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Noruega quer que cidadãos deixem os seus elétricos e viajem nos autocarros gratuitos

A Noruega soube distribuir os incentivos e é, hoje, uma referência em matéria de elétricos. Contudo, agora, quer que os cidadãos deixem os seus veículos privados em casa e optem pelos autocarros, também eles elétricos e, mais ainda, gratuitos.


Nos últimos anos, antes mesmo de a mobilidade elétrica estar sob as luzes da ribalta, a Noruega já havia iniciado a jornada dos incentivos à compra de veículos elétricos. O objetivo era claro e, conforme já vimos por aqui, andava a ser cumprido.

Apesar do sucesso, o país tem repensado esses incentivos e ponderado aplicá-los de forma mais proveitosa. Segundo dados do governo norueguês, os subsídios destinados aos carros elétricos vão custar ao orçamento deste ano 39,4 mil milhões de coroas (cerca de 3,31 mil milhões de euros).

Na perspetiva de alguns especialistas, este investimento poderia ser redirecionado e utilizado para tornar o sistema de autocarros totalmente gratuito. Isto, porque, embora os elétricos reúnam vantagens, carregam também desvantagens, como o impacto da produção das baterias.

Então, apostar num sistema eficaz de transporte coletivo seria uma alternativa mais eficiente e sustentável. Além disso, esses especialistas apontam que eliminar milhares de carros das estradas, diariamente, diminuiria o tempo que os cidadãos demoram em viagens.

Jon-Ivar Nygard, ministro norueguês dos transportes

Teoricamente, se os cidadãos adotarem os autocarros elétricos, a Noruega conseguirá uma alternativa mais barata, sustentável e, em certos casos, mais rápida.

Os carros elétricos proporcionam-nos um transporte mais ecológico, mas também têm uma clara concorrência intermodal com o transporte público em áreas urbanas. Temos de tornar as deslocações em transportes públicos, de bicicleta e a pé mais atraentes.

Explicou Jon-Ivar Nygard, ministro norueguês dos transportes.

Posto isto, a Noruega não quer apenas que os cidadãos larguem os combustíveis fósseis e adotem carros elétricos; o país pretende que o transporte, como um todo, seja mais consciente. Para isso, além das reduções e cortes aos incentivos à compra de elétricos, está a apelar a alternativas mais sustentáveis, como caminhar, andar de bicicleta e optar por transportes públicos.

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