Análise Pro Evolution Soccer 16 (Xbox One)
A espera terminou no inicio de Setembro com o arranque da nova época desportiva nas consolas e PCs de todo o Mundo.
Pro Evolution Soccer 16 já foi lançado e nesta edição, que marca o seu vigésimo aniversário, muitas são as novidades que surgem no titulo da Konami.
Apesar de nos últimos anos (excepção do ano passado) se ter mantido um pouco aquém das expectativas, esta edição de 2016 revestiu-se de particular importância, não só pelo seu 20º aniversário, como também pela incerteza se a série se encontra efectivamente no caminho certo.
O Pplware já deu os primeiros toques na bola.
Este ano celebra-se o vigésimo aniversário de Pro Evolution Soccer pelo que as expectativas eram altas em relação ao produto que a a Konami iria lançar para o mercado. E não digo isto apenas pelos seus 20 anos de vivência com as consolas (e PCs) mas, e principalmente pela excelente surpresa que a edição do ano passado se veio a revelar.
Não será nenhum sacrilégio afirmar que Pro Evolution Soccer 15 foi uma surpresa no ano passado conseguindo dar um grande passo no sentido de sair das teias em que se tinha metido de uma jogabilidade comprometida e de uma dinâmica e diversidade reduzida e apresentar um simulador de futebol tal como nós o conhecíamos alguns anos atrás.
Pro Evolution Soccer 16 é, efectivamente, um PES 15 mas melhorado. Aliás, faz todo o sentido que assim seja. A edição do ano passado foi bastante interessante e em pleno relvado, PES 16 mostra tudo o que de bom se obteve e acrescenta ainda algumas novidades e melhoramentos que só vêm acrescentar mais-valia ao jogo.
Tal como no ano passado, PES 16 joga-se agora mais solto e com uma maior sensação de liberdade e individualidade, quer dos jogadores quer da bola. Tal como tive oportunidade de referir na altura tem-se cada vez mais a noção de que tanto a bola como o jogador são dois objectos distintos e com uma física distinta provocando assim toda uma resma de situações novas e reais. Os ressaltos, as colisões, os desarmes, continuam muito mais credíveis do que nas versões mais antigas.
Continuam a haver alguns momentos em que as animações não são imediatas ao comando mas aos poucos essas prisões de movimentos vão desaparecendo o que faz com que o jogo continue a ficar mais fluído de edição para edição.
E isto aplica-se tanto aos jogadores de campo, como aos guarda-redes que realmente se encontram bem mais responsivos, com melhores reflexos e com aptidões especificas traduzindo os lances em que entram em movimentos mais físicos e reais. No entanto, gostaria de deixar uma palavra para alguns pormenores nas performances dos guardiões que, em algumas ocasiões parecem demasiado precipitados ao socarem a bola a torto e a direito ou então quando sofrem golos demasiado fáceis.
No entanto, não pensem que marcar golos é fácil ... muito pelo contrário. Criar oportunidades de perigo (se não jogarem com um Barcelona versus Al Ettihad) é extremamente complexo e muitas vezes exige uma dinâmica de equipa, fazendo uma circulação de bola segura antes de tentar penetrar as defesas. O jogo continua táctico e exigente reforçando o objectivo de Konami de representar o futebol como ele o é.
Uma das coisas que facilmente nos apercebemos é o facto das equipas controladas pelo CPU estarem também a evidenciar uma maior objectividade. Antes era fácil ver os jogadores de uma equipa mais fraca, chegarem à linha e recuarem, por exemplo. Agora não ... na maior parte dos casos optam por colocar a bola na zona de tiro e mais que isso ... tentam criar situações diferentes em cada vez, ora centrando numa, ora cruzando rasteiro noutra ou mesmo tentando entrar com a bola na área e tentar o remate.
E mais que isso ... podemos assistir constantemente a lances em que os jogadores que não entram na jogada se movimentam de forma a, procurar espaços para o ataque, ou posicionar-se defensivamente para evitar contra-ataques.
A Inteligência Artificial (IA) das equipas controladas pelo CPU está desta forma bem mais inteligente e esse aspecto mostra-se também no capitulo defensivo. As equipas defendem muito mais em bloco e fechando entre linhas. É impressionante que os jogadores parece que sabem qual a sua posição e postura a qualquer momento do jogo. Por exemplo, se a equipa estiver a perder a pressão pode ser mais alta e mais agressiva enquanto que se estiver a ganhar é mais normal que baixem mais a defesa e a agressividade.
As fintas, as quais alguns jogadores apresentam maior e melhor reportório estão muito mais dinâmicas e físicas. Os jogadores estão mais gingões, mais flexíveis o que faz com que num lance disputado os comportamentos da bola e dos próprios jogadores resultem em lances de grande beleza.
Aqui entra em acção o Sistema Avançado de Colisões que a Konami apregoou como grande mais-valia de PES 16.
Quanto a modos de jogo, PES 16 apresenta um cardápio semelhante ao do ano passado mas com novidades também.
O Modo Master League continua a ser o modo principal no qual vamos gerir a nossa equipa de eleição e levá-la até ao estrelato. Até aqui nada de novo mas a apresentação do Modo e respectivos sistemas de Menus encontram-se bastante intuitivos bem como o novo sistema de transferências. É possível lançar os nossos olheiros a observarem jogadores para determinadas posições e quando um se torna apetecível, podemos encetar negociações com ele. É claro que para que a aquisição seja possível, é necessário que do outro lado a equipa vendedora esteja interessada em vendê-lo.
