A norma Euro 7 é resultado do empenho da União Europeia para a diminuição das emissões dos automóveis. Para o CEO do grupo Renault, esta poderá ser “potencialmente contraproducente”, se se mantiver com os parâmetros atuais.
Para o grupo, os próximos tempos serão de reorganização.
Ainda em 2022, a Comissão Europeia lançou a Euro 7, a norma que, como já vimos, regula a emissão de gases poluentes proveniente dos veículos novos, “mantendo-os acessíveis para os consumidores e promovendo a competitividade na Europa”.
Há umas semanas, o CEO do grupo Stellantis, Carlos Tavares, disse que forçar as fabricantes a direcionar fundos para atualizar os seus motores de combustão interna resultaria numa menor disponibilidade de investimento na eletrificação das suas frotas.
Renault não deposita muita confiança na Euro 7
Na mesma linha de pensamento de Carlos Tavares está Luca de Meo, CEO do grupo Renault e, desde dezembro do ano passado, chefe da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. Este acredita que a nova regulamentação para as emissões poderá ser “potencialmente contraproducente na sua forma atual”.
Se, por um lado, o grupo Stellantis pretende ver as suas vendas a serem exclusivamente elétricas, a partir de 2030, na Europa, por outro, a Renault escalonou a sua ação. Assim sendo, a primeira marca do grupo a abandonar os motores de combustão interna será a Alpine em 2026, seguida da própria Renault, em 2030, e, por último, a Dacia, que tem 2035 como horizonte temporal.
Numa entrevista ao Automotive News Europe, Lucas de Meo detalhou ainda aquilo que planeia fazer para reorganizar o grupo, no sentido de o preparar para os desafios que se avizinham.
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