AOL Instant Messenger – Um último Adeus (RIP)

Qualquer leitor do Pplware que tenha vivido os seus anos de juventude durante a década de 90, quase de certeza que teve ou conheceu alguém que teve uma conta AIM (AOL Instant Messenger).

Foram 20 anos a cumprir a importante missão de manter as pessoas ligadas numa época em que a Internet ainda não tinha alcançado a grande dimensão que tem atualmente. Mas tudo tem um fim e o do AIM já tem data marcada para o dia 15 de dezembro de 2017.

RIP AIM…

Foi através da conta de Twitter do AIM que a equipa do mensageiro instantâneo anunciou o fim do serviço, precedido de um e-mail enviado a todos os utilizadores. Sem dúvida, foi algo bastante nostálgico, pois foram vários os milhões de mensagens trocadas entre os utilizadores ao longo de duas décadas. Mensagens essas, que marcam momentos importantes na vida de imensa gente.

All good things come to an end. On Dec 15, we'll bid farewell to AIM. Thank you to all our users! #AIMemories https://t.co/b6cjR2tSuU pic.twitter.com/V09Fl7EPMx

— AIM (@aim) October 6, 2017

Na altura em que os mensageiros instantâneos ainda estavam a aparecer, o AIM possuía uma grande cota de mercado, sendo o MSN Messenger um dos rivais. Sem dúvida, o AOL Instant Messenger impulsionou novas tecnologias Web e ajudou a começar uma enorme mudança cultural. Atualmente, deve ser raro encontrar uma pessoa que não utilize um serviço de mensagens instantâneas todos os dias.

A saudade que o AIM vai deixar será muita e até o autor John Green expressou os seus sentimentos no Twitter.

Hank and I came up with the idea for Brotherhood 2.0 during a conversation on AOL Instant Messenger.

— John Project for Awesome Dot Com Green (@johngreen) October 6, 2017

A Evolução dos serviços de mensagens instantâneas

Apesar da minha tenra idade ainda sou do tempo em que ninguém ainda falava em Facebook. Aquilo que eu e todos os meus colegas utilizávamos para conversar online era o MSN Messenger, apesar de algumas pessoas utilizarem o AIM. Mas, de facto, foi graças ao MSN que surgiu aquele momento único na minha infância em que me senti adulto pela primeira vez. Por uma única ocasião sabia mais sobre alguma coisa que os meus pais.

Na altura, os mais velhos ainda tinham alguma dificuldade em perceber as novas tecnologias “da moda” e eu tirava partido disso para aumentar o meu ego. Houve até um dia em que dei uma aula de MSN Messenger aos meus pais. Ensinei-lhes a mandar mensagens e até lhes mostrei a inserir aquilo que era conhecido na altura como: as “carinhas”. Para mim foi um momento precioso, que até hoje guardo na minha memória.

Mas naquela altura ainda ninguém era perito em namoriscar em frente ao ecrã. Foi um processo de aprendizagem para todos, onde as novidades apareciam a uma grande velocidade e que obrigava os jovens a atualizarem-se constantemente.

Hoje estamos aqui…

Hoje em dia, aquilo que não faltam são serviços de mensagens que, rapidamente, ajudam as pessoas a manter o contacto, a qualquer hora e onde quer que estejam. De facto, se repararmos, todas as grandes empresas de tecnologia oferecem este tipo de serviço. Sem dúvida, atualmente os mais populares são o Messenger e o WhatsApp. Mas também a Apple e a Google possuem os seus próprios serviços, e cada um possui as suas próprias peculiaridades que os distinguem entre si.

Atualmente, já podemos reagir a mensagens, realizar chamadas de vídeo e voz de alta qualidade e até colocar efeitos especiais nas mensagens tal como o iMessage já nos habituou. Além disso, serviços como o Wire que já permitem utilizar vários tamanhos de letra e inserir carateres a negrito e itálico. Para além disso, cada vez existem mais centenas de emojis a serem criados. Mas com a competição que hoje existe, no final, somos nós, utilizadores, que ficamos a ganhar.

Conclusão

Sem dúvida, já percorremos um longo caminho mas ainda há muito a melhorar de modo a tornar os serviços de troca de mensagens ainda mais pessoais.

Esta semana despedimo-nos de um grande serviço de mensagens, o AIM, que foi extremamente importante para começar a enorme evolução que temos vindo a testemunhar e que nos trouxe até ao presente.

Ainda é possível utilizar ferramentas de modo a guardar os seus arquivos, histórico e outros dados, desde que o faça até ao dia dos servidores serem desligados. Finalmente, se ainda usa o endereço de e-mail associado ao AIM não se precisa de preocupar, pois vai ser capaz de continuar a utilizá-lo.