Munique vai voltar a trocar o Windows pelo sistema aberto Linux
Em 2017 Munique informou que ia abandonar o sistema operativo Linux e voltar ao Windows. Mas agora a estratégia foi repensada e a cidade alemã está decidida em mudar novamente para o open-source.
Poderemos estar então perante uma nova fase na Alemanha no que respeita ao software escolhido para fazer mover o sistema governamental.
Munique quer voltar a dar destaque ao sistema aberto Linux
Os políticos mais recentemente eleitos de Munique decidiram que o seu governo precisa adotar software de código aberto, em vez de produtos pagos como o Microsoft Office.
Segundo as informações recolhidas pelo ZDNet, uma declaração de acordo de coligação entre o recém-eleito Partido Verde e os Social-Democratas refere que:
Onde for tecnologica e financeiramente possível, a cidade dará ênfase aos padrões abertos e ao software livre com licenciamento open-source.
Vamos aderir ao princípio de 'dinheiro publico, código público'. O que significa que enquanto houver dados pessoais ou confidenciais envolvidos, o código-fonte do software da cidade também será tornado público.
Este documento foi finalizado no domingo e elaborado para estar em vigor até 2026. A iniciativa está a ter vários elogios, nomeadamente entre os defensores do software livre, que veem esta alteração como uma melhor opção económica e política em termos de transparência administrativa.
Lembramos que em 2017, Munique tinha anunciado que ia deixar o sistema Linux para voltar à plataforma da Microsoft. Esta mudança ocorreu depois de a cidade alemã ter usado a distribuição LiMux ao longo de 10 anos. Mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e o sistema aberto volta a ter destaque.
Alex Sander, gestor de políticas públicas da UE na Free Software Foundation Europe, sediada em Berlim, disse ao ZDNet que está feliz por esta atitude. Mas relembra que ainda é apenas uma declaração de um acordo para planos futuros, e não se pode esperar que as coisas mudem de um dia para o outro.
No entanto, o gestor adianta que:
Da próxima vez que houver um novo contrato, acreditamos que ele possa envolver software livre.
Por outro lado, também há quem critique esta escolha, dizendo que se pode conseguir um acordo melhor com a Microsoft e que esta é apenas uma decisão mais política do que racional.
O ZDNet tentou contactar a Microsoft para comentar a situação, mas até ao momento ainda não obteve nenhuma resposta.
Este artigo tem mais de um ano
Round 2… fight.
….E se a Microsoft colocar o windows 10 gratuito com a disponibilidade de só se utilizar o Windows Subsystem for Linux, poderá ser considerado um sistema aberto? e porque não o Msoffice, apesar de ser pago, ter como padrão a gravação de ficheiros em .odf . Porque lá por um software seja de código livre, não quer dizer que não pode ser pago.
Bom dia , a questão não é só o software ser pago ou não, a dependência dos sistemas proprietários é que é o verdadeiro problema , um dia que a Microsoft tenha um vipe ou que seja obrigada por decreto como foi a Google em relação á Huawei, podemos de fato de um momento para o outro ficar sem acesso ao sistema operativo, e este é que é verdadeiramente o problema .
Quando se fala em sistemas abertos o código fonte está disponível para todos e dessa forma esse problema do acesso fica completamente ultrapassado, é uma segurança que qualquer estado do Mundo deveria adoptar, incluindo o nosso, dessa forma também é possivel sempre melhorar ou adaptar para as necessidades particulares de cada região, vejo aqui muita gente com comentários que quando fala que as pessoas não sabem usar o Linux não sabem na verdade o que estão a dizer o Linux usado no modo de utilizador é tão fácil de usar como um sistema da Microsoft.
Discordo da afirmação de que o Linux usado no modo de utilizador é tão fácil de usar como um sistema Windows.
Já foi muito mais difícil, passou por ser um bocadinho mais difícil, depois passou a ser tão fácil como utilizar Windows e hoje em dia é mais simples de usar do que o Windows.
