Governo quer municípios a fiscalizar velocidade com radares
O Governo Português quer os municípios a fiscalizar velocidade rodoviária urbana. A revelação foi feita pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel que disse que o Governo está a trabalhar numa proposta para passar as competências de fiscalização de velocidade rodoviária urbana para os municípios.
A fiscalização da velocidade pode ser feita com recursos a radares, fiscais municipais e com a colaboração da PSP ou GNR.
Fiscalização da velocidade pode ser feita "através de radares, com a colaboração dos fiscais municipais"
De acordo com Carlos Miguel, a ideia é que a fiscalização da velocidade possa ser feita "através de radares, com a colaboração dos fiscais municipais, ou com a colaboração da própria PSP ou GNR através de um protocolo, tal como hoje é feito com a fiscalização do estacionamento".
O secretário de Estado acrescentou que já falou "informalmente" com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), "que vê com bons olhos a assunção dessa competência".
Carlos Miguel deu como exemplo a implementação da velocidade máxima de 30 quilómetros por hora, ou a instalação de lombas e outras medidas urbanas, algo que "os municípios podem determinar, e têm determinado, mas depois não conseguem fiscalizar".
Questionado acerca de prazos para esta medida de descentralização de competências, e reconhecendo que estava a ser "muito otimista", o governante estimou que "até ao final do corrente ano" haja condições para ter a "fase de diálogo fechada" e propostas para discussão em Conselho de Ministros.
Mais avançado está "o processo das coimas resultantes do estacionamento", cujas competências o Governo pretende que os municípios possam delegar nas Comunidades Intermunicipais (CIMs), "com ganhos de eficácia e até monetários".
O governante crê que a medida será algo que "não tem problemas", já que a ANMP "é totalmente a favor disso".
O que acha da ideia dos Municípios fiscalizarem a velocidade?
Este artigo tem mais de um ano
E quer os Municípios a fiscalizar, porquê? Para que estes possam compor o orçamento municipal? Ou para o Governo não ter de transferir tanta verba do OE? Ou ainda, para dar suporte ao acrésmico de custos com a transferência de responsabilidade com as escolas? Ficam as perguntas.
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A caça à multa passou a ser encarada como uma fonte de receitas.
Prevenção rodoviária? Melhoria na sinalética? Actualização de leis e regras obsoletas? Nah – dá demasiado trabalho.
Os municípios a fiscalizar? Não é boa ideia – veja-se o que acontece com as autorizações para ruído em eventos festivos e não só.
Que tristeza de governação…
Boas perguntas.
Se tirares os pontos de interrogação já tens algumas das respostas… E os municípios agradecem.
Claro que agradecem. Mas não é boa ideia, nem de perto nem de longe. Como em tanta coisa deste (des)Governo, faltam explicações, e clareza.
Eu até preferia que os municípios se orçamentassem com multas dessas, do que com IMI. É que o IMI, qualquer um que tem um imóvel não se livra, e não é pouco. As multas é para quem gosta andar por aí armado em piloto de rally.
Ir a 130 numa AE com 3 ou 4 vias, sem trânsito, com bom tempo, é alguém “armado em piloto de rally”?!
Leu o artigo? É que falamos de localidades, não AE, que nem são da competência dos municípios…
E ir a 60 numa estrada com 2 ou 3 vias, sem trânsito (nem passadeiras), é um piloto de rally?
É bem mais perigoso ir a 50 numa zona residencial (onde o limite devia ser sempre 30), e no entanto é legal.
Eu acho piada é tentar (sim tentar) ir a 60 km/h nas obras da Vasco da Gama, é tão devagar que, no sítio que é, torna-se até perigoso.
Percebo o ponto de vista, mas já fui multado a 55km/h num local de 50km/h, onde praticamente não há trânsito e peões ainda menos se isto é ser piloto de rally… (e nem sinalização havia de radares)
O problema é os que passam a 90 ou 100 num local de 50km/h, e olhe que não são poucos, principalmente motociclos. E inclusive junto a escolas…
O problema é que esses sabem que estão a transgredir e portanto andam sempre atentos aos radares, é vê-los a travar bruscamente (de forma perigosa) antes dos radares.
O IMI é necessário, e quem tem mais que 2 casas devia ter de vender um rim para pagar, é a única maneira de se garantir o acesso á habitação dos mais jovens, contendo a especulação imobiliária…
Terás de ter sempre IMI, o terreno pertence à Republica Portuguesa, que disponibiliza o usufruto do mesmo enquanto pagares IMI.
