A Rolls-Royce já está a planear a transição para uma oferta livre de emissões. Com o sucesso do seu primeiro carro elétrico, a fabricante inglesa não descarta a possibilidade de trocar esta tecnologia por outras alternativas não poluentes, como o hidrogénio.
Há umas semanas, para surpresa da própria fabricante, vimos que o primeiro modelo puramente elétrico da Rolls-Royce já contava com uma vasta lista de espera. O novo Rolls-Royce Spectre é o primeiro veículo elétrico da fabricante inglesa e estará equipado com uma das maiores baterias instaladas em qualquer carro de produção, de 120kWh.
Apesar do desempenho esperado para esta máquina elétrica destinada ao mercado de luxo, o CEO da fabricante inglesa, Torsten Müller-Ötvös, revelou que é possível que a Rolls-Royce considere o hidrogénio como combustível alternativo, no futuro.
À Autocar, Torsten Müller-Ötvös explicou que a tecnologia de combustão de hidrogénio poderia adequar-se aos seus grandes e pesados carros. Contudo, por já ter sido testada antes, considera que “não é a maneira mais eficiente de usar o hidrogénio”.
Se o hidrogénio for usado no futuro, então, serão as células de combustível. E as células de combustível não são nada diferentes de uma bateria. É apenas a forma como se obtém a energia.
Partilhou Torsten Müller-Ötvös, ponderando a possibilidade, para quando a tecnologia das células de combustível de hidrogénio estiver avançada o suficiente para ser adotada em massa.
Por que não? Podemos sair das baterias e podemos entrar nas células de combustível.
O CEO da Rolls-Royce explicou ainda que, no caso dos seus clientes, para quem “o Spectre não é o primeiro carro elétrico”, é muito fácil assegurar pontos de carga nas suas “grandes garagens”, em casa e nos “prédios de escritórios”.
Contudo, por não ser possível carregar um veículo movido a células de combustível de hidrogénio em casa, a Rolls-Royce está a “observar de perto” o possível desenvolvimento de infraestrutura para abastecimento de hidrogénio, de modo a perceber a sua viabilidade.