Pplware Classics…
Porque recordar é sempre bom, o Pplware traz aos seus leitores a sua habitual rubrica semanal de música. Apresentamos nesta rubrica as músicas que marcaram a nossa juventude ou o nosso passado recente e que ainda ouvimos por serem marcos na nossa vida.
Podem encontrar música de estilos tão variados como o Rock, a música de dança e até o Pop que tanto gostamos. Os artistas são conhecidos, com as músicas que os fizeram famosos e tanto nos agradam.
Entrem então no artigo e vejam o clássico que escolhemos para hoje!
Podem deixar nos comentários os nomes das bandas que querem ver aqui no Pplware Classics. Vamos procurá-las por vocês e apresentar os seus êxitos mais marcantes.
Eis então o vídeo de música que temos hoje para os nossos leitores!
Drive - The Cars
The Cars é uma banda de rock norte-americana surgida no final da década de 1970
A banda havia encerrado suas atividades em 1988. O próprio Ric Ocasek, vocalista, letrista e líder dos Cars, em entrevista dada em 1997, declarou que não havia possibilidades de uma reunião, porém, em julho de 2010, devido a uma foto divulgada no Facebook, rumores apontavam a volta da banda em sua formação original, menos claro, Benjamin Orr, que faleceu de cancro no pÂncreas em 3 de Outubro de 2000.
Tal rumor fora confirmado e a banda lançou um novo álbum, Move Like This, em Maio de 2011. Em 2016, lançaram a compilação "The Elektra Years 1978-1987" e " Moving In Stereo : The Best of the Cars"
In Wikipedia
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Este artigo tem mais de um ano
BOB DYLAN, o melhor e mais completo artista pop/rock/folk vivo ( deu recentemente um concerto em Portugal ), celebrado cantautor, virtuoso na composição e na harmónica, o único letrista da música que ganhou o Prémio Nobel da Literatura, numa entrevista dada ao jornalista da MTV Bill Flanangan disponível no site pessoal do artista, referindo-se às canções modernas, afirmou que:
“Há uma parede do tempo que separa o velho do novo. E muita coisa se perde nesse caminho. /…/ novas leis substituem as velhas, grupos de interesse triunfam sobre os indivíduos, pessoas pobres tornam-se uma “commodity”. Influências musicais também, elas são engolidas, absorvidas e tornam-se outras coisas ou ficam pelo caminho Tiram-te da mesmice do ‘mainstream’, em que ficamos presos entre diferenças que parecem diferentes, mas são essencialmente a mesma coisa. A música e as canções modernas são tão institucionais que tu nem as sentes. Estas canções são frias e empíricas, existe um realismo directo nelas ”
Já sobre as canções mais antigas:
“Porque na verdade as coisas continuam lá, paradas, o problema é que tu não as podes trazer de volta, tens que ficar ali [no passado] com elas. Isso é nostalgia”
É, manifestamente o caso desta “Drive” dos The Cars cuja audição incontornavelmente nos remete aos anos oitenta a que pertence como uma pérola retida nessa ostra do tempo que só uma disciplina humanística pode apurar, designadamente a estrutura mental do tempo em que se enquadra.
Se “Drive” surgisse hoje seria fuzilada pelos efémeros e ruidosos “hits”, balas de metralhadora de calibre aac e mp3 disparadas por um qualquer “hitman” em cadência de tiro sem silenciador, onde os auscultadores em vez de proteger do ruído como acontece na carreira de tiro, antes providenciam um balido assistido por sintetizadas percussão e baixo, em todo o seu bulício realista( só faltaria sintetizar a voz e a IA poderia fazer bem melhor ).
Da lírica de “Drive” pode-se respigar :
Quem te vai segurar quando tu caíres ? / Quem vai ficar na linha quando tu ligares / Quem vai prestar atenção ao seus sonhos? / E quem vai tapar os teus ouvidos quando tu gritares ? / Não podes continuar a pensar /.
Bem sei que se trata de uma canção de amor. Porém, esta inspirada lírica assentaria muito bem no mistério da existência. Como versou GARCIA LORCA: “Só os mistérios nos fazem viver”.
Bem sei que se trata de uma canção de amor. Mas esta inspirada lírica assentaria muito bem no mistério da existência. E como GARCIA LORCA escreveu : “Só os mistérios nos fazem viver”.
Alguém, que tudo tenha pensado, continuará em linha connosco e nos vai segurar quando, caídos à terra, deixarmos de pensar ? Se não houvesse apenas restaria o realismo de celebrar o quotidiano.
Porém, a quem devemos o quotidiano ?