Sistema de dessalinização de água depende das ondas do mar e trata água para 1500 pessoas
Este sistema de dessalinização flutuante trata a água para 1500 pessoas por dia e, para isso, não precisa de eletricidade; bastam-lhe as ondas do mar.
A empresa canadiana Oneka desenvolveu um sistema de dessalinização de água, que não precisa de eletricidade externa, não emite gases poluentes e utiliza a energia das ondas do mar.
O sistema é instalado no mar, através de boias e âncoras, por forma a aproveitar o impulso das ondas, absorvendo a energia e utilizando-a para o bombeamento mecânico da água. Cada equipamento, feito de plástico reciclado, mede 5 x 8 m e pesa cerca de 11.000 kg.
Tecnicamente, o processo é simples: o equipamento captura a água, passa uma parte dela por um sistema de dessalinização por osmose reversa e, depois, bombeia o fluxo de água resultante para a terra, com força mecânica, através de um cano.
O sistema é capaz de resistir a tempestades e ondas de até seis metros de altura, e foi projetado para funcionar de forma "modular e escalável", para que as boias possam ser combinadas entre si.
A tecnologia não utiliza eletricidade, é 100% acionada mecanicamente.
Explicou a diretora de inovação da Oneka, Susan Hunt, numa entrevista à BBC, esclarecendo que, como é claro, as ondas precisam de responder a alguns parâmetros para serem úteis: por exemplo, o modelo Iceberg, capaz de produzir até 50 m3 por dia, exige ondas de 1,5 metros de altura, além de um determinado volume de água, profundidade e distância da costa.
Segundo a empresa canadiana, este sistema, especificamente o modelo Iceberg, foi concebido para projetos à escala comercial e direcionados para as comunidades, indústrias ou centros turísticos costeiros.
Conforme os seus cálculos, uma unidade poderia fornecer água a 100 e 1500 pessoas por dia, uma margem que depende de necessidades de consumo específicas.
Com este sistema promissor, a Oneka procura oferecer um sistema de dessalinização mais sustentável, livre de emissões de gases de efeito estufa e com impacto visual limitado.
A salmoura que despejamos tem um impacto insignificante na flora e na fauna marinhas. A sua concentração de sal é ligeiramente superior (+30%) à do oceano.
Esclareceu a empresa, especificando que utiliza malhas de 0,06 mm, por forma a evitar que recolham pequenos animais marinhos ou ovos.
Projectos de tecnologia como este merecem grande apoio e destaque.
Parabéns aos mentores e espero que se implemente em grande escala
É apresentar isto aos empresários hoteleiros no Algarve.
curiosamente primeiro criamos os problemas e posteriormente as soluções. no fim o que conta..é que solução tenha um price tag.
É de ideia e projetos arrojados que o nosso planeta necessita. Nice job.