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Facebook considerou vender dados de utilizadores a terceiros

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Eduardo Mota


  1. Justiceiro says:

    Eu apoio a 100% a venda de dados a terceiros, se não pagas pelo serviço, tens obrigatóriamente de dar algo à empresa para lucrar contigo, neste caso, consentir a transmissão de dados a terceiros.
    Até a DECO, aquela empresa que todos erradamente chamam de protector do consumidor [para isso temos instituições do estado (que quase ninguém conhece e usa)] vende os dados a terceiros e ninguém reclama, pelo contrário, a velhada adora-os…

    • ervilhoid says:

      E para fazer dinheiro precisa de vender os dados dos utilizadores???

    • Filipe says:

      Estas empresas que nos fornecem serviços em que nós não pagamos para utilizar (directamente), têm de ir buscar o dinheiro investido a algum lado.
      E empresas que fornecem serviços de e-mail, redes sociais, até spotify e companhia, ganham e muito a vender dados estatísticos de utilização, por exemplo. Usando o exemplo de spotify ou outro qualquer serviço de música: uma das coisas que eles fornecem a outros, é preferências de músicas ouvidas. Quem nunca leu as letrinhas pequenas não sabe como se gera dinheiro.
      Limitam-se a acreditar em tudo o que lêem.

    • Joao Ptt says:

      Vale lembrar que pagar também não significa que não vendam os dados e que os utilizem para publicidade, e por aí em diante.

      É por tanto um mito que só porque se paga as empresas têm de respeitar a privacidade. Se no contrato que poucos leem disser o contrário então eles vão mesmo vender… e mesmo que não tenham contrato podem vender na mesma, depende de onde operam e se querem ou não saber na UE e das leis que por aqui existem… e se, no limite, 10% do volume de negócios em multa não é um pequeno preço a pagar por uma enorme facturação que não existiria de outra forma.

  2. antonio says:

    Talvez valha a pena perceber quem é que está a mexer com o assunto: o Parlamento inglês.
    A história:
    – A Cambridge Analytica, que entretanto fechou, era uma empresa inglesa
    – O Parlamento inglês quis investigar o escândalo mas o Facebook e Zuckerberg recusaram-se a responder
    – O Parlamento soube do processo Six4Three vs. Facebook, em segredo de justiça num tribunal americano.
    – Basicamente, a Six4Three desenvolveu uma app com uma API que permitia identificar fotos de mulheres em bikini, que autorizassem partilhá-las através da app. A Facebook vedou o acesso à app e a Six4Three faliu – e levou a Facebook a tribunal. Nesse processo, em segredo de justiça, terá ficado documentado que a Facebook usava a mesmíssima API para recolher dados dos utilizadores. E também haverá documentos que comprovam o envolvimento dos responsáveis da Facebook em estratégias para vender dados dos utilizadores.
    – O Parlamento inglês aproveitou a passagem do ex-CEO da Six4Three (um americano) por Inglaterra e enviou, ao hotel onde estava, um “Sargeant-at-Arms” (guarda do Parlamento) para recolher documentação sobre o assunto (vai dar filme de espionagem, pela certa).
    – Como não havia documentação, o ex-CEO da Six4Three foi levado ao Parlamento e citado/intimado a apresentar a documentação
    – Como se trata de outra jurisdição crê-se que o ex-CEO terá que enviar essa documentação. Já informou o tribunal dos USA e os advogados da Facebook. (Digo eu que, se o processo que tem em tribunal nos EUA é para receber uma indemnização do Facebook, se esta quiser pagar não estará muito colaborativa com o Parlamento inglês).

    Outras implicações: Zuckerberg afirmou num inquérito do Congresso dos EUA que a Facebook não vendia dados dos utilizadores. Se se provar que vendeu vai ter problemas. E também quanto ao encobrimento, inicial, da intervenção russa no Facebook e nas eleições americanas.
    Mais países estão a acompanhar a história.

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