Painéis solares no mar? Já há quem desafie as ondas com energia fotovoltaica flutuante
Imagine um espaço ao largo da costa onde uma plataforma gigante produz energia eólica, solar e ainda produz hidrogénio no local. Um projeto que será responsável por fornecer mais de 16% da energia consumida por um país.
Países Baixos desafiam as ondas com energia fotovoltaica flutuante
A empresa holandesa Oceans of Energy ganhou o contrato para a instalação e operação do primeiro sistema fotovoltaico flutuante a ser construído no parque eólico Hollandse Kust Noord, a cerca de 18,5 km de Hollandse Kust Noord.
Segundo revela a empresa, 0,5 MW de painéis solares offshore estarão operacionais até ao final de 2023.
A novidade é que estes painéis serão instalados ao largo da costa, irão resistir a ondas fortes e a água salgada agressiva oferecendo energia limpa a um preço competitivo.
Tecnologia inovadora que chegará finalmente ao mar
Estes os sistemas fotovoltaicos offshore estão a ser desenvolvidos pela Oceans of Energy desde 2019. Trata-se de um sistema flutuante que pode ser instalado ao largo da costa, independentemente da profundidade do fundo marinho.
Atualmente o produto já é a versão final. A instalação está pensada para fazer parte de um local já destinado pelo governo do país para a instalação de estruturas de recolha de energia limpa, como é o caso da eólica.
O contrato prevê a instalação e gestão de 0,5 MW de painéis solares offshore no parque eólico offshore Hollandse Kust Noord.
Parque para produzir energia através do vento, da água do mar e do sol
Este é um local para onde está também previsto um gigante parque eólico. Em 2020, o consórcio CrossWind ganhou o concurso público para a construção de um parque eólico de 759 MW a cerca de 18 km da costa, que, por si só, cobrirá 16% das necessidades de eletricidade do país.
Contudo, o que realmente torna o projeto especial não é a localização nem a produção de energia. De facto, um dos aspetos que convenceu o governo a adjudicar a proposta da CrossWind foi a mistura de tecnologias que acompanha as turbinas eólicas.
Há um conjunto de tecnologias que permitem combinar um sistema fotovoltaico flutuante a um eletrolisador para a produção de hidrogénio no local. Além disso, haverá um cuidado para minimizar o impacto da plataforma de produção, assim como de toda uma gigante estrutura de armazenamento dessa energia produzida.
A Oceans of Energy será, por conseguinte, responsável pelos painéis solares offshore, que estarão operacionais dois anos antes das turbinas. A empresa considera esta operação como o primeiro parque solar do mundo a ser ligado, instalado e operado dentro de um parque eólico em condições de mar agitado.
Este parque permite partilhar o espaço para instalar vários tipos de tecnologias que podem tirar proveito do vento, da luz solar e até do movimento das ondas do mar. Além disso, conjugar a produção de hidrogénio, aumenta consideravelmente a importância destas quintas de produção de energia.
Este artigo tem mais de um ano
A Ciel & Terre empresa francesa contratou a Energycon (antiga Energia em Conserva) para fazer o projecto e instalação da 1ª instalação fotovoltaica flutuante em Portugal para a EDP Produção.
https://www.energycon.solar/1a-instalacao-fotovoltaica-flutuante-em-portugal/
Propaganda pura. A água salgada é imprópria para electrolisar e produzir hidrogénio. Depois, a acumulação de salitre nos painéis solares prejudica o desempenho. Por fim, mesmo que as condições fossem as ideais, produzir 1 kg de hidrogénio gasta 60 kwh. É só calcular a quantidade e superfície dos painéis necessários para produzir isso e por quanto ficam.
+1
“… resistir a ondas fortes …” e a tempestades, ciclones…?
Não me parece boa ideia, pelas questões oportunamente levantadas por outros leitores e não só: em caso de grandes extensões teremos outro problema relacionado com o baixo albedo destes painéis que são demasiado escuros! Como se comportão a flora e fauna marítimas num ambiente ainda mais escuro? O que fazer à maior absorção do calor do Sol? Ė que para satisfazer as necessidades, os painéis apresentados na imagem de certeza que não serão suficientes! Está-se sempre a criar um novo problema para resolver outro!