Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, têm sido frequentes os anúncios feitos por empresas que resolvem retirar-se temporariamente do país, em jeito de reprovação. Agora, a decisão partiu do departamento da PlayStation da Sony e da Nintendo.
De acordo com um investigador da IDC, a decisão da Sony terá sido particularmente difícil.
No início deste mês, o vice-primeiro ministro da Ucrânia pediu que a PlayStation bloqueasse temporariamente os seus serviços na Rússia. Agora, um representante da divisão de videojogos da Sony disse que a empresa suspendeu todos os fornecimentos de consolas e softwares no país e suspendeu o lançamento do videojogo Gran Turismo 7. Além disso, a PlayStation Store também deixará de estar disponível.
A Sony Interactive Entertainment (SIE) junta-se à comunidade global no apelo à paz na Ucrânia.
Disse a empresa.
Mais do que suspender os seus serviços e fornecimentos na Rússia, a Sony afirmou ter reservado dois milhões de dólares para doações ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e à organização não governamental Save the Children, por forma a “apoiar as vítimas desta tragédia”.
A PlayStation tem a maior base instalada [na Rússia], por isso se uma empresa de consolas tem uma escolha particularmente difícil de um ângulo puramente financeiro, é a Sony.
Disse Lewis Ward, diretor de jogos da empresa de investigação IDC, à CNBC.
A par da Sony, também a Nintendo disse que iria suspender todos os envios para a Rússia num “futuro previsível”, tendo em conta a “considerável volatilidade em torno da logística de envio e distribuição de bens físicos”. De acordo com um porta-voz da empresa, além das perturbações logísticas, a decisão foi tomada, uma vez que a loja online da Nintendo já não está disponível desde o dia 4 de março, devido à suspensão das transações em rublos pelo fornecedor de serviços de pagamento.
A Sony e a Nintendo juntam-se, assim, a uma panóplia de outras empresas, tecnológicas e não só, na demonstração de apoio face à guerra na Ucrânia. Apesar de as medidas dependerem, empresas como a Microsoft, Epic Gmes, Electronic Arts e CD Projekt já reprovaram a ação da Rússia.
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