Problemas de segurança? Google retirou o desbloqueio facial do Android
Apesar de se ter tornado mais desejado pelos utilizadores depois do lançamento do iPhone X, o desbloqueio facial estava disponível no Android desde 2014, através do Smart Lock da Google.
Contudo, tal funcionalidade foi agora retirada. Desconhecem-se os motivos, existe até a possibilidade de ser algo temporário. Mas caso seja definitivo, o mais provável é que tenha sido pelas suas falhas de segurança.
Hoje em dia, seja um entrada de linha ou um topo de gama, praticamente todos os os smartphones do mercado têm desbloqueio através do rosto. Ou melhor... a partir de agora serão menos os que têm esta funcionalidade disponível!
Em grande parte dos terminais, o desbloqueio facial estava disponível no âmbito do Smart Lock da Google, parte integrante dos Google Play Services. A Google fornece estes serviços como parte integrante do Android, estando disponíveis em todos os dispositivos. Contudo, a gigante tecnológica - proprietária do Android - decidiu retirar esta funcionalidade em particular do seu sistema operativo.
A funcionalidade, ao não estar associada ao firmware do próprio equipamento, permite à Google conseguir retirá-la de forma simples de todos os dispositivos Android. A partir de agora, só os equipamentos que tenham desbloqueio facial através da ROM da OEM, como por exemplo a EMUI, poderão utilizar este método de desbloqueio.
O que terá levado a Google a tomar esta decisão?
A Google não explicou as razões que a levaram a tomar esta decisão. Não obstante, o motivo pode estar nas falhas de segurança demonstradas por este método de desbloqueio. Como recorria apenas e só ao aspeto do rosto do utilizador - sem avaliar quaisquer dados biométricos - este desbloqueio facial era facilmente corrompido com uma fotografia.
A empresa detentora do Android, ao tomar esta medida, garante assim mais segurança para todos os utilizadores. Ao passo que este método de desbloqueio era bastante cómodo, pecava bastante na sua premissa inicial que é proteger o equipamento do acesso indevido por parte de terceiros.
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Fonte: Android Police
Neste artigo: Android, desbloqueio facial, Google, Segurança, Smart Look
Há pessoal que não percebe que a Apple, ao desenvolver o seu software e o seu hardware, consegue otimizar uma tecnologia. É o caso do Face ID.
“Ah, mas o Android também tem (ou tinha) desbloqueio facial”. O Face ID não serve só para desbloquear o telemóvel – serve para autenticar, incluindo transações bancárias.
Sem esquecer que um sistema de desbloqueio por reconhecimento facial facilmente enganável é um perigo. Há pouco tempo bastava uma fotografia para desbloquear um Samsung.
Por falar em segurança e no que só a Apple consegue fazer:
https://www.wired.com/story/ios-attack-watering-hole-project-zero/
Pouco se sabe do misterioso ataque referido nesse artigo. Mas como nele se diz:
“Tanta sofisticação com foco em espionagem sugere hackers patrocinados pelo estado. Implicam um governo que quer vigiar um grande grupo que poderia selecionar – se ao visitar um certo site. Há muitos grupos minoritários como os uigures chineses, palestinianos, pessoas na síria, cujos respectivos governos gostariam de os espiar “.
Ataque remoto, a que está sujeito quem navega na NET nada tem a ver com o ataque quando há acesso físico aos equipamentos e como se pode ultrapassar o bloqueio.
A Apple já se pronunciou:
“A publicação do Google, foi feita seis meses após o lançamento dos patches para iOS e cria a falsa impressão de “exploração em massa” para “monitorar as atividades privadas de populações inteiras em tempo real”, alimentando o medo entre todos os utilizadores do iPhone de que os seus dispositivos tenham sido comprometidos. Este nunca foi o caso.
Segundo todas as evidências esses ataques através do site permaneceram operacionais apenas por um breve período, aproximadamente dois meses, e não “dois anos”, como o Google refere. Corrigimos as vulnerabilidades em questão em fevereiro – trabalhando com extrema rapidez para resolver o problema apenas 10 dias após o conhecimento. Quando o Google nos abordou, já estávamos a corrigir os bugs explorados.”
Não diz qual é site nem os atacantes – mas devia.
mais um a prova que nao se pode confiar na google.
fazem as coisas por fazer, sem pensar e analisar tudo correctamente