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Huawei aponta quebra de 60% nas vendas internacionais de smartphones

A Huawei tem sido o centro das atenções desde que foi recentemente incluída na lista negra dos Estados Unidos. Agora, a tecnológica está a preparar-se para uma quebra de 40 a 60% no volume de smartphones Android vendidos fora da China. No entanto, próximo o Honor 20 Pro já está assegurado pela Google.

É o mais recente desenvolvimento na já longa guerra comercial entre os EUA e a China.


A 2.ª maior fabricante mundial de smartphones Android e líder de vendas no maior mercado mobile, está já a preparar-se para largas quebras nos próximos meses. Após termos noticiado as declarações de Ren Zhengfei, admitindo uma expectável quebra de 10% nas receitas anuais em 2019 e 2020, há novas informações.

Severa contração nos mercados internacionais

Olhando para o panorama internacional, de acordo com a Bloomberg, a Huawei conta com uma forte quebra nas vendas internacionais. Mais concretamente, uma diminuição de 40 a 60% no volume de smartphones Android vendidos além-fronteiras. No seu país natal, porém, o seu domínio continuará supremo.

De igual modo, a Reuters dá a conhecer um cenário idêntico. De acordo com esta fonte, a Huawei sofrerá uma quebra de 40 a 60 milhões de unidades. Portanto, uma diminuição muito considerável nos mercados internacionais, sobretudo na Europa, um dos maiores bastiões da empresa fora da China.

Estas são as previsões dos diretores de marketing, executivos de vendas e outros líderes dentro da fabricante chinesa de smartphones. No entanto, existe já uma estratégia a ser montada para pelo menos tentar mitigar o esperado impacto negativo, em boa verdade, será uma aposta dual, dentro e fora da China.

Conquistar até 50% de quota de mercado com os smartphones na China

Em primeiro lugar, esta será uma das etapas a alcançar pela fabricante. Servindo-se, para tal, do crescente fervor em torno da Huawei e o despertar do espírito e sentimento nacionalista. Ao propósito, este “sentimento” já foi atestado por várias agências de análise de mercado, sendo um objetivo ambicioso, mas exequível.

Com efeito, no seu país natal esperamos que a tecnológica de Cupertino venha a contrair ainda mais. Ao mesmo tempo, a líder mundial e rival sul-coreana é praticamente irrelevante na China. Aí, as únicas concorrentes diretas são a OPPO, a Vivo e, mais recentemente, também a Xiaomi.

Assim, para concluir a primeira etapa do seu plano de contenção, a Huawei quer obter 50% de quota de mercado no seu país natal. Ainda que Ren Zhengfei reconheça que o bloqueio imposto pelos EUA possa abrandar o crescimento da empresa, não ficará de braços cruzados perante os “caprichos norte-americanos“.

O Honor 20 Pro chegará à Europa com Android

Ainda que se temesse o seu cancelamento, o Honor 20 Pro será efetivamente lançado no mercado. O smartphone em questão começará a ser vendido no Reino Unido, bem como na França a partir do dia 21 de junho. O seu desempenho nos mercados será cuidadosamente analisado pelos executivos da empresa.

https://twitter.com/951262850/status/1140361202154893312

Temia-se que o Honor 20 Pro não recebesse a necessária certificação da Google. Algo que efetivamente o impediria de utilizar não só o sistema Android, mas também os serviços da própria Google. Contudo, temos agora uma fonte italiana a garantir que o smartphone já tem a tão necessária aprovação da tecnológica.

Trata-se de um smartphone Android de gama média alta lançado pela marca satélite, a Honor. Aqui com um preço de 599 euros na Europa, apresenta uma bateria de 4000 mAh de capacidade, o Kirin 980, SoC topo de gama da Huawei, bem como 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.

O Honor 20 Pro foi anunciado no início do mês, estando já a caminho da Índia, o 2.º maior mercado mundial de dispositivos móveis. Além disso, conta com uma excelente pontuação na DxOMark, sendo essencialmente uma versão mais acessível do topo de gama Huawei P30, ou mesmo do Huawei P30 Pro.

O smartphone da Huawei já terá sido certificado pela Google

Colocando assim um ponto final a vários rumores que grassam amiúde em várias publicações. Agora, resta saber se o público aderirá a este dispositivo móvel, talvez um dos últimos smartphones a serem lançados com o sistema operativo Android pela Huawei. Enquanto isso, a tecnológica explora várias alternativas.

Já a favor da Huawei apelam também a Qualcomm, bem como a Intel. Ao mesmo tempo, vemos empresas como a Broadcom a preparar-se para uma quebra de 2 mil milhões de dólares em receitas anuais. Uma consequência direta do bloqueio imposto pelos EUA à tecnológica sediada na China.

Por fim e numa nota positiva, os seus PCs já voltaram a estar disponíveis na loja da Microsoft.

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