O que dizes, não faz sentido algum. O terreno não é da republica portuguesa coisa nenhuma, muito antes de existir portugal, os terrenos já cá estavam. Essa lógica é quase o mesmo do comunismo… daqui a pouco não tens direito a ter nada, já que tudo é do estado por causa do bem coletivo. Fez-me lembrar a palhaçada de eu querer dar 500€ (ou mais) daquilo que eu suei para ganhar legalmente e descontei os meus impostos e depois ainda tinha de dar 10% disso ao estado porque lá está, o dinheiro também não é realmente nosso… enfim.
Apesar de não concordar com a lei, a leitura é simples: tu suaste e ganhaste determinado montante, pagaste os devidos impostos. Certo. Do remansecente, resolveste presentear alguém com uma quantia de valor superior a 500€. Esse alguém obteve receita, rendimento, de valor X, sobre o qual tem de pagar um imposto, que foi arbitráriamente, pelo Estado, que seria de 10%.
E então esse rendimento já não tinha sido taxado? Ia acabar por ser triplamente taxado tendo em conta que no final, se for tudo às claras, para gastar dinheiro temos de pagar impostos. Ou seja, pagaria eu duas vezes imposto e a pessoa que eu presenteasse ia pagar imposto quando fizesse uso da oferta, isso tem algum sentido? Não tem. É um sistema “chupista”. Qual é a grande diferença de eu comprar um artigo, seja ele qual for, e dar esse mesmo artigo a alguém ou dar uma quantia de igual valor a esse artigo para essa pessoa comprar? Não vejo a lógica.
Mas os mortos não pagam impostos.
Portanto multar para diminuir mortes resulta, tal como resulta noutros países.
😀
Porque são os Municípios que estabelecem os limites de velocidade das estrada.
normalmente discordo destas medidas, contudo desta vez acho que é a adequada porque os municipios têm tantos funcionários que estão meses inteiros sem qualquer actividade, que esses podem facilmente ser adaptados a esta tarefa
Em certos locais concordo perfeitamente. O meu emprego é numa rua movimentada, dentro de uma cidade, onde o limite é de 50km/h, com passagens para peões e lombas, mas isso não impede que carros ou motas passem ali a mais de 100km/h, numa loucura total. De vez em quando há um polícia escondido, mas está à espera dos incautos ao telemóvel, porque a velocidade ele não consegue provar. Bastava que o município colocasse ali um radar, e era ver se não acabava essa palhaçada. É que já foram inclusive atropeladas pessoas (Adultos e crianças) nas passadeiras, e existem acidentes devido à velocidade excessiva, porque um carro para para deixar as pessoas passarem e vem o outro por trás, e dá-lhe uma porrada.
Tanta coisa e um dia destes obrigam a ter uma aplicação no telemóvel para reportar em tempo real a velocidade e localização para efeitos de “fiscalização”
Assim ninguém passa do limite e perdia-se o rendimento das multas.
Não é necessário, as novas normas para veiculos novos já exigem que os veiculos tenham limitadores automáticos.
Carrega Costa que o povo gosta! Infelizmente tb já nao ha muito para roubar.
Será que os portugueses são tão burros que não entendem que isto nada tem a ver com prevenção rodoviária?
Que o ÚNICO objectivo é sacar dinheiro?! Até irrita os comentários que aqui sao feitos.
Se lesses os comentários, vias que grande parte dos “portugueses” já entendem isso há muito.
Infelizmente o português, não é por norma uma pessoa civilizada, e só aprende se for a doer. Diariamente assisto a pessoas a conduzir descontraidamente com o telemóvel na cara, e sabem que não o podem fazer. Muitos carros têm blueooth para emparelhar, e há auriculares por 10€. Por isso multas de telemóvel são as multas dos idiotas. Se fossemos um povo civilizado, não seria preciso tanto controlo. Temos condutores apanhados ao volante carregados de álcool, que reincidem várias vezes no mesmo, porque as consequências são muito poucas. Há países onde quem faz borrada da grande, fica sem habilitação legal para conduzir vitaliciamente.
Falar ao telemóvel e conduzir embriagado, é desnecessário, facilmente evitável e perigoso, o problema é que em Portugal as autoridades só se preocupam com o excesso de velocidade…
É o que acha. Existem imensos controlos de álcool, por isso é que se sabe que andam tantos alcoolizados. Nas cidades, em noites de saídas noturnas há quase sempre operações para controlo, e apanham muitos carregados de bebida no bucho.
Não é isso que revelam os dados. Apanham mais em excesso de velocidade num mês do que ao telemóvel e embriagados no ano inteiro. É claro que para apanhar esses não podem ficar sentados no carro e deixar um radar fazer o trabalho todo.
Posso ver esses dados ?
Porque é o excesso de velocidade que mais mata.
