Apesar de ter surgido na Europa depois da Uber, a Bolt conseguiu, com sucesso, desbravar caminho e tornar-se concorrente da empresa americana. Além disso, estão ambas a modernizar-se e a tornar-se cada vez mais fortes em vários aspetos.
Por exemplo, a Bolt diz ter angariado cerca de 150 milhões de euros para ajustar o seu serviço com Inteligência Artificial.
Bolt vai investir em Inteligência Artificial
Como sabemos, a Inteligência Artificial tem sido amplamente transferida para o mundo dos automóveis. Isto, porque, além de facilitar a condução, garante às marcas a diferença que precisam, a fim de se destacarem. Assim como a IA, outros fatores entram na equação quando o objetivo se foca na singularidade.
Por exemplo, a Uber anunciou recentemente que pretende que os veículos que circularem na estrada em seu nome sejam, até 2040, 100% elétricos. No caso, a Bolt, concorrente na Europa, anunciou que foram angariados 150 milhões de euros para investimento. Este surgirá de forma a reforçar a segurança da plataforma através do reconhecimento facial através de IA.
Não querendo revelar muito, a Bolt disse que a sua avaliação excede os 1,7 mil milhões de euros. Aliás, o último financiamento foi liderado pela D1 Capital Partners, um fundo gerido pelo bilionário Daniel Sundheim. Além desse, também um outro fundo, Darsana Capital Partners, fez parte do processo.
Novas soluções inovadoras
Conforme referiu, a Bolt irá utilizar o dinheiro angariado na melhoria das suas características de segurança. Dessa forma, poderá expandir os seus serviços de transporte, aluguer de bicicletas e scooters, e entrega de alimentos.
Estamos a planear lançar soluções ainda mais inovadoras, como a verificação da cara do condutor e a monitorização automática da viagem, utilizando machine learning, a fim de prevenir potenciais incidentes e assegurar aos nossos clientes um serviço da mais alta qualidade.
Disse Markus Villig, CEO da Bolt, numa declaração.
Empresas de ride-hailing prejudicadas pela pandemia… ou nem tanto
Com a pandemia, os serviços de ride-hailing (que pressupõem o pedido de um carro e de um motorista para levar o cliente a algum lado) foram fortemente atingidos. Por um lado, a Uber relatou dois trimestres consecutivos de diminuição de receitas. Por outro lado, beneficiou do aumento da procura de serviços de entrega de alimentos.
No caso da Bolt, também as receitas se viram a diminuir fortemente. Isto, tendo em conta que, em março, as vendas caíram 75%, relativamente ao mês de fevereiro. Contudo, a empresa considera ter tido um bom ano, pelo investimento em novos setores, como as scooters e a entrega de alimentos.
Neste momento, a Bolt conta com mais de 50 milhões de utilizadores localizados em mais de 40 países.