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Facebook não identificou posts que promovem uma teoria sobre armas biológicas

Em alturas mais difíceis, durante as quais surgem demasiadas opiniões e teorias infundamentadas, as redes sociais possuem o papel fundamental de garantir que a informação fidedigna é a privilegiada. No entanto, o Facebook não assinalou 80% das publicações que promovem uma teoria da conspiração.

Essa teoria diz respeito ao financiamento, pelos Estados Unidos, de armas biológicas na Ucrânia.


De acordo com um estudo divulgado pelo Center for Countering Digital Hate (CCDH), o Facebook não conseguiu assinalar 80% das publicações que promoviam uma teoria da conspiração. Esta alega que os Estados Unidos da América estão a financiar o uso de armas biológicas na Ucrânia.

Segundo o The Guardian, o CCDH estudou uma amostra de publicações no Facebook que partilhassem conteúdos externos com informações infundamentadas sobre armas biológicas, feitas entre os dias 24 de fevereiro e 14 de março. Através dessa pesquisa, percebeu que em 80% dos casos as publicações não estavam assinaladas como tendo contexto em falta, como contendo informação falsa, ou parcialmente falsa.

Se os nossos investigadores conseguiram identificar informações falsas sobre a Ucrânia que circulam abertamente na sua plataforma, está dentro da capacidade da Meta de fazer o mesmo. Mas descobrimos que, na grande maioria dos casos, as teorias da conspiração recebem um livre-trânsito.

Disse Imran Ahmed, chefe executivo do CCDH.

A teoria das armas biológicas começou a disseminar-se nos últimos dias, na sequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Embora os Estados Unidos da América tenham garantido que não passava de um mito – que poderia ter sido lançado pela Rússia, por forma a justificar as ações contra a Ucrânia -, a história continua a espalhar-se pelas redes sociais. Sem o rótulo que o Facebook pode atribuir a conteúdos infundamentados, os utilizadores poderão conhecer uma versão dos factos pouco fidedigna.

As campanhas de propaganda da Rússia têm beneficiado durante anos do facto de a Meta ter feito vista grossa à desinformação. Apesar de tomar medidas contra os canais estatais sob enorme pressão, a Meta está a falhar gravemente na contenção de grandes narrativas de desinformação que beneficiam o regime de Putin.

Explicou Ahmed.

Tendo em conta os resultados obtidos, o CCDH apelou para que a Meta reforçasse a suas etiquetas relativas a informação falsa ou parcialmente falsa, e expandisse a utilização da informação relativa à falta de contexto.

 

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