Como muita gente, uso os 2 e nem há comparação possível, mesmo para um utilizador comum, desde a simplicidade de instalar um software necessário, passando pela simplicidade de ambientes gráficos
(KDE ou Gnome) que e vêm por defeito nas distros mais amigas do utilizador, desde a forma como se actualiza o sistema operativo, até mesmo o software é actualizado automaticamente, etc.
Vamos para o Windows e temos um ambiente gráfico cheio de publicidade da qual não queremos e é irritante, super lento no arranque, às vezes com algum tipo de “verificação” estúpida que acontece na pior altura, um antivírus quase obrigatório que come recursos e de tempos a tempos (tem de ser configurado) dispara uma varredura e deixa o computador super lento, a impossibilidade de desinstalar software que a Microsoft quer obrigatoriamente instalado, como os browsers, software de alguma forma relativo a Xbox, “restos” de software que serve para um tablet e não se sabe o que faz ali, etc.
Isto para não falar que a actualização do software é caricata, decorrente do modelo de distribuição de software.
Ou então aquela cena triste que é adicionar utilizadores e definir grupos com diferentes permissões, um verdadeiro pesadelo, que impossibilita um utilizador comum de ter várias contas num computador, a dele, a do filho/a, a do companheiro/a. Até dá para adicionar utilizadores, mas insistir em registos online, é ridiculo. Pior é existir apenas 2 tipos de utilizador, e não ser possível de forma aceitável criar grupos com diferentes tipos de permissões.
Depois obviamente, há aquela malta que diz, pronto, temos de instalar o Windows e depois fazer “uns ajustes”, que na realidade são enormes ajustes em montes de tretas para deixar minimamente usável a máquina. Quem não sabe e não quer perder horas nisso, vai á NET e saca um script feito por alguém (confia que aquilo faz o que promete) e corre.
No Linux, falando em configuração, para configurações mais básicas que cobrem 99,9% do pretendido pelo utilizador comum, é possível fazer em ambiente gráfico num Linux, e invariavelmente é muito mais simples que fazer no Windows.
Instalar software é abrir uma aplicação (que agora chamam loja) e procurar pelo que se quer, e carregar em instalar, e isto já é assim há muitos anos.
Actualizações automáticas, inclusive do software que se vai instalando.
Criar utilizadores é trivial, não é necessário nada de registos online nem é forçado tal porcaria. Criar diferentes utilizadores é trivial, e criar grupos com diferentes tipos de permissões é também fácil.
Os argumentos para o utilizador caseiro ainda usar Windows são: já vinha com o computador, ou eu jogo e no Linux não há jogos que gosto, ou então o facto de o Office não existir para Linux (propositadamente).
Para uma empresa, jogos não é problema, o computador vir com o Windows pode ser negociável, depende das marcas, em relação ao Office, se existir um compromisso de utilizar apenas padrões abertos, deixa de haver problemas, para além de que hoje em dia é muitoais comum transmissão de PDFs do que outro formato.
Realmente há quem mude para open source, linux, pois não tem que pagar licenças e isto aplica-se ao utilizador comum e dependentemente das tarefas que precisa de realizar, pois dizer que se faz o mesmo com qualquer sistema operativo é uma falácia e não corresponde à realidade.
Cada Sistema Operativo tem à sua disponibilidade um conjuntos de softwares específicos, que poderão ter algum parecido mas não igual, isto é importante deixar claro.
A outra questão é que instituições mudam por ser gratuito mas depois acabam por gastar quase os mesmos valores em contratos de manutenção e em outras situações perdem produtividade somente pela alteração do SO e da necessidade de readaptação dos utilizadores.
Eu acho é importante o utilizador perceber o que precisa de fazer e se tem softwares para isso e depois escolher o SO.
Independentemente do que possam dizer, e eu uso os 3, é mais fácil ao utilizador comum habituar-se ao windows 10 ou ao MAC do que ao linux.
