Por cada carro elétrico vendido, petrolíferas perdem 500 euros
Com cada vez mais ofertas por parte das marcas, o mercado dos segmentos elétricos tem vindo a crescer significativamente e começa a ter impacto em outros setores.
De acordo com o relatório do Bank of America Merrill Lynch (BofAML), a transição para o carro elétrico pode significar uma perda de mais de 500 euros para as petrolíferas por cada carro elétrico vendido.
O relatório é da autoria da BofAML e foi citado pela agência EFE onde é referido que este valor "perdido" pelas petrolíferas se inclui também o montante que o Estado deixa de receber pela venda de gasóleo. Do lado oposto, o relatório conclui que com esta transição, a indústria elétrica pode obter uma subida de mais de 479 euros nas receitas por cada veículo elétrico vendido.
Além do mercado dos elétricos, também o segurador irá ganhar, já que o relatório antecipa um lucro superior a 267 euros por unidade na troca de um carro a combustão por um elétrico. No caso dos fabricantes de baterias elétricas teriam um lucro de 100 euros por veículo.
Os analistas do BofAML antecipam também que, ao longo dos próximos anos, as grandes empresas petrolíferas vão apostar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono. Durante os próximos anos, as grandes companhias petrolíferas vão se concentrar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono
O relatório realça ainda que as novas energias representam entre 3% e 9% dos orçamentos das grandes empresas do setor e os ativos ligados à eletricidade excedem o petróleo convencional.
Pode ainda ler-se no estudo que, apesar de o carregamento rápido dos carros elétricos ser mais lento do que reabastecer um veículo movido a gasolina, é cada vez mais comum carregar um veículo destes nas estações de serviço e até mesmo em casa, já que se economiza cerca de 25% com os custos anuais do seu funcionamento
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pf. leiam antes de publicar:
“Os analistas do BofAML antecipam também que, ao longo dos próximos anos, as grandes empresas petrolíferas vão apostar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono. Durante os próximos anos, as grandes companhias petrolíferas vão se concentrar cada vez mais em fontes de energia de baixo carbono”
É uma questão de tempo até as seguradoras subirem e bem os seguros para os carros elétricos.
Vão subir os seguros porque?
Porque explodem que nem pipocas 😀
Pois, isto é uma das coisas que não percebo: como é que o lucro das seguradoras aumenta com a venda de carros eléctricos? Não é suposto serem mais seguros, logo o valor do prémio descer?
Porque é que os carros electricos são mais seguros? Não percebo a relação, primeiro não têm pegada ecológica, depois são mais baratos, depois a manutenção é mais barata, agora também querem inventar que são mais seguros?
Supostamente por causa dos sistemas inteligentes de auxilio à condução. Pessoalmente tambem não acho que sejam mais seguros que um carro a combustiveis fósseis dotado das mesmas tecnologias mas é uma das bandeiras dos seus defensores
Oi? Os mesmos sistemas que tens em carros de injecção?
Excelentes notícias, qualquer dinheiro que as empresas petrolíferas recebem a menos é uma excelente notícia!
Excelentes notícias, qualquer dinheiro que as empresas petrolíferas recebem a menos é uma excelente notícia!
…e as petrolíferas aumentam mais o preço da gasolina, e as pessoas compram mais carros elétricos, e as petrolíferas aumentam ainda mais o preço da gasolina, e as pessoas compram ainda mais carros elétricos…! Portanto isto só pode acabar bem!
Excepto em Portugal, claro.
As petrolíferas aumentam ainda mais o preço da gasolina, e as pessoas compram ainda mais carros elétricos, as pessoas deixam de consumir gasolina e a receita com o ISP baixa cada vez mais, siga aumentar as tarifas de eletricidade. Especialmente quando o magnânimo Estado atribui a concessão da rede de carregadores à companhia petrolífera privada.
Afinal de contas, é preciso assegurar aquele lugar no conselho de administração quando se acabar o “tacho”.
É possível comprar gasóleo a pouco mais de 0,50€!!!
Acho que ainda assim temos uma vantagem enorme com a redução de importações de combustíveis fosseis, mesmo que seja as mesmas empresas a lucrar algum com produção e distribuição , essa energia sempre pode ser produzida a 100% no nosso território, logo permite ao nosso Estado um maior controlo dos preços e dos impostos a pagar pela produção e consumo, ao contrario do que tem acontecido com as constantes variações e imposições que têm a origem nos grandes lóbis da industria petrolífera. Ok também temos cá os lóbis da produção e distribuição de electricidade, mas se for produzida cá, considero que o Estado pode regular o mercado com outras armas que agora não dispõem, visto que actualmente está sempre dependente dos “preços dos combustíveis dos mercados externos”.
Não sejamos ingénuos. Até parece que não se sabe como esta estória acaba, ou não fossem os governos corruptos e aliados dos grandes interesses económicos. Assim que se comece a sentir impacto da redução da tributação dos produtos petrolíferos vamos assistir à transferência dessa tributação para a eletricidade e do agravamento do ISV e IUC (a par com o fim da isenção dos mesmos nos VE’s).
É sempre positivo saber isso……o problema é que 500€ por cada automovel n é nada comparado aos lucros por minuto de cada petrolifera.
