IPv6: Quais os tipos de endereços que existem?
Num momento onde a Internet das coisas começa a ganhar forma, haverá certamente um aceleramento na adopção do IPv6. Como já referimos em alguns artigos, este “novo” protocolo caracteriza-se por oferecer um espaço de endereçamento superior ao IPv4, pelos endereços de de 128 bits, pelo suporte nativo a mecanismos de autenticação e privacidade, etc.
Hoje damos a conhecer quais os três tipos de endereços IPv6.
De acordo com o RFC 4291, são três os tipos de endereços IPv6: unicast, anycast e multicast. Ao contrário do IPv4 não existem endereços de broadcast, mas tal funcionalidade pode ser conseguida através de endereços multicast.
Endereços Unicast
Os endereços unicast identificam de forma unívoca a interface de uma máquina. Um pacote enviado para um endereço unicast é apenas recebido pela interface que tem associado tal endereço. Há, no entanto vários tipos de endereços Unicast:
- Endereços Unicast globais
- Link Local
- Loopback
- Unique local
- Endereços IPv6 com endereços IPv4 embutidos
Endereços Unicast globais
Este tipo de endereços são similares aos endereços públicos IPv4. Podem ser configurados de forma manual ou atribuídos dinamicamente.
Link Local
Este tipo de endereços são usados pelo mecanismo de autoconfiguração, para que um dispositivo possa comunicar com outro, dentro da mesma rede. Os endereços link local não são encaminhados para outras redes. Os endereços Link Local começam sempre por FE80 (1111 1110 1000 0000).
Exemplo: fe80::200:5aee:feaa:20a2
Loopback
Tal como no IPv4, serve para uma máquina enviar um pacote para si mesma. Este tipo de endereços não pode ser atribuído a uma interface física. O endereço Loopback IPv6 é ::1.
Únicos locais ou “site local”
Semelhantes ais endereços privados IPv4. Este tipo de endereços, sem prefixos globais, começam em FC00::/7 até FDFF::/7 e devem ser usados apenas dentro de um determinado ‘site’/segmento de rede.
Exemplo: fdf8:f53b:82e4::53
Endereços IPv6 com endereços IPv4 embutidos (IPv4 embedded )
Usados normalmente em mecanismos de transição/tradução de IPv4 para IPv6.
Endereços Anycast
Na prática, são iguais aos endereços unicast, no entanto, podem ser atribuídos a mais do que uma interface.
Endereços Multicast
Um endereço Multicast identificam um grupo de interface, podendo cada interface pertencer a outros grupos. Os pacotes enviados para esse endereço são entregues a todas as interfaces que fazem parte do “grupo”.
Download: Tipos de endereços IPv6
Este artigo tem mais de um ano
Há mais de 20 anos que ouço falar da adopção “imediata” ou a “muito curto prazo” desse novo protocolo e com todos os benefícios que se esperam dele.
Será desta que arranca?
Acredito plenamente que seja desta. Uma vez que estamos a entrar na era da internet das coisas de como já aqui foi falado. Até hoje o ipv6 não avançou graças a um mecanismo denominado Nat que permitiu poupar milhares de endereços. No entanto este mecanismo vai tornando-se inviável na utilizações futuras pelo que certamente será para breve.
Pois, o NAT e os próprios custos de implementação do IPv6 têm sido um entrave
problema nem é os custos. mas sim o problema ser ter que ser tudo praticamente ao mesmo tempo. demora anos a fazerem o que estão a fazer. Nada haver com os custos. Já existe locais a funcionar em rede local só a IPv6. mas obviamente que isso não contribui nada para a internet só para a intranet o que isso obviamente não é nada visto que temos C/16 B/12 A/8 o que são bastantes endereços para uma rede local.
RA flood e SLAAC MiTM attacks 😀
IPv6 ainda está muito fresco. Se vocês soubessem o que eu sei 😀 😀
por não falar no NAT64
O nat64 não é só para fazer a transição de ipv4 para ipv6?
O que queres dizer se soubessem o que eu sei… E sempre bom partilhar informação.
não há tempo nem espaço aqui para descrever tudo o que eu sei a cerca do IPv6. estudei meses isso por isso é complicado. mas posso dizer que é muito mau em termos de segurança neste momento.
é só pesquisar pelos termos que disse lá em cima “RA flood” e “SLAAC MiTM”. o NAT64 tem haver com o que disseste mas a nível de segurança consegue-se através do protocolo LLMNR fazer um fake proxy NAT64 e por final estar no meio de uma comunicação (MiTM).
Bom artigo obrigado
Os novas instalações do MEO, o firmaware dos router já são em single edge, cujo IP está em IPV6
Podes trocar isso por termos leigos? Obrigado
https://stat.ripe.net/AS3243#tabId=routing
não me parece que com prefiro /48 consigam dar os IPs todos 65536 ips.
prefixo*
Basicamente uma pessoa que já tenha o IPV6 configurado pelo MEO terá nos seus devices (que suportem) assignados IPs da versão 6, correcto? Ora sendo estes IPs “públicos” como ficamos em termos de exposição destas máquinas para o exterior?
Já agora, na MEO, qual é a subnet que nos é dada para IPs de dispositivos pessoais?
Gracias!
Não existe NAT no IPv6 (existe por acaso mas não faz sentido ) por isso a exposição das máquinas eram totais. A não ser que façam 4to6 (IPv4 to IPv6) ou algo parecido com NAT46. Os prefixos não faço a minima mas até agora a MEO só tem aquele /48 que são 65536 (na verdade 65535 depois temos que tirar os endereços de rede etc).
Parabens!!! Muito bom, so queria colocar uma questão acerca de como funciona o subnetting em IPV6, seria possivel escrever um artigo?
http://en.wikipedia.org/wiki/IPv6_subnetting_reference
https://supportforums.cisco.com/document/66991/ipv6-subnetting-overview-and-case-study
encontrei isto caso queiras dar. o que eu estudei foi na academia cisco por isso não te posso dar essa matéria.