Meu deus, como é que chegas a essa conclusão que é mais fácil no windows e Mac, mas que adaptação falas tu, no caso de Munique eles têm como é evidente aplicações próprias da cidade, então tu achas que é diferente trabalhar nessa aplicação dependendo do sistema operativo, não claro que não é , mais uma vez ignorância completa , estou também um pouco cansado dessa treta que depois de implementado o Linux que se gasta mais dinheiro, isso também não é verdade.
O problema deve ser de leitura mas eu esclareço para que não haja dúvidas, até de facto eu prefiro que as empresas optem pelo linux pois ganho mais na manutenção. Esclareço que trabalho na área à mais de 25 anos.
1. Todos os sistemas operativos tem métodos de trabalho e utilização e configuração diferenciados, desde às redes até as apps, passando por muitas outras. Se dizes que é igual em todos e fácil da mesma forma, estás a mentir.
2. Mesmo em Munique aquando a existência do linux, ouve departamentos que continuaram a não utilizar linux e neste caso mantiveras Mac a trabalhar, podes até enviar um email endereçado ao Thomas Boning questionando rit@muenchen.de
3. Há aplicações usadas que existem para MAC e WINDOWS e não existem para LINUX, podes argumentar que há alternativas, mas as app não são, nem de perto nem de longe, alternativas e muitas até são bem pagas quando se fala em software livre.
4. Não podes assumir que toda uma corporação, instituição ou entidade governamental se baseia apenas em alguma apps que rodam em uma cloud e o utilizador apenas usa um terminal web para aceder, isso é ter uma mentalidade castrada em termos de funcionamentos empresariais, e muito pouco séria por sinal.
5. Quanto aos custos, todas elas tem custos de implementação e de manutenção e isso vai depender da instituição, das tarefas a desempenhar e dos utilizadores. O passado já demonstrou em várias cidades e empresas que afinal a redução de custos não foi tão significativa. para confirmares este ponto basta estares atento, leres, veres as noticias ou pesquisares online.
6. A treta que dizes de MUNIQUE tem aplicações próprias, tem aplicações proprietárias mas também tem aplicação de autor ( caso não saibas o que é são apps compradas de empresas, tal como os pacotes adobe que usam ).
7. RED HAT, se conheces, é linux e tem várias soluções empresariais, uma das soluções em linux com competência reconhecida no mercado do open source, MAS NÃO É GRATUITA. engraçado não achas.
IMPORTANTE, em nenhum dos meus textos me vês a defender qualquer um dos sistemas operativos, até porque por motivos profissionais trabalho com os 3.
Se quiseres umas explicações mais técnicas até te posso ajudar, elucidar e esclarecer.
@Barta
1. Trabalhar de forma diferente não implica uma complexidade maior ou menor. Diria que é igualmente fácil usar o Linux, tal como o Carlos.
A minha experiência a instalar Linux para os seniores da família, mostrou que é fácil o suficiente para eles, tal como para crianças em idade escolar, como mostrou o Magalhães.
2. O facto de haver pessoas que resistem à mudança não implica que ela não seja a melhor escolha. Se falarmos com criativos, vão obrigatoriamente falar dos Macs e da suite da Adobe, mas que pode correr em ambiente Linux na mesma via WINE.
3. O Linux tem apps e aplicações. Deixar implicito que o Linux só tem apps (estilo telemóvel) é tentar ludibriar o leitor. A maioria das alternativas tem mais funcionalidades que as versões mainstream, mas concordo que tem um design de aplicações, por norma, muito inferior. No entanto, é uma diferença estética e não funcional.
4. A maioria das aplicações não-mainstream utilizadas por organizações são programadas por medida. Desse modo, podem ser programadas (ou adaptadas) para o Linux de igual modo. Até existem layers de emulação para muitos casos, que não implicam perda de tempo e dinheiro com novas soluções.
5. Custos em pessoal são constantes entre sistemas. Não é argumento nem contra, nem a favor.
6. E mostras que mudar a base para Linux realmente não limita as aplicações instaladas. Não resolve tudo, mas é um passo no sentido de maior autonomia e menores custos.
