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Afinal, Facebook paga para usar conteúdo jornalístico na Austrália

A Austrália aprovou recentemente uma lei que prevê que empresas como a Google ou o Facebook dividam os lucros obtidos através da partilha de conteúdo noticioso com os seus criadores. Pretende-se assim tentar combater a crise que o setor está a atravessar e valorizar o trabalho dos jornalistas.

Depois da Google ter fechado acordos com uma das maiores empresas do setor, a News Corp, a empresa do Facebook, simplesmente decidiu bloquear tudo o que eram conteúdos jornalísticos do país. Mas a história agora mudou.


A exigência da Austrália e o pagamento justo aos jornalistas

A Internet e as redes sociais vieram mudar muito as regras do jogo para a imprensa em todo o mundo. Muitas das empresas do setor que não foram capazes de se adaptar ao mundo digital acabaram mesmo por ter que fechar portas.

Mas se, por um lado, as grandes empresas difusoras de conteúdo noticioso através de notícias criadas por jornalistas é benéfica para o criador, por outro traz lucros às empresas difusoras que não estão a ser distribuídos de forma justa. Esta questão da “forma justa” é muito subjetiva e o debate parece ser longo.

Na Austrália a lei que prevê que estas grandes empresas digitais como a Google ou o Facebook dividam os lucros obtidos através da partilha de conteúdo noticioso com os seus criadores já está em vigor. A Google foi a primeira a assinar acordos nesse sentido, mas a dona do Facebook foi mais resistente. Primeiro bloqueou os conteúdos, depois desbloqueou e agora também fechou um grande acordo com a News Corp.

Facebook assina acordo de três anos com News Corp

O Facebook assinou agora um acordo de três anos com a News Corp que lhe dá permissão para usar conteúdo de propriedades dos jornais do grupo. O acordo plurianual cobre várias publicações australianas que a empresa possui, incluindo o jornal nacional The Australian, o site news.com.au, bem como o The Daily Telegraph, Herald Sun e The Courier-Mail.

A News Corp é então o primeiro meio de comunicação a chegar a um acordo com a rede social depois da aprovação das novas leis que exigem que os gigantes da tecnologia paguem às editoras pelo uso do seu conteúdo.

De certa forma, o que está a acontecer na Austrália pode vir a ter repercussões a nível mundial. De recordar que a maioria dos nossos leitores concorda com estas medidas impostas pelo país, colocando em causa a ação inicial do Facebook.

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