Relatório afirma que os programadores de videojogos têm um novo favorito: o PC
O PC continua a afirmar-se como a plataforma mais versátil para os programadores de videojogos. Esta supremacia é novamente confirmada pelo relatório State of the Industry 2025, recentemente publicado pela Game Developers Conference (GDC).
Enquanto as consolas limitam os jogadores ao hardware pré-instalado, os PCs oferecem a flexibilidade de atualizações regulares de componentes, maior potência de processamento, configurações gráficas ajustáveis e a possibilidade de realizar inúmeras outras atividades além de jogar.
Crescimento enorme no desenvolvimento para PC
De acordo com o relatório, 80% dos mais de 3000 programadores inquiridos estão atualmente a desenvolver videojogos para PC. Esta percentagem ultrapassa largamente as consolas: apenas 38% dos programadores trabalham em jogos para a PlayStation 5 e 34% para a Xbox Series X|S.
O interesse pelo desenvolvimento de jogos para PC tem crescido de forma consistente ao longo dos últimos anos. Em 2020, apenas 56% dos criadores apontavam o PC como a sua plataforma de eleição. Este número subiu para 58% em 2021, 62% em 2022 e 65% em 2023. Este ano, atingiu uns impressionantes 80%.
Este salto demonstra que o gaming no PC está a atingir níveis sem precedentes de popularidade. Em 2024, por exemplo, 19.000 novos jogos foram lançados na Steam. Contudo, muitos desses títulos acabam por passar despercebidos: estima-se que cerca de 80% desses jogos praticamente não foram jogados.
Steam Deck e o renascimento do formato portátil
Um dos fatores que pode estar a impulsionar este crescimento é a popularidade da Steam Deck, a consola portátil da Valve. Apesar de a Steam Deck não ter sido classificada como uma plataforma independente no relatório - visto que é essencialmente um PC portátil - quase metade dos programadores (44%) manifestaram interesse neste formato.
A influência da Nintendo Switch no contexto portátil também é inegável. A consola híbrida demonstrou que os jogadores adoram a conveniência deste formato, e a Valve tem capitalizado nesse mercado. As alternativas à Steam Deck, cada vez mais potentes e variadas, atraem não só os jogadores como também os programadores. Até a Microsoft já está a explorar ideias.
Por outro lado, desenvolver e publicar jogos para PC é um processo significativamente mais simples do que para consolas, o que torna o PC uma escolha natural para muitos estúdios.
Já o mercado de dispositivos móveis conta com uma representatividade moderada. Contudo, a falta de participantes da China, Japão e Coreia do Sul - mercados onde o gaming móvel é uma força dominante - limita a abrangência do relatório. Caso esses países estivessem mais representados, é quase certo que os números a favor do mobile seriam mais expressivos.
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50% mobile, 25% consolas, 25% pc.
Consolas vão desaparecer e x86 também. Futuro é portátil, ex: Steam deck.
Olha que não. Ter uma consola portátil tem mais desvantagens do que vantagens.
O futuro só vai ser portátil com inventarem baterias com maior autonomia , caso contrário o futuro não será portátil principalmente em gaming .
Optimizações é que não…
Sempre foi…
Sem dúvida isto nem devia ter comparação. O único senão é que os PC são bem mais caros que as consolas.
Tudo tem comparação. Cada qual serve o seu propósito. Se as consolas fosses iguais custando 500€ ninguém usava pc. Parece-me óbvio.
No entanto aqui o assunto aqui não é desempenho de jogos mas sim desenvolvimento dos mesmos.