7. O que se pada pelo RED HAT e outras distros pagas é o suporte. É perfeitamente adequado. Ser software livre não implica que quem trabalha nele não seja remunerado. A diferença é que o que se paga a empresas que fazem open-source serve para desenvolver todo o ecossistema de software livre permanentemente e para toda a população.
Excelente notícia!
Aqui continuamos a pagar rios de dinheiro, o nosso, a uma determinada empresa. Qualquer pessoa pode ver de que valores estamos a falar, está disponível publicamente.
Por cá não vejo sinais de mudança tão cedo, infelizmente.
Se até os alemães já se atrapalharam com uma distro linux imagino o tipico tuga que nem windows quase consegue usar.
A questão não se prende apenas ao sistema operativo, mas principalmente na adoção de padrões abertos, que funcionam independentemente da plataforma/software que se está a usar.
Quanto ao sistema operativo, hoje em dia, não vejo porque razão uma pessoa não consiga usar o Linux, depende muito da distribuição obviamente. Mas falando de um Linux Mint por exemplo, este consegue facilmente ser em muitas tarefas mais intuitivo que o Windows e sem dar dores de cabeça.
Não percebo porque é que dizes isso é tão fácil usar o Linux. No meu caso mandei de cabeça para o Linux e não me arrependo de nada.
Por estas afirmações, depreendo que quer chamar de burros aos portugueses e de inteligentes aos alemães? Não julgue pelo seu estado, o estado dos outros.
Não estou a chamar de burros os portugueses (apesar de alguns os serem) apenas quero salientar o facto do Linux ser fácil de usar. O grande medo é a Linha de comandos (terminal) mas passo a salientar que não a uso pelo menos no MX Linux (debian).
Errar a primeira vez qualquer um erra, a segunda já é burrice!
Burrice é colocar este debate nesses termos.
Então não coloque!
Foste tu que colocaste. Santa desatenção.
Munique vai voltar..
Isto quer dizer que já foram Linux e voltaram ao Windows?
Quanto tempo vai durar esta nova investida?
Sim, essa infotmação está no artigo também 🙂
Vai demorar alguns dias ou meses para voltar ao Windows e que isto me parece ser um ciclo sem fim, lol.
Vou adivinhar quando é que vão voltar a mudar, vai ser no fim do mandato.
fim do mandato? qual? do centeno ou costa ou dessa pessoa do Munique?
Daqui a uns meses: Munique volta atrás na decisão de usar Linux.
+1
Exatamente.
Nada contra Linux, gosto muito mas infelizmente não é um s.o. amigável de utilização. Vão gastar (novamente) rios de dinheiro em formação do pessoal para daqui a uns tempos voltar ao mesmo. O W10 eo MS 365 são perfeitos para este contexto, e nisso nada há a fazer.
Não não são. O Windows tem:
* dois sub-sistemas do GUI,
* opções importantes frequentemente escondidas;
* falta de inter-operabilidade com outros sistemas;
* um sistema de arranque que quando falha bloqueia o acesso aos ficheiros do utilizador.
A vantagem que tem é o “efeito rede”. Como a maioria dos computadores vem com o Windows ré-instalado, desde crianças que as pessoas se habituam a trabalhar com o “estilo Windows”. E os que não cresceram com ele, têm um montão de gente próxima que o fez e pode ajudar.
O Office:
* cria incompatibilidade entre versões,
* má definição dos padrões OpenDocument (docx), por culpa da própria Microsoft;
* imenso espaço ocupado em disco;
* corrupção frequente de ficheiros entre múltiplos saves;
* lento;
* os links para os plugins de verificação de texto estão frequentemente quebrados;
Além disso, ter que fazer uma subscrição online para ter acesso a uma ‘office suite’ parece-me menos intuitivo que tê-la integrada no próprio sistema operativo, já de raiz, como é o caso do Linux.
Mais uma vez, o Office só é popular porque as pessoas cresceram com ele, e tem sido “forçado” a instituições públicas e escolas, casos em que os próprios professores/formadores exigem ficheiros no formato Office aos seus formandos, algo que podia ser resolvido com uma lei que impedi-se a exigência de entregas em formatos proprietários.
