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Moderadora processa TikTok por falhar na proteção da saúde mental dos funcionários

Muito se comenta sobre o impacto das redes sociais na saúde mental dos seus utilizadores. Aliás, este é um tema que tem adquirido especial relevo, ultimamente. Nesse sentido, uma antiga moderadora do TikTok está a processar a plataforma e a ByteDance por falharem na proteção da sua saúde mental.

A moderadora diz ter visto horas de vídeos traumáticos.


Uma antiga moderadora de conteúdos do TikTok está a processar a plataforma e a ByteDance por, alegadamente, não ter tomado medidas para proteger a sua saúde mental. Isto, depois de ter visto inúmeras horas de vídeos traumáticos, envolvendo canibalismo, violações, mutilações de animais, suicídios, entre outras atividades.

Por causa desses vídeos, a antiga moderadora do TikTok diz ter desenvolvido ataques de pânico, depressão, e sintomas associados à ansiedade e ao transtorno de stress pós-traumático, alegando dificuldade em dormir e pesadelos.

 

Antiga moderadora alega que o TikTok não protege os funcionários

De acordo com a Bloomberg, no processo de ação coletiva, Candie Frazier, que trabalhava para uma empresa contratada, declarou que os moderadores do TikTok trabalham a um ritmo desenfreado, sendo obrigados a rever centenas de conteúdos por dia, com poucos intervalos.

Segundo a mesma fonte, os moderadores têm de rever vários vídeos ao mesmo tempo, variando entre três e 10, bem como apenas rever 25 segundos de cada um. Segundo o The Verge, a ByteDance acompanha de perto o desempenho desses funcionários e pune quando são perdidas horas de visualização.

O mesmo processo alega que o TikTok não aderiu às normas da indústria para proteger os moderadores de conteúdo, incluindo oferecer-lhes pausas frequentes e apoio psicológico. Além disso, Candie Frazier revela que a empresa não implementou salvaguardas técnicas, por forma a reduzir a resolução dos vídeos.

A antiga moderadora do TikTok procura, com o processo, que a ByteDance lhe pague a si e aos restantes lesados. Mais do que isso, pretende que o tribunal force a empresa a criar um fundo médico dedicado ao acompanhamento psicológico dos moderadores de conteúdo.

 

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