Se é pelos rendimentos das multas, pensem um pouco, pessoas mortas não pagam impostos.
Se os radares apanharem muito infractores, estão a cumprir o seu objetivo, ou não?
Depende. Se isso servir para moderar a velocidade numa zona perigosa, sim.
Se os radares servirem para moderar a velocidade não apanham infractores (porque deixa de os haver).
Vão sempre apanhar. Passam uma vez, levam multa, da próxima já têm mais cuidado.
Se cumprissem o seu dever – prevenção – nunca apanhariam ninguém. Cada condutor que apanham, é um caso em que a prevenção falhou, no entanto, estas falhas são comunicadas como casos de sucesso, mais, são previstas em Orçamento de Estado, o Governo prevê que a prevenção vá falhar, e pelos valores previstos, que falhe catastroficamente.
Parece que está na hora de agarrar no martelo outra vez…
Só existe nisto tudo um problema chamado GNR de Rio Maior. A GNR em Rio Maior é só para inglês ver… Não multa e quando há problemas lá vai a GNR de Santarém resolve-los. Nas Tasquinhas e na Frimor é a GNR de Santarém que lá está.
Para mim é igual ao litro, mas agora querem os fiscais municipais a fiscalizar mais uma área e a receberem quase o ordenado mínimo, isso já é outra história… Valorizem a carreira de fiscalização 1º… Já ando farto de ver colegas que fazem nada e a mim cai me todas áreas e agora mais esta do estacionamento e controlo de velocidade…
Agora sim, com o dinheiro das multas dos maníacos da velocidade vamos ter todas as estradas municipais impecáveis, a sinalização adequada, placas informativas em todos os cruzamentos, entre outras grandes melhorias nos bolsos de alguns…
… Parecem bandos de pardais à solta
os patos, os patos …
Juntam-se aos mil e tal, e se existem outros são os outros é que estão mal …
Estão mal se nada fazem e mal aquilo que nao fazem assim como o que tentam fazer …
E os patos que tudo sabem
Continuam a matar e a morrerem …
Mais um tacho , já agora os fiscais camarários vão se OPC , haviam de ter mas era esperteza para aumentar os ordenados dos activos e reformados não de arranjar forma de expoliar mais uns euros ; não sou a favor de excessos nem do ridículo
Quando se trata de fiscalizar limites de velocidade estabelecidos para reduzir consumos, os radares são pior emenda que o soneto. À aproximação deles os aceleras travam e o travão é o pior inimigo dos consumos. Quem bate recordes de consumo às vezes até pode infringir limites, mas no travão é que faz sempre por não precisar de tocar. A única maneira eficaz de fiscalizar para os consumos é o section control: média de velocidade entre dois pontos. Aí é 100% eficaz e nem aqueles que passam “direitinhos” pelos radares escapam.
O Governo que se preocupe em arranjar médicos e enfermeiros para o SNS! É só gente a morrer sem assistência e a serem tratadas como cães nos hospitais portugueses!
Não existem. A única hipótese é reduzir o número de acidentes e de doenças, logo, reduzir a necessidade de médicos para o SNS. E aí os tais radares até podem entrar.
E com esta medida até aumentam a receita de impostos, já que os mortos não os pagam.
O problema é quando se multam as pessoas com base nas velocidades que andam e não com base nos disparates que fazem. Uso de telemóvel a toda a hora, distância de segurança nem vê-lá (hoje em dia há esta moda de ir sempre colado ao carro da frente), alguns consomem álcool, fazem ultrapassagens super perigosas e a mais comum é o estacionamento (uma vergonha). Agora ir a 30 ou 50 km/h como se vê em algumas em Lisboa ou no Barreiro na zona de Coina…Por favor…
Mas se for de telemovel na mão e devagar, faz asneira, bate e provavelmente não mata ninguém, ao contrário que a velocidade excessiva é a que mais mata.
Eu acho que eles têm razão, quanto mais vidas pouparem, melhor, mortos não pagam impostos.
Já vem tarde! Infelizmente, as pessoas só aprendem com multas. Segurança acima de tudo!
O dinheirinho fácil sempre foi uma política xuxa. Há que “sacar” o máximo que se puder e arredar as forças policiais para a prateleira, dando força a grupinhos de malta, quer seja com fardamento ou sem ele… Viva Portugal corrutamente moderno.
É só mais um esquema para aumentar a caça á multa, tanta preocupação com o CO2, mas alguém já se dê ao trabalho de estudar quanto cada lomba faz aumentar a poluição? Olha que aumenta e muito..
Preocupação com o CO2 ? Se fosse apenas isso, isso deve contar com 5% de toda a preocupação com a transição energética.