Adormeci ao fim de tanta estupidez…
+1
Boa tarde. Concordo plenamente consigo, e muito mais há que não funciona correctamente no Windows 10, ou qualquer outra versão.
Se o Windows fosse grátis, tudo bem, mesmo tendo tantas falhas e buracos nada se poderia dizer, mas é pago, e muito bem pago.
Quando dizes que o Linux não é um sistema operativo amigável estás a referir-te a que distribuição em específico?
Tal como referi num comentário anterior, não podemos comparar uma distribuição como o Linux Mint, que na minha opinião chega a ser de mais fácil utilização que o Windows, com o Arch por exemplo. São distribuições distintas, que servem propósitos distintos. E essa é uma das coisas boas no mundo open source, tens opções de escolha.
+1
o maior problema das pessoas, que é bastante compreensível é o seguinte:
ter de usar a linha de comandos do terminal em algumas situações.
coisa que no windows, é facílimo de fazer se necessitar de remover drivers e meter outros.
As distros linux que mais gostei, foi simplesmente a Feren OS
A que espero que seja melhor no futuro, é a UbuntuDDE (deepin desktop) que é lindíssima, mas precisa de resolver alguns bugs presentes.
Tenho andado a testar isto tudo no meu netbook packard bell (mesma coisa que um acer one d270)
Não se esqueçam que na 1 tentativa pode ter sido fora de tempo.
Agora a maioria das aplicações que usam certamente já são me em saas, da igual se estamos num pc com windows, linux ou num macbook…
Mas aí até pode ser um chromebook, desde que tenha um browser qualquer coisa serve.
Ou um PC com um Celeron N3060 por ex
O problema não são as aplicações vai ser gerir um parque monumental e o Linux não tem ferramentas como tem a Microsoft, como o Intune. Esse foi e vai voltar a ser o grande problema.
Existem alternativas ao intune, principalmente nas funções que realmente importam.
Além disso, há funcionalidades do intune que são necessárias/mandatórias pelo facto do sistema operativo ser Windows.
E as alternativas são algumas até de empresas de renome, mundial.
A nova coligação fez uma declaração política, estabelece uma orientação, mas não é uma decisão – e nem sequer fala diretamente dos 15000 computadores de secretária de Munique. Não se diz que se desentala o Windows/Office e instala o LiMux (o nome da distribuição Linux usada em Munique até 2017) e aplicações compatíveis.
Além disso, o LiMUx ficou desatualizado por ter sido abandonado, depois os utilizadores podem não querer mudar e, terceiro porque é preciso assegurar a compatibilidade:
– “Aqui vai um ficheiro em Word/Excel”
– “Ficou todo desformatado porque eu não tenho o Office!”
Até pode ser que não se instale o Windows OU o LiMux e se instale o Windows E o LiMux. Ao que se diz, já antes de 2017 era assim.
Mas a mim parece-me que a declaração – “enquanto houver dados pessoais ou confidenciais envolvidos, o código-fonte do software da cidade também será tornado público” – refere-se menos ao SO e aplicações para PC e mais a bases de dados e plataformas com acesso através de internet e intranet , desenvolvidas com código open-source e agnósticas (é o termo) quanto ao software instalado no PC.
“Vamos aderir ao princípio de ‘dinheiro publico, código público’. O que significa que enquanto houver dados pessoais ou confidenciais envolvidos, o código-fonte do software da cidade também será tornado público.”
Isto mostra que a burrice política não existe só em Portugal e ainda mostra que não sabem que não há dados confidenciais no Windows e no Mac.
e em Linux há?
Não vás por aí.. nenhum sistema operativo é 100% seguro. A diferença é que se aparecer um ficheiro malicioso o W10 pode lidar melhor com ele que o Linux pode. Infelizmente é assim. Linux é ótimo mas depende do contexto onde está inserido.
@ApqueleAmigo
Sabes do que estás a falar?
