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Noruega quer que cidadãos deixem os seus elétricos e viajem nos autocarros gratuitos

                                    
                                

Autor: Ana Sofia Neto


  1. Há cada gajo says:

    Enquanto cá em Portugal a lógica de viver em sociedade for a de fugir aos impostos, usar todo o tipo de subterfúgios ao cumprimento de obrigações fiscais, legais ou de contribuição para o sistema, nunca, mas nunca mesmo iremos ter transportes públicos gratuitos. Não dá. O dinheiro não estica. E não vale a pena virem para aqui com as demagogias do costume de que se A ou B também o faz, logo eu também tenho de fazer. Não. Todos somos responsáveis e como tal todos devemos contribuir para uma sociedade melhor e virada para o bem estar comum e não só para o de alguns. A Noruega é um exemplo, mas de um modo geral, toda a cultura nórdica é exemplar no que ao contributo individual para o bem colectivo diz respeito.

    • Yamahia says:

      Os 3 mil milhões que deram ao sector eleKtro dava para comprar 10.000 autocarros desses a 300.000 € cada.
      O problema não é a fuga aos impostos dos que não têm. O problema de PT é a fome insaciável de quem já muito tem e não quer parar de xuxar no que ai vem!

    • freakonaleash says:

      Não esquecer que o 44 está e estará cá fora a gozar com o pagode!

    • Antonio says:

      Concordo plenamente

    • David Guerreiro says:

      A questão é que nos países nórdicos, os impostos são utilizados de forma eficiente, em Portugal quanto mais impostos se pagar, mais dinheiro há para esbanjar em porcarias.

      • Há cada gajo says:

        Tens de ver a coisa ao contrário. O povo escolhe quem governa à luz do que faria se também esse povo fosse governo. O povo aqui ambiciona aldrabar e fugir às obrigações tanto como aqueles que o fazem. É uma questão de princípios e valores basilares de uma sociedade que aqui pura e simplesmente não existem.

  2. Figueiredo says:

    Não terás nada e serás feliz, bem-vindos à escravidão, dependência, e tirania, liberal.

  3. Yamahia says:

    E muito bem,
    Até pq os carros eléctricos não vieram substituir os carros “velhos” a combustão.
    Os Noruegueses, na generalidade, aproveitaram as benesses que representavam quase a oferta do carro e mantiveram o velhinho, fiável e de longo alcance carro a combustão.
    Mais tarde com outra grande vantagem de poder leva-lo nos barcos em viagens aos fiordes, ao contrário dos elektros que foram proibidos devido ao alto risco de incêndio e destruição que incorporam.

    Evidentemente que tal política apenas conseguiu criar mais dificuldades de circulação e uma luta maior por espaço disponível na via pública.

    Daí que esta decisão de transportes públicos à borla me pareça mais uma atitude de desespero para minimizar os danos que acarretaram a corrida aos elektros do que propriamente benemérita.

    Andar de bici e a pé tb é fixe. É o que faço na maioria dos dias e fins de semana e não me queixo, antes pelo contrário.

  4. MF says:

    E agora a questão é
    Se eles conseguem, porque não conseguimos também?

    • Vasco says:

      Nem existe comparação possível entre a sociedade portuguesa e as sociedades nórdicas.

        • Há cada gajo says:

          Porque tu, como a maioria, não quer ter de pagar impostos, faz tudo para fugir e elege para governar os seu pares. A sociedade em que vives é a sociedade do amigo, do compadrio ou a do “dá-se um jeito” em vez de cumprir regras de vivencia comum e a favor do bem comum. É um enorme problema cultural que ninguém quer saber, pois quem governa tem interesse nisso.

    • Rui says:

      Porque não temos petróleo para vender… o dinheiro não cresce nas árvores!
      Os valores referidos no artigo, a serem verdadeiros, correspondem a cerca de 30% do orçamento do nosso SNS para 2022.
      Despender esta quantidade de dinheiro, para comprar pópós a pilhas, num pais de 5,5M de habitantes, é obra!!
      Quem pode, pode.

      • JL says:

        Não temos popos a pilhas à venda, lá apesar de haver, vendem-se muito pouco, em 2022 apenas 7.

      • JL says:

        Não temos porque não queremos ter, tal como lítio e muitas outras coisas, trabalhar faz calos, como dizia o meu avô .

        • B@rão Vermelho says:

          @JL, eu compreendo o que dizes “Não temos porque não queremos ter, tal como lítio e muitas outras coisas”, mas acredito que não gastarias de ter uma mina no teu quintal, é um exagero o que digo mas tu entendes o significado de quintal.
          O que não podemos é não querer minas ou explorações de petróleo e depois andar a choramingar e querer fazer vida de “ricos”, a fuga aos impostos ainda é a maior fonte de receita em Portugal, todas as pessoas que conheço que trabalham em restaurantes e cafés, grande parte do ordenado é pela porta do cavalo, quando vou a um restaurante que não têm MB, só me leva a pensar o motivo de não ter tal ferramenta, só aceitam pagamentos em €€, se não pedires fatura é dinheiro que estas a por no bolço do proprietário

          • JL says:

            Mas eu tenho minas de lítio perto de onde vivo, inclusive de lítio.

            A mais perto é de materiais usados em casas e estradas, devo me opor a elas e desejar que as pessoas andem a pé e voltem para as cavernas ?

