Ubuntu segue o Debian e muda para systemd
Depois de meses e meses em debate, algumas vezes amargo, Mark Shuttleworth deu finalmente a conhecer a decisão do comité de avaliação técnico do Debian que entendeu que o Ubuntu deverá seguir o mesmo caminho do Debian e adoptar o Systemd.
Com tal decisão, o Ubuntu irá abandonar o Upstart e adoptar o Systemd.
A decisão não foi pacifica e por vezes a discussão foi bastante acesa. De um lado o Ubuntu a apoiar o UpStart e do outro a RedHat e Suse a apoiar o systemd. A decisão final pertenceu ao Debian, “pai” do Ubuntu que votou no systemd. Mark Shuttleworth já deu a conhecer a decisão final e informou que a Canonical irá apoiar o systemd.
Para entender o porquê desta "batalha" é preciso conhecer o init . O init é o primeiro processo inicializado pelo kernel quando o utilizador inicia um computador com Linux ou Unix. Todos os outros processos são processos filhos do processo init. O init corre como daemon e apresenta, tipicamente, o PID 1. Os processos inicializados pelo init são conhecidos como jobs e são configurados por ficheiros que estão no directório /etc/init. Com o passar do tempo percebeu-se que o init não era a melhor solução, por ser inflexível e por tornar lento o arranque do sistema.
Então, em 2006 apareceu o Upstart e em 2010 o Systemd como alternativas ao init. Por algum tempo, o Upstart parecia ganhar força para se tornar no sistema de inicialização padrão, mas o systemd rapidamente reuniu um conjunto de fortes apoios. Tal cenário levou a uma série de conflitos entre aqueles que apoiavam um e outro sistema de inicialização. Na verdade, esta "guerra" era mais um braço de ferro entre a Canonical e Red Hat sobre o futuro do Linux.
Upstart no Ubuntu
O projecto Ubuntu usa o upstart, um sistema de inicialização baseado em eventos que foi desenvolvido e que é mantido pela Canonical desde 2006, altura em que foi adoptado pelo Ubuntu 6.10. Além do Ubuntu e várias distribuições derivadas, o Upstart é também usado pelo RHEL 6, WebOS e pelo Chrome OS da Google.
A mudança para o Systemd não representará muitas mudanças para o utilizador final. No entanto, os fabricantes e programadores vão ter de adaptar algum código para tirar partido das novas oportunidades oferecidas pela mudança.
Ainda não há data para a integração do Systemd com padrão no Debian ou Ubuntu. No entanto, Mark Shuttleworth fez saber que irá pedir a todos os membros da comunidade do Ubuntu para ajudar na mudança de forma eficiente, com segurança e de certa forma com alguma urgência.
Este artigo tem mais de um ano
o mais importante : O que é o systemd para os menos informados como eu?
Em computação, systemd é um substituto para a deamon init do Linux (System V ou estilo BSD). Seu objetivo é fornecer um framework melhor para expressar dependências de serviços, permitir que mais trabalho seja feito concorrentemente (possivelmente em paralelo) na inicialização do sistema e reduzir a sobrecarga do shell. O nome vem da convenção de sufixos do Unix para os nomes de daemons do sistema (processos que executam em plano de fundo), em inglês system daemons.2
systemd inicializa uma plataforma, mas também serve para consolidar o registro de eventos e pode substituir o syslog. Devido ele substituir dois sistemas administrativos, para administradores de sistema isto significa que o número de mecanismos internos do kernel que ele trata oferece uma curva de aprendizado excessiva.
O systemd é mantido por Lennart Poettering e Kay Sievers, com muitos outros contribuintes.3 Ele é publicado como um software livre sob os termos da GNU Lesser General Public License versão 2.1 ou superior.
fonte: wikipedia
Tínhamos o artigo em actualização 🙂
vai ser o diabo para lidar com o systemd 🙁
Eu estou em choque!!
preferia o upstart, que de certa forma era um meio termo…mas preferir preferir,…preferia o sysvinit…que t*reta!
O problema que aqui vai surgir são as incompatibilidades e a possibilidade de existirem backdoors.
Manjaro & Arch master race.
pois…
essas são algumas das preocupações…ainda por cima existe um modulo do systemd que é proprietário…
não percebo esta gente…
podes dizer por favor qual e o modulo proprietário ?
Também gostava de saber!
O systemd é melhor e mais fácil; ainda me lembro das chatices que tinha para desactivar COMPLETAMENTE um serviço no Ubuntu…
Concordo. Quando usava Ubuntu não percebia muito do Init, agora uso Manjaro (ArchLinux) e acho o Systemd muito simples.
Pelos vistos o ppl do Linux anda a aprender de “politica” , 1 KISS 2 não a fragmentação.
Falta o Xorg e a garantia de lts. Parabéns
Será que vamos ver a Canonical a adoptar o Wayland??? Ou vão continuar a bater o pé e insistir no MIR?
Acho que está na altura do pessoal puxar tudo para o mesmo lado. O linux no geral só tem a ganhar se for tudo para o mesmo lado ou vamos ‘perder’ outra vez a boleia que a microsoft está a oferecer (flop do windows 8 e o EOL do Windows XP)
Ao mesmo tempo adoro que o linux não tenha uma GINORME adopção porque assim o ppl das viroses certamente não se irá preocupar com isso. 🙂
Já agora com o systemd a bombar é melhor, por exemplo nos linux containers… por causa de coisas como os cgroups!
IMO, isso é mais difícil de prever… Mas, se o Debian escolher o Wayland, o Ubuntu vai atrás. O futuro do Mir vai depender muito da comunidade GNU/Linux.