De que forma é que o Linux lida pior com ficheiros maliciosos?
No Linux para ser instalada alguma coisa que altere a fiabilidade do sistema tem de ser inserida a palavra-passe do administrador, ou seja, só se o administrador não souber trabalhar ou estiver a sabotar o sistema é que o sistema fica com código malicioso.
O Windows “apaga fogos”, ou seja, depois de ter sido infetado (às vezes por algo tão simples como clicar num link de um email), o sistema nota que foi comprometido e oferece medidas de remediação (remover o vírus). O problema desse método é que se for p.ex. spyware, o roubo de passwords pode acontecer antes da deteção e eliminação do vírus.
tens a certeza disso?? Um vírus no Windows 10 vai replicar-se até ser parado no Linux um vírus é um ficheiro nada mais.
E ainda mais uma coisa que são a actualizações problemáticas do W10 que são umas a trás de outras que resolvem um problema mas cria 5 problemas (e estou a ser simpático).
Absoluta.
O sistema linux “bloqueia” os sistemas de arranque atrás de uma conta de administrador. Se a conta em uso não for a de administrador, os exploits ficam, por norma, na “user land”, ou seja, só duram durante a sessão.
Existe malware para Linux, mas a sua contaminação depende principalmente da instalação (pelo administrador) de repositórios de software não standard, e de aprovação em algum passo para a instalação do software contaminado.
https://en.wikipedia.org/wiki/Linux_malware
«
There has not been a single widespread Linux virus or malware infection of the type that is common on Microsoft Windows; this is attributable generally to the malware’s lack of root access and fast updates to most Linux vulnerabilities.
»
É muito menos trivial ter o sistema comprometido como acontece no Windows. No Windows uma instalação normal uma criança à procura de jogos de computador infestar o computador apenas por aceder a uma página errada (https://www.kaspersky.com/resource-center/definitions/drive-by-download)
“…fast updates to most Linux vulnerabilities.”
Nada mais a dizer
Se encontras problemas de compatibilidade nos documentos, podes muito bem culpar a MS.
Em 2006 foi oficialmente adoptado com standard o formato ODF (Open Document Format) pela ECMA e ISO de forma a resolver esses mesmos problemas.
Em 2007, a MS começou a desenvolver o seu próprio formato e em conjunto com a ECMA foi criado o Standard ECMA-376 ( também conhecidos como OpenXML ou OOXML).
Mais tarde, devido à resistência encontrada, a MS aplicou a o seu músculo (leia-se lobbying) juto da ISO e ECMA e na adopção do novo formato e como resultado apareceu o ISO/IEC 29500 (baseado no ECMA-376) que se dividia em duas partes: ISO/IEC 29500 Transitional e ISO/IEC 29500 Strict.
O ISO/IEC 29500 Transitional seria utilizado pela MS na fase de transição (está no nome) e o ISO/IEC 29500 Strict seria o standard completo que é suposto adoptar por todos.
O que aconteceu na realidade é que a MS ainda não abandonou o ISO/IEC 29500 Transitional.
Se isso acontecer, ia perder boa quota de mercado, certo? Lá se ia o monopólio à vida.
Quando alguém te disser que os documentos do office utilizam um standard aberto, tecnicamente é verdade, mas a implementação não está completa.
Boas, há tb um outro pormenor que pode passar despercebido mas é de extrema importância, que é os lobbys.
A Microsoft por certo não deve ficar muito contente quando os clientes querem sair e de certeza que deve usar a sua inimaginável saúde financeira para fazer pressão para que as coisas continuem como sempre.
Comprar políticos, decisores, conselheiros…. Mil e uma maneiras de trazer a água ao moínho.
….ou então esta é uma estratégia para a MS baixar o preço das licenças.
Mas continuo na minha, os dados deviam de ser open source, logo é o formato dos ficheiros é que tem de mudar e não os sistemas.
O problema pra mim, é a maneira como fazem.
É muita burrice, você querer trocar todo um ecossistema, de uma vez.
Para mim, deveria ser feito em fases.
