Samsung Galaxy Fold: o smartphone foi redesenhado, veja o que mudou!
Além de uma nova implementação do componente problemático, a tecnológica enfrenta agora um novo problema. Ainda assim, o seu smartphone dobrável, o Samsung Galaxy Fold, conta agora com novidades, fruto de uma revisão total ao produto que demorou cerca de dois meses e provocou sérios atrasos.
Veja agora o que mudou na nova versão do produto, bem como os novos problemas.
Pouco depois do anúncio do "novo" Samsung Galaxy Fold, eis que surgem novos problemas para a tecnológica líder no mercado mobile. Surpreendentemente, o empecilho prende-se novamente com a película de proteção que reveste e protege o ecrã AMOLED, neste caso, o material que a compõe.
Os contratempos do Samsung Galaxy Fold
A fim de captar o espírito desta discórdia, temos que volver até à década de 30 e 40 do século XX. A saber, estamos perante disputas que remontam à 2.ª Guerra mundial, com a Coreia a ser essencialmente uma colónia do Japão. Os anos passaram, mas a memória coletiva persiste e os conflitos migraram para os tribunais.
Nas instâncias jurisdicionais discute-se a importação de materiais, algo que pode afetar a produção de vários semicondutores, entre outros componentes e até mesmo o Samsung Galaxy Fold. Mais concretamente, um componente vital para a produção da película de proteção que reveste o ecrã do mesmo.
A problemática película de proteção, que agora passa a estar dobrada nos cantos para que seja impossível remover à mão, pode vir a escassear. Sendo produzida pela japonesa Sumitomo, utiliza um material muito específico. Os polímeros fluorados, utilizados pela sua ductibilidade, resistência e transparência.
A película de proteção para o ecrã do smartphone dobrável
Infelizmente, de acordo com a imprensa coreana, estes polímeros fluorados, cruciais para a produção da película de proteção, integrarão a lista de produtos cuja exportação será proibida. Além disso, o material exportado pelo Japão não é de fácil substituição. O país é responsável por 70 a 90% da sua produção global.
Em causa está assim a colaboração da Samsung com a japonesa Sumitomo na produção da película transparente. No entanto, não é uma película qualquer, muito pelo contrário. A mesma é aplicada no ecrã OLED com um adesivo especial, desenvolvido pela Samsung durante vários anos.
Giappone restringe export hi tech vs Sud Corea ! A 75 anni dalla di fine della II guerra mondiale i due paesi sono ancora cane e gatto ! Un vero peccato,... https://t.co/mrbLkG9MiU
— Alberto Forchielli (@Forchielli) July 1, 2019
É graças a estes dois materiais que o ecrã OLED pode ser dobrado vezes sem conta, sem danos para o mesmo, mas com o ponto de maior preocupação a ser exatamente a película. Aqui, ainda que o ecrã não seja danificado, a película e o adesivo têm que conseguir dobrar (comprimir) e desdobrar na sua região central (eixo vertical).
A película foi redesenhada, mas a sua produção está em risco
Mais ainda, nesta película transparente, ótica e adesiva (OCA), há mais partes envolvidas. Infelizmente, sendo outra tecnológica japonesa, a Denko, responsável por criar um revestimento polarizador para o componente de proteção. Aqui, para que o revestimento polarizador impeça qualquer aberração cromática.
Assim sendo, perante o volume previsto de unidades a serem produzidas - 1 milhão - a Samsung tem agora novos desafios. Fruto não da atualidade tecnológica, ou dos desafios industriais, mas das feridas do passado. É, para todos os efeitos, uma prova das tensões ainda latentes e dos ódios não esquecidos.
Acima temos uma unidade do Samsung Galaxy Fold, ainda com a antiga implementação. Aí podemos ver as deformações na película cujos cantos passam agora a estar mais presos. Desse modo, o utilizador não a poderá remover, além de a mesma estar mais firme. Resta agora o imbróglio da sua produção.
Em suma, agora que a Samsung tinha, de acordo com a própria, resolvido o problema que afetava o smartphone, surge outro. Desta vez, não poderá ser resolvido nos laboratórios ou salas de desenho, mas sim nos tribunais.
Note-se ainda que existem outras empresas capazes de a produzir, mas continuam a depender do material supracitado. Este, por sua vez, é criado e exportado pelas empresas sediadas no Japão. Esperemos para ver se a tecnológica consegue contornar este obstáculo diplomático.
Leia mais...
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: The Bell
Fonte: Bloomberg
Neste artigo: dobrável, galaxy, Galaxy Fold, samsung, Samsung Galaxy Fold, smartphone
“que agora passa a estar dobrada nos cantos para que seja possível remover à mão” — humm?? “IMpossível”..
De facto, tem razão.
Não entendi! Antes os utilizadores experimentais haviam removido a película e danificado o aparelho?
Foram distribuídas algumas unidades (poucas). Entre essas, em alguns casos a película foi removida por quem os estava a testar, resultando em danos irreversíveis para o ecrã. Noutros, a película descolou, ou começou a vincar. De qualquer modo, foi por aí que o terminal apresentou os piores “erros”.
O conceito da Huawei de Smartphone dobrável tem um design bem mais apelativo!
mais apelativa e menos funcional, não esquecer que os ecrãs são de plástico para serem possíveis de dobrar e estando este da parte de fora do equipamentos encontras problemas como andar com o telemovel no bolso, pousar…
Para já é um equipamento de nicho que apenas serve para apresentar em esposições .
Exposições
vou comprar
Sinceramente, o conceito mais estúpido de sempre…
Mais valia 2 ecrãs separadas a atuarem como se fosse só um, penso eu de que 😀
essa implementação ja foi feita por algumas marcas mas a coisa não correu mt bem
Na minha humilde opinião a Samsung dwveria abandonar esse projeto, já que só traz despesa e má fama. No fim é o consumidor que acaba pagando com preços mais altos e não se sabe até quando. A Huawei teve sucesso no projeto e com preços mais acessíveis. A Samsung tem de começar a pensar em outros assuntos como por exemplo a concorrência como por exemplo a Huawei.