Red Star OS: O Linux da Coreia do Norte é controlador
Há cada vez mais países a terem as suas distribuições de Linux, adaptadas às suas necessidades e às dos seus cidadãos. A sua maioria são sistemas abertos e que podem ser alterados ao gosto de cada um.
Mas a Coreia do Norte, com o seu Red Star OS, tem uma política que é restritiva e que limita ao máximo o que os utilizadores têm acesso. Este sistema foi explorado por dois investigadores e é agora um pouco mais conhecido.
O Red Star OS é uma versão Linux criada pelo governo da Coreia do Norte, para que os seus cidadãos possam um sistema operativo livre instalado nos seus computadores.
Contempla um conjunto de ferramentas adaptadas às necessidades destes, com um editor de texto, cliente de email, o browser Naenara baseado no Firefox, jogos e outras aplicações.
A ideia do Red Start é dar acesso à Intranet da Coreia do Norte, onde o governo disponibiliza informações, e também a um conjunto limitado de sites também dentro do país.
Dois investigadores alemães analisaram este sistema e descobriram que mesmo tendo uma base comum com outros sistemas Linux, o Red Star está muito alterado e que é um sistema paranóico e que não permite aos utilizadores qualquer alteração dos seus ficheiros.
Tendo uma monitorização constante dos ficheiros do sistema, sempre que detecta uma alteração, mesmo mínima, o Red Star reinicia-se repõem o ficheiro para o seu estado original.
O mesmo acontece sempre que este sistema operativo detecta que algum dos seus componentes é desligado, como a firewall ou o antivírus.
Mas muito mais foi descoberto por estes dois investigadores. Este sistema marca de forma activa todos os ficheiros que são criados ou ligados ao computador quer através de pens USB quer de outros meios externos, conseguindo assim fazer o rastreio dos ficheiros e impedir que qualquer ficheiro seja enviado para fora da Coreia do Norte.
A própria criptografia do Red Star OS é diferente da que podemos encontrar no resto do mundo. Baseada nos algoritmos conhecidos por todos, a Coreia do Norte aplica ligeiras alterações para impedir que possa ser quebrada por outros governos.
A versão do Red Star OS que estes investigadores exploraram, a 3, é baseada no Fedora 11 e corre uma versão do Kernel que tem 4 anos. A interface gráfica assenta no KDE 3 e a maioria das suas aplicações têm interfaces gráficas associadas, com o antivírus ou a firewall.
Não foi possível saber ao certo quantas pessoas usam o Red Star OS, mas do que se sabe de quem visitou recentemente a Coreia do Norte a maioria dos computadores corre ainda o Windows XP, algo que poderia representar um problema de segurança, não fosse a inexistência de acesso à Internet na Coreia do Norte.
Com este sistema e o controlo que aplicam, o governo norte coreano consegue impor as suas regras e o seu poder, limitando ao máximo a liberdade dos utilizadores.
Este artigo tem mais de um ano
Vou testar… Lol
Olha. Eu julgava que os gajos eram uns nabos e que nem contas sabiam fazer. Afinal até bloqueiam a intrusão de qualquer tralha de que não gostam. Já eu não consigo tal.
Que disparate. Eles de certeza que são uns nabos sim. Mas isso não os impede de contratar pessoas que não sejam. Pessoas externas e fieis ao regime. O linux pode ser usado para o bem e para o mal. É como o TOR ou outra ferramenta open source.
“Que disparate. Eles de certeza que são uns nabos sim.”
Espero que estejas a ser irónico.
De facto é mesmo paranóico mas é preciso ver.. o OS é seguro à brava haha
Red Star OS não vacila ah ah
Interessante essa ferramenta de repor arquivos, seria uma boa opção a termos como opção de boot em sistemas linux, principalmente quando somos iniciantes e apagamos algo importante sem querer. Essa “tecnologia” deveria ser usada para o bem.