Fase 1
O ponto mais critico, deveria ser o Office (que é bem caro).
Primeiro deveriam troca-lo por uma versão aberta, ir testando até achar uma que resolva os problemas de compatibilidade.
Fase 2
Nesse período, começa a transferir aplicações desktop para WEB (para fugir de dependências operacionais) para o que possa ser transferido. Os que não podem, deveriam iniciar uma migração para um modo ‘cross plataform’ (Mac, Linuc, Windows), para de novo, fugir de dependências.
Fase 3
Somente, depois das fases 1 e 2 completas, que poderiam migrar de Windows para linux.
As pessoas se esquecem, que não são só sistemas… pessoas Também usam sistema e tendem a não gostar de mudanças drásticas, naquilo que já são acostumadas a anos (o nome disso é produtividade).
Se você não fizer em camadas, para resolver erros em cada ciclo ao mesmo tempo, que também treina o usuário (que não vai se assustar com uma mudança drástica) aos poucos… tenho certeza que a migração vai ser BEM menos traumática e com chances MUITO maiores.
Que tal trocares usuário por utilizador é que este site é em Portugal.
Sério, que agora, vou ter que me preocupar em escrever na língua portuguesa de Portugal, porque o site é de Portugal, pra te agradar?
Ignora-o, está a trolar porque não gostou do que ouviu.
Concordo com quase tudo o que disseste menos a parte das migração para a cloud/web. Lembra-te que a migração para a cloud é uma dependência ainda maior, e que exige ainda mais confiança nos detentores dos servidores remotos. Imagina os dados de saúde, ou financeiros em servidores de um país competidor.
Falou-se em fases e cross platforms mas foi esquecido a parte dos trabalhadores serem teimosos e recusarem a mudar mesmo que seja gradual.
Outro problema é a cloud que não são fiáveis ou as que são só disponibilizam 5Gb/ 10Gb. Mais correcto seria usar um NAS industrial.
Entendi, mas, eu disse que o que ‘pudesse ser possível’ migrar para Web (e não para cloud). Sistemas WEB (usado em navegadores) eliminam o problema de dependências de sistema operacionais (Geralmente).
Sobre cloud, pode ser uma cloud privada (ou seja sem ser azure ou amazon ‘da vida’).
Só tenho a dizer isto: Sistemas Abertos não são significado de Sistemas Gratuitos.
Algumas pessoas, por utilizarem / experimentarem distribuições linux gratuitas, desconhecem que existem essas mesmos distros, mais aprimoradas e personalizadas que são pagas também.
Não existem distros mais aprimoradas e personalizadas. As distros que existem são a distros que existem.
Por norma, os serviços/suporte é que são pagos.
Eu so queria acrescentar que as pessoas nao precisam de ser teimosas. Se tiverem chefes acima deles tem de fazer o que lhes mandam, e alem disso dependendo do software que se esteja a usar nao vai ser uma mudanca assim tao drastica e diferente do modo de trabalhar. Agora se estivermos a falar de chefes teimosos em resistir a mudanca. Isso e para esquecer. Esses dizem eu quero posso e mando. Este tipo de migracoes, para alem das maquinas em questao tambem tem de ser formatadas mentalidades e obvio que umas pessoas preferem a solucao linux outras a solucao windows. E se ninguem chegar a consenco fica tudo na mesma. Igual as nossas reunioes politicas lol
Acho que há por aqui muita confusão entre opensource e Linux, o Linux pode ser opensource mas as aplicações para ele não, como o windows não é opensource e as aplicações para ele podem ser.
Acho que o importante é as aplicações novas serem todas vias browser para daqui a uns anos já se poderem escolher o SO porque há biliões de euros investidos actualmente em soluções na administração publica que não funcionam em linux. Não quer isto dizer que não seja possível haver servidores com linux assim como postos em linux em alguns locais onde já só existam aplicações web. mas assim que me mostrarem um estudo que diga que migrar para linux é mais barato e melhor sou o primeiro a incentivar a mudança.