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BYD: chave do sucesso dos elétricos não está na autonomia, mas na velocidade de recarga

É nas baterias que residem as maiores reticências em relação aos carros elétricos, desde o preço até ao alcance. Na perspetiva da BYD, contudo, mais do que a autonomia, os clientes procurarão carros que carreguem rapidamente, aproximando-se do tempo associado a encher o depósito de um veículo com combustíveis fósseis.


Com o crescimento paulatino dos carros elétricos, as fabricantes que têm aceitado o desafio dos modelos a bateria procuram entregar automóveis com autonomias cada vez mais largas.

De facto, é nas baterias que reside uma das maiores reticências relativamente aos carros elétricos, com muitos potenciais clientes a temer não chegar aos seus destinos e, a par disso, não querer planear as suas viagens com a antecedência que os modelos movidos a bateria exigem.

Apesar da resposta das marcas à range anxiety, a BYD acredita que a chave do futuro não está na autonomia, mas na velocidade de recarga.

Os clientes dirão: não me dê mais de 300 km de autonomia, não quero pagar por isso.

Opinou Stella Li, vice-presidente da BYD, cuja perspetiva vai ao encontro da estratégia da empresa chinesa, que está a implementar pontos de carregamento ultrarrápidos de até 1000 kW.

Na China, aliás, a fabricante já instalou mais de 15.000 estações com esta tecnologia, triplicando a sua previsão inicial.

Entretanto, o objetivo passa por alargar a rede de carregamento ultrarrápido para a Europa antes do final de 2025, não apenas nos seus próprios concessionários, mas, também, por via de parcerias com operadores locais.

 

Carregar um modelo elétrico deverá ser tão trivial quanto abastecer um térmico

Com uma infraestrutura que a BYD prevê ser cada vez mais robusta, a recarga deverá passar a ser tão rápida e banal como reabastecer um automóvel movido a combustíveis fósseis, eliminando a range anxiety.

A corroborar a perspetiva da líder da BYD estão os dados, conforme vimos, no ano passado, por exemplo.

Segundo a empresa de consultoria Recurrent, que analisou dados de cerca de 18.000 condutores de automóveis elétricos, nos Estados Unidos, estes percorriam apenas entre 30 e 70 km por dia.

 

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