Só 500€ por carro??? ou seja um carro motor a combustão so rende 500€ para as petrolíferas em toda sua vida util???
“onde é referido que este valor “perdido” pelas petrolíferas se inclui também o montante que o Estado deixa de receber pela venda de gasóleo”
Andamos a pagar os combustíveis muito baratos entao…
Como é que perdem 500 € por cada carro vendido? Estas contas estão muito mal feita s, a não ser que sejam 500€ por carro e por ano! Mas estejam descansados porque nem as petrolíferas nem os estados vão ficar a perder, os estados e as petrolíferas vão arranjar maneira de compensar o prejuízo! O dia em que os carros andarem a água, até a água vai ser taxada e muito!
A presente data os veículos que tenho são 100% eléctricos carregados em casa com apoio de países solares.
Um deles pode ser carregado gratuitamente em alguns carregadores públicos.
O custo dos carros está mais que abatido com aquilo que poupei ao longo dos anos em gasóleo e manutenções.
Suponho que este estudo não deve ser levado muito em conta… Estamos a falar dos EUA, onde a maior parte da energia eletrica é produzida com recurso a combustíveis fósseis. Por cá, na europa em geral, o peso das energias renováveis é bem maior.
Fossil? Nuclear sff, bem mais barata que a nossa.
depende de cada estado..Ha estados menos limpos do que outros.
US é o País que mais consome nuclear no Mundo, 19% da energia consumida no país é nuclear.
Meaning, 19% é garantidamente limpo.
Não metem pena nenhuma – a quantidade de guerras e tretas que temos de aturar por causa desses oleosos já mete nojo…
Os três maiores problemas dos actuais carros eléctricos: uma rede de abastecimento ainda curta e a crescer menos que as vendas de carros eléctricos, o tempo que se perde a carregar bateria, e o preço alto de aquisição. E está a dar-se passos no sentido de resolver estes 3 problemas. Vendo bem, um carro novo a combustão que tenha os serviços de um Leaf II, já para não dizer de um Tesla, Fica a que preço? Já pouca diferença fazem… E com um carro eléctrico a greve dos motoristas de combustíveis e matérias perigosas, agendada para 12 de Agosto, seria encarada com um sorriso …
Esqueceu-se daquele que para muitos ainda é o maior problema: a autonomia. Nem todos fazemos apenas percursos citadinos.
Eles já não têm 128 Km de autonomia. Basta que o deixe a carregar de noite, porque de resto, o Renault zoe, 300 Km. O Leaf IIb, 385Km, o Tesla, dependendo da versão, pode ultrapassar os 500 Km, isto sem contar com os carregadores rápidos em Hoteis e estrategicamente colocados em algumas auto-estradas. Logo, a não ser que viva no Porto e trabalhe em Quarteira, está garantido.
Sim mas isso são as autonomias anunciadas pelo fabricante no ciclo WLTP, na prática gostava de ver alguém ir de Lisboa ao Algarve de férias no verão a 90km/h na autoestrada (porque fora dela postos de carregamento é para esquecer) com o ar condicionado desligado, ou a parar meia hora numa estação de servico a “atestar”. Os eléctricos até podem ser o futuro mas por mais que tentem convencer as pessoas do contrário ainda não são alternativa para todos. Dificilmente um Tesla com autonomia de 500km+ e preços a começar nos €50000 para cima num país onde o salário mínimo anda na casa dos €600 se pode considerar como alternativa.
O que interessa aqui não é quem está a perder com o quê.
O que deveria ser tópico é quem é que vai colmatar essas perdas.
Olhem para os locais onde já estão a obrigar os donos de veículos elétricos pagar as perdas da indústria petrolífera, para as mudanças de tarifários de rede elétrica e vejam os investimentos feitos com o dinheiro do povo para beneficiar só alguns neste ramo que ainda vão beneficiar em segunda instância com créditos de carbono e tax breaks adicionais para as empresas.
A questão nunca foi se o elétrico é bom ou mau.
A questão é sempre como é que as coisas são implementadas.
De acordo: quem é que vai pagar essa implementação? Acho que todos sabemos a resposta. E se a tecnologia sempre serviu para baixar custos, o pplware devia ajudar-nos nesse sentido (traduzindo esta artigo para a óptica do consumidor e não na óptica do meta-mundo das empresas). Senão for para isso (aumentar o nosso rendimento enquanto consumidores, baixando o nosso custo pela utilização tecnologica) não precisamos destas inovações.
500euros por ano, certo?
O que me salta à vista é a seguinte conta: 479 (lucro electricidade) + 100 (lucro das baterias) – 500 (lucro das gasolineiras) = 79€ a mais que o consumidor certamente dá a terceiros. Isto é preocupante (deixar de pagar à Galp para pagar à EDP, venha o diabo e escolha). Mas estes valores estão mal enunciados, porque na verdade a comparação devia especificar se é por ano, se é vida útil, custos totais (incluindo manutenção) e custos de aquisição (sim, também são custos). Isto devia estar escrito na óptica do consumidor e não das empresas.
Quanto custa a Portugal por ano, por mês ou por dia a importação de combustíveis fosseis?
Se essa energia consumida fosse substituída por energia eléctrica produzida no próprio País quanto seria o nosso ganho na balança comercial e na nossa economia?
Será que não podemos melhorar a competitividade do País também por esta via?