito me engano, ou resulta em entregar “um” telemóvel e ficar com outro e nada se altera.
incuto às minhas crianças que há um mundo além do telemóvel delas, logo, não os usam durante as refeições nem das 21:00 às 07:00 (se ficarmos em casa), contudo respeito quem não entenda o quão limitador é esta tecnologia para o desenvolvimento dos seus filhos, alguns dos quais nem brinquedos têm porque os pais, logo após nascerem, lhes colocaram o dispositivo nas mãos … também já ouvi falar desses segundos telemóveis nas escolas e julgo que são o reflexo de uma desonestidade crescente entre estes jovens viciados (tal como sucede com qualquer viciado, seja no que for)
Quando se fala de crianças é sempre útil esclarecer de que idade se está falar, ou pelo menos, o ciclo escolar. E depois é destas coisas, proibir os telemóveis mas manter o acesso a computadores ou tablets vai dar ao mesmo.
Quem proibir o uso dos telemóveis às refeições e acreditar que os filhos se levantam para ir à casa de banho (ou mesmo à dispensa, quando não à fruteira da fruta) por outros motivos, são cegos.
Ir à despensa (dispensa é outra coisa). Mas na despensa ainda vá, há onde esconder o telemóvel, mas na fruteira! 🙂
podem ser cegos mas não são burros 😉 em minha casa todos os telemóveis, tanto os das crianças como os dos adultos, ficam no mesmo local portanto, bem podem ir à despensa ou ao wc que não vão lá encontrar os dispositivos…
Não ter telemovel atrasa muito mais o desenvolvimento das crianças chegam a adolescentes e não sabem mexer numa tecnologia, tecnologia essa que é usada em quase todos os empregos hoje em dia
cada um tem a sua opinião e tem que se respeitar a dos outros mas pessoalmente prefiro que as minhas crianças leiam e interpretem correctamente uma frase do que saibam mexer (ou seja, fazer scroll para baixo) nesta tecnologia viciante … trabalho com várias indústrias e daí à tecnologia ser usada em quase todos os empregos na actualidade ainda existe uma grande distância
Devem proibir o uso de telemóveis dentro da escola.
Para ter boas notas é preciso estudar e a saúde mentar não é ao telemóvel que se adquire.
A proibição é sobretudo para haver qualidade dentro das salas de aula.
O professor tem que dar a matéria sem ter que estar constantemente a chamar a atenção dos alunos por causa causa do telemóvel; sendo que o professor também deve dar o exemplo e não pode usar o telemóvel.
Isto para bem ser era mesmo haver um bloqueador de sinal na escola.
Não há rede para ninguém e pronto.
Foi recentemente anunciada a instalação de bloqueadores de sinal … nas prisões.
Não melhora as notas nem a saúde mental? Mas melhora a sociabilização.
+1
Assim já podem conversar com as más companhias.
Tem 999 estudos que dizem o contrário.
exato.
Só o facto de dizer BBC no texto da noticia acho que diz logo tudo.
Estudassem lol
Isto só acontece porque os ecrãns e telemóveis ainda não sugaram todos os adultos, ainda existe alguns resistentes que veem da velha escola, acaba por ser um problema que se resolve com o tempo.
Ora, ora !
Deviam era proibir ir à escola a quem tem telemóvel.
Melhorava a saúde mental dos professores e dos alunos … 🙂