Com a corrida à transição para uma mobilidade elétrica, várias são as fabricantes que se estão a apressar e a prometer uma frota 100% elétrica, a partir de um determinado horizonte temporal. No entanto, a Toyota considera que é demasiado cedo para apostar apenas nos carros elétricos, descartando as restantes opções.
Então, nas próximas décadas, a fabricante manterá a sua oferta de mobilidade aberta.
Demasiado cedo para a hegemonia dos carros elétricos na Toyota
Durante a última reunião de acionistas da Toyota, o vice-presidente executivo da fabricante, Shigeki Terashi, ressalvou que durante as próximas décadas a oferta de mobilidade manter-se-á aberta. Isto, porque é demasiado cedo para se concentrar apenas nos carros elétricos.
Nos anos anteriores a 2050, diferentes opções, incluindo veículos híbridos e a hidrogénio, devem competir entre si pela Toyota para manter as melhores opções.
Disse Terashi.
Embora pareça ser sensato deixar o cliente escolher o carro que melhor se adequa às suas necessidades e desejos, garantir a produção de todas as tecnologias – gasolina, gasóleo, híbridos, híbridos plug-in e elétricos – poderá não ser rentável e, por isso, viável.
Mais do que isso, 2050 é uma margem demasiado longa, pelo que o mercado, de tão volátil, poderá transformar-se completamente até lá. Aliás, está já a mudar.
A eletrificação por outras fabricantes
Apesar do que foi dito pelo vice-presidente executivo da Toyota, existem outros grandes grupos automóveis que assumirão, conforme já anunciaram, a mobilidade elétrica. Por exemplo, o Grupo Volkswagen descartou o seu trabalho com o hidrogénio e avançou com carros elétricos e híbridos. Aliás, a Audi, uma das suas marcas, já estabeleceu uma data para o fim do desenvolvimento de novos modelos a combustão e híbridos.
A questão que se coloca visa entender se esta decisão poderá colocar em risco a fabricante. Estando o mercado a caminhar para a mobilidade elétrica a passos largos, se a Toyota não corresponder, poderá ficar para trás.
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