Continua sem um fim à vista a compra da criadora de jogos Activision Blizzard pelas mãos da Microsoft. O negócio está a ser investigado por várias entidades sediadas nos EUA, Reino Unido e Europa, mas este tem sido um tema sobre o qual não reina o consenso. Agora, a norte-americana FTC solicitou uma ordem judicial para impedir que a aquisição seja finalizada.
FTC quer impedir a compra da Activision Blizzard
De acordo com as últimas informações, a norte-americana Federal Trade Commission (FTC) não baixa os braços na sua luta contra a compra da Activision Blizzard pelas mãos da Microsoft. Para tal, recentemente a entidade solicitou aos tribunais dos Estados Unidos uma ordem judicial com vista à proibição deste mesmo negócio. Relembramos que no mês de dezembro de 2022, a FTC juntou-se a outras entidades e abriu um processo contra a compra da criadora de jogos pela empresa de Redmond, um negócio que se iniciou em janeiro do ano passado e envolveu mais de 60 milhões de euros.
Mas agora, como a situação ainda não está resolvida, a FTC mostra mais um cartão vermelho e procura obter uma ordem de restrição temporária e liminar no tribunal distrital e federal dos EUA. Segundo a entidade norte-americana:
Tanto uma ordem de restrição temporária quanto uma liminar são necessárias porque a Microsoft e a Activision declararam que podem concluir a aquisição proposta a qualquer momento.
Esta solicitação acontece numa altura em que a Microsoft apresentou um recurso contra a decisão das entidades reguladoras do Reino Unido em bloquear a sua proposta de compra da criadores de grandes títulos, como Call of Duty, um dos jogos no centro da polémica. A FTC teme, assim, que a dona da Xbox possa concluir o negócio mesmo com o litígio numa fase pendente. Lembramos que, após ter aprovado temporariamente este negócio, a britânica CMA acabou por bloquear esta compra, mesmo que as empresas do Reino Unido estejam contra esta decisão.
Ao The Verge, o vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que “congratulamo-nos com a oportunidade de apresentar o nosso caso no tribunal federal. Acreditamos que acelerar o processo legal nos EUA acabará por trazer mais opções e concorrência ao mercado“.