Peões têm mesmo de parar antes de atravessar a passadeira?
Na internet, mais concretamente nas redes sociais, certas publicações tornam-se virais. Será que os peões têm mesmo de parar antes de atravessar a passadeira? O que diz o Código da Estrada?
Sim, devem parar antes de passar a passadeira
Segundo o Artigo 101.º (Atravessamento da faixa de rodagem) do Código da Estrada determina-se que "os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respetiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente".
Além disso, "o atravessamento da faixa de rodagem deve fazer-se o mais rapidamente possível", refere o artigo.
De acordo com a informação do "Guia do Peão" da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), quando existe uma passadeira, "para atravessar com segurança é necessário, mesmo nesta situação, estar atento e só iniciar a travessia quando se observar que os veículos pararam ou que os condutores manifestaram a intenção de o fazer".
Face à informação, confirma-se que os peões não podem (ou não devem) "atravessar na passadeira sem parar antes".
Desde a sua estreia, em 1901, que o Código da Estrada é o documento que regula o trânsito de pessoas e veículos. O Código da Estrada tem acompanhado as mudanças, estando atualmente na sua 23ª versão. Hoje, este documento reflete os novos conceitos, usos e tecnologias, com um objetivo em vista: a segurança rodoviária dos utentes da via pública.
Agora digam lá isso a todos os peões que se atiram só porque tem prioridade…
Uma vez uma velhota com o neto “atirou-se” á passadeira… consegui parar a tempo e ainda barafustou comigo. Mostrei o belo exemplo que ela estava a dar ao neto…
As passadeiras considero como as linhas de comboio: pare, escute e olhe…
“os peões que se atiram só porque tem prioridade…”
Segundo o Artigo 101.º os peões não têm prioridade…””os peões NÃO PODEM ATRAVESSAR a faixa de rodagem sem previamente se certificarem…”
Obviamente que têm de parar, nem que fosse por básico bom senso.
Há pessoal que come toda a palha que lhe metem à frente nas redes sociais. 🙁
Nesse aspecto, passamos do 8 ao 80 em poucas décadas. Nos anos 1980 os automobilistas não concediam qualquer direito ao peão, o automóvel tinha direito absoluto de passagem. Passados 20 anos, a maioria dos automobilistas passou a dar prioridade absoluta ao peão – se o automobilista vê o peão a 5 metros da passadeira e lhe palpita que o peão irá atravessar a passadeira, pára imediatamente. Isto acontece-me todos os dias enquanto peão. É irritante, porque isso me obriga a acelerar o passo desnecessariamente (eu sou daqueles peões que não gosta de empatar o trânsito). E muitas vezes eu nem queria atravessar (acontece-me muito quando passeio o cão), o que me obriga a fazer sinal ao automobilista para avançar. Por isso, quando sou eu o automobilista tento ser razoável: se eu vejo que tenho tempo de passar em segurança sem provocar qualquer contingência, eu avanço.
Muitos peões vão a olhar para o smartphone e nem olham para a estrada…
Tem que se ter cuidado com o pessoal distraído, que se “atira” para a passadeira sem olhar. A todos já aconteceu ir a pensar noutra coisa e poder fazer o mesmo, não é preciso ficar indignado. Tem que se estar atento e prever que isso pode acontecer.
O que eu levo pouco à paciência é a quem fica parado à beira da passadeira. Por princípio paro, mas depois descobrir que não tinha intenção de passar tem pouca graça.