As taxas aduaneiras suplementares que a União Europeia (UE) decidiu impor aos carros elétricos chineses não estão a ser bem recebidas no país. A China Association of Automobile Manufacturers (CAAM) afirmou estar “fortemente insatisfeita”.
Após uma investigação que tinha a decorrer desde setembro, a Comissão Europeia decidiu impor taxas suplementares aos carros elétricos de algumas fabricantes chinesas de carros elétricos. A investigação procurou fazer uma análise exaustiva das empresas chinesas, no sentido de assegurar uma concorrência leal entre elas e as europeias.
Ora, como seria de esperar, pelos avisos que a China foi deixando enquanto as taxas eram ainda uma possibilidade, o país não recebeu a notícia com entusiasmo. Aliás, a CAAM está “fortemente insatisfeita” com as taxas impostas pela UE, segundo afirmou a associação, num comunicado.
Numa publicação deixada no chinês WeChat, a CAAM referiu que as fabricantes cooperaram com a investigação da Comissão Europeia sobre os subsídios chineses, mas esta ignorou os factos e pré-selecionou os resultados.
Com uma suavização das percentagens inicialmente previstas, a UE impôs taxas de até 37,6% sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, a partir de sexta-feira passada e com uma janela de quatro meses durante a qual as taxas são provisórias, com negociações intensas esperadas entre os dois lados.
Os direitos aduaneiros provisórios, entre 17,4% e 37,6%, destinam-se a evitar o que a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou ser uma ameaça de inundação de veículos elétricos chineses baratos que beneficiam de subsídios estatais.
O CAAM lamenta profundamente este facto e considera-o firmemente inaceitável.
Partilhou a associação, segundo o Automotive News Europe.