          • B@rão Vermelho says:

            @JL, eu estou de acordo contigo, mas compreendo também as preocupações dos que vão ter as minas a porta de casa, como deves calcular não vai valorizar em nada a tua casa.
            Eu já visitei países que fazem extração de crude, e uma das coisas que me ficou na memória foi o cheiro fortíssimo que pairava no ar junto aos sítios onde se fazia a extração que até ardia na garganta.

          • JL says:

            Conheço pessoas que tinham uma bela casa no meio do mato, ao fim de uns anos cortaram algum mato e construíram uma bela ae. Ou seja, a mesma situação.

      • MF says:

        Yeah dude, mas apenas 9% desse orçamento foi implementado até agora
        Resumindo, até ao fim do ano, se 20% foi colocado é muito
        Por isso a questão mantem se.
        Mas posso fazer te outra:
        – Nesta altura onde estão os 91% do orçamento?

    • Repara says:

      Portuga/ Noruega (Fonte OCDE, dados de abril/2023, referente ao ano anterior)
      PIB per-capita em USD: 42.341 / 95 027
      Dívida pública em % do PIB: 116,6% / 42,2 %
      Petróleo bruto produzido: 0,0 / 89,6 milhões toe (tonne of oil equivalente).
      Dava-nos bastante jeito extrair 89,6 milhões de toneladas de crude.

    • PeFerreira says:

      Má gestão monetária, tonelada de burocracia, trabalhos baseados em tachos e não competência. Política do silencio quando existe erros na direção, órgão de justiça ligada a política e não como um sistema isolado, transparente e neutro, 50% salário bruto – 50% ajudas de custo, “muito trabalho torto a curto prazo (com vários arranjos ao longo do tempo) é melhor que trabalho pensado e eficiente a longo prazo”.
      E por fim, mas ainda raspando a ponta do icebergue, não há fiscalização em absolutamente nada.

    • Mr. Y says:

      As maiores redes de transportes públicos urbanos, no Porto e em Lisboa, já estão a fazer a transição para transportes mais ‘verdes’. Além disso, há apoio do Estado para os passes intermodais.
      Podia-se ir mais longe? Sim e penso que o caminho será esse.

      É óbio que não são os carros eléctricos que resolvem o problema do trânsito. Usar mais transportes públicos resolve o problema do trânsito e da poluição também!

      • Grunho says:

        E quem disse que aqueles que aqui controlam o trânsito das cidades e os transportes públicos estão mesmo interessados em resolver o problema do trânsito e da poluição?

  5. Dani Silva says:

    Bem, mais ecológico do que um carro eléctrico são transportes públicos eléctricos, obviamente.

    Mais ecológico ainda é andar de bicicleta ou a pé.

  6. B@rão Vermelho says:

    @MF, os países do norte da Europa historicamente , são muito mais organizados que os países do sul, isto porque o clima assim os abrigou a ser, repara que lá a janela das plantações tinham de ser gerido à risca, já nos países do sul, isso não acontecia, se não plantares em Março plantas em Abril, obrigaram a ser mais atentos ao pormenor e ficou enraizado nas culturas nórdicas.
    Nos em Portugal até devíamos de sermos mais fãs dos transportes públicos, mais uma vez acredito que de inverno deve de ser mais agradável utilizar transporte pessoal nos países nórdicos, ter de sair de casa ir para a paragem dos autocarros ou estação de comboios esperar e com temperaturas negativas não deve de ser fácil, coisa que em Portugal só em poucas regiões do país isso acontece.
    Mas se lá for igual aqui ao retângulo e fácil acabar com as demoras nas estradas, é acabar com as escolas 🙂
    Assim que começa as ferias escolares acaba-se as confusões no transito, vamos queimar as escolas todas e temos o problema resolvido 🙂 🙂

    • Grunho says:

      Em Portugal a palavra de ordem da direita em matéria de transportes públicos é muito simples: se queres ser transportado com conforto e dignidade, enriqueces e compras carro (fazendo a prosperidade dos meus amigos do lobby automóvel, pois claro). Transporte público é para gentinha da classe baixa, e para esses qualquer coisa serve, não são exigentes. “E então se for de bicicleta, isso nem pensar, é um crime de lesa pátria, tens de gastar, consumir, desperdiçar, que é para manter a economia a funcionar”!

  7. Jesusita says:

    A NORUEGA A aprender com portugal, se continuarem assim ainda nos apanham em qualidade de vida mas por agora continuamos na frente da europa

  8. Grunho says:

    Convém saber que na Noruega não há golpes aos impostos: o fisco controla tudo o que é conta bancária, e no fim põe as declarações de rendimentos em cima da mesa para fiscalização popular. Ninguém faz trafulhices, que podem sair caro. Em Portugal, o IRS é uma farsa montada em cima das folhas de pagamento que os patrões mandam para as finanças. Quem não tem um patrão a mandar para lá a folhinha, preenche como quer a declaração de rendimentos, e depois ou fica alegremente isento, ou dá uma esmola ao estado, se não quiser ficar tão mal na fotografia. Alguns até aproveitam a suposta falta de rendimentos para se candidatar a subsídios ou ao RSI e terem uns charutos e umas garrafas de whisky à pala dos contribuintes que não têm defesa, como se faz em certos escritórios de advocacia.

  9. Sergio says:

    O que me escandaliza é chegarem a esta conclusão passados tantos anos, mas pelo menos estão mais avançados.. cá ainda acreditam que os eletricos é 100% da solução

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