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Facebook vai banir publicações que neguem ou distorçam o Holocausto

Não é novidade que o Facebook tem vindo a trabalhar para tornar a plataforma num espaço mais saudável, em termos de discurso. Assim, tem revisto as suas políticas e tido em atenção alguns pormenores que antes lhe escapavam.

Desta vez, o Facebook pretende proibir qualquer conteúdo que negue ou distorça aquilo que foi um dos momentos mais desumanos da história global: o Holocausto.


Eliminados todos os conteúdos que neguem o Holocausto

Há dois anos, o CEO do Facebook disse que, apesar de a negação do Holocausto ser ofensiva e muito grave, não cabia à plataforma atuar, eliminando os conteúdos. Hoje, talvez pela influência que agora percebe que a rede social tem, Mark Zuckerberg mudou de ideias e pretende proibir qualquer conteúdo que negue ou distorça aquilo que foi o Holocausto.

Lutei com a tensão entre a defesa da liberdade de expressão e os danos causados pela atenuação ou negação do horror do Holocausto.

Disse Zuckerberg, numa publicação no Facebook.

Conforme foi explicado pelo CEO, ele próprio não tinha conhecimento da quantidade de conteúdos que navegam pela plataforma descredibilizando o Holocausto. Assim que o seu conhecimento solidificou, o pensamento evolui e os dados foram mostrando que, de facto, existiam conteúdos que falavam do Holocausto como um mito ou como um exagero.

Então, esta nova política estará inserida junto das tantas outras que o Facebook foi reunindo, a fim de suprimir o discurso de ódio. Ademais, todas as pessoas que pesquisarem sobre o Holocausto ou sobre a sua negação serão redirecionadas para informações credíveis fora do Facebook.

Nova política apreciada pelas organizações

Como seria de esperar, esta nova política foi muito apreciada. Por exemplo, Zuckerberg recebeu elogios do American Jewish Committee e do World Jewish Congress. Aliás, este último tem, há vários anos, defendido que o Facebook deveria remover conteúdo que negue o Holocausto.

Além disto, vários grupos organizaram um boicote publicitário ao Facebook, a fim de pressionar a plataforma a tomar medidas contra o discurso de ódio vincadamente presente nas suas plataformas.

Apesar de ser mais que uma simples ideia, a implementação da nova política não acontecerá repentinamente. Isto, porque existem imensos conteúdos a violar a medida e, por isso, demorará algum tempo até que os sistemas estejam preparados para remover cada publicação que negue ou distorça o Holocausto.

 

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