No entanto há algumas tácticas que podemos usar para conseguir o jogador com algum desconto. Por exemplo, aquando da proposta podemos tentar reduzir o valor da transferência, ou negociar um contrato mais prolongado ou mesmo reduzir o salário de forma a conseguir à mesma o concurso do jogador.
As transferências no entanto estão algo dissociadas da realidade ocorrendo situações ilógicas. Na minha primeira opção de aquisição escolhi pedir emprestado o Ramires ao Chelsea. Enfim, não só o clube londrino aceitou à primeira como ainda me permitiu reduzir as condições durante as negociações. (estamos a falar de um jogador importante para o Chelsea)
Por outro lado o Modo MyClub encontra-se de volta e está também ele mais interessante e entusiasmante. Os jogadores agora ganham experiência com o decorrer dos jogos aumentando assim as suas capacidades e respectiva performance.
Uma outra inovação foi o sistema que permite que um jogador seja transformado em Preparador Físico e possa ajudar directamente outro jogador a melhor, sendo consumido no processo. É uma mecânica boa que permite ir despachando aqueles jogadores mais fracos que jamais entrariam na equipa. É claro que o jogador a ser treinado evolui mais, quanto mais semelhantes forem os estilos de jogo entre os dois (tipo de passe, posição, ...).
Seja como for, o MyClub continua a ser ainda um parente quando comparado com o modo principal do jogo da concorrência mas ... está no caminho certo. Isso é uma certeza.
Há, no entanto, um aspecto que continua a ser o mais delicado e que creio ser altura de se começar a resolver: Licenças.
Continua a ser deplorável a ausência das licenças para determinadas ligas e respectivos jogadores bem como a ausência de actualização dos planteis à data de lançamento (por exemplo, Di Maria no Man.United ou Maxi Pereira no Benfica ainda).
Se fosse há 20 anos atrás, ainda conseguiria achar engraçado a parte de edição dos planteis e actualizar as transferências para ficar com os planteis actualizados e reais mas, tenho de confessar ... hoje em dia acho que a Konami já deveria ter resolvido este problema. Este é um cartão amarelo à Konami, sem dúvida.
E por falar em cartão amarelo ... uma palavrinha para os árbitros. Epah, hoje em dia ninguém gosta muito dos árbitros (ou de alguns árbitros) mas os de PES 16 são uns seres que por vezes parecem alienígenas, especialmente em termos de movimentação no campo. (pena não terem implementado o uso da espuma nos livres).
De qualquer forma, a IA dos árbitros também apresenta aspectos muito mais interessantes. Creio que o principal será o de apresentarem um processo de avaliação dos lances quase humano ... ou seja ... falível. É bastante frequente haverem lances muito duvidosos marcados (ou não) pelo árbitro, o que também acrescenta uma certa emotividade extra ao jogo... e realismo também, claro!
Por fim, o Online que está muito bom e os principais problemas que afectam estes jogo não apenas ocorrem ocasionalmente. A jogabilidade no multiplayer online é surpreendentemente fluída. Apenas em algumas partidas temos problemas de lentidão ou lag mas isso prende-se mais com a qualidade de sinal de outros jogadores que com os próprios serviços da Konami.
O regresso das Ligas Online, de torneios online ou meros jogos multiplayer encontra-se assim assegurado pela framework de PES 16 o que é uma delicia. De regresso encontra-se também o Team Play que permite que até 22 jogadores online se juntem em sessão num jogo multiplayer. Continuo a acreditar que esta é uma das melhores opções do multiplayer, mas unicamente quando temos a sorte de emparelhar num jogo com jogadores que saibam o que fazem. É frustrante estar a jogar a sério numa equipa, na posição de médio centro e de repente ver os centrais a passarem por nós desalvorados para se posicionarem junto dos avançados. Nestas ocasiões a minha solução é ... disconnect.
Nos emparelhamentos online há apenas um aspecto que é um pouco mais chato ... o tempo de demora a preparar e lançar o jogo.
Especial atenção ao grafismo que se encontra absolutamente fantástico. Isto tanto no aspecto dos estádios como, e principalmente na representação dos jogadores que em alguns casos estão impossivelmente semelhantes aos reais (Maxi Pereira ou Mascherano são bons exemplos).
Para terminar uma palavra em relação ao tempo e às mudanças climatéricas durante um jogo. Tão depressa começamos um jogo com tempo nublado como de repente começa a chover ... o que é deveras interessante pois a diferença de jogabilidade nota-se de imediato ...
Nota Final- 9
[0................10]
Se Pro Evolution Soccer 15 foi A Surpresa, então Pro Evolution Soccer 16 é seguramente A Confirmação. O jogo continua na reconquista do terreno perdido nos últimos anos e PES 16 recomenda-se a todos os amantes de futebol. De lamentar a questão de licenciamentos e actualizações bem como alguns pormenores ainda resistentes. O melhor futebol táctico, o futebol mais pensado e o realismo do futebol estão de volta!
Género: Futebol Plataforma Analisada: Xbox One Outras Plataforma: Playstation 4, Xbox 360, Playstation 3, PC Homepage Pro Evolution Soccer 16
Este artigo tem mais de um ano
Não quero entrar em guerras, mas todas as analises que pude ler preferiram o PES 16 ao FIFA.
Bom dia.
Estou na dúvida se vou de PES ou FIFA esse ano.
Mas estou vendo muitas pessoas elogiando o PES.
Olá … boa tarde!
A análise ao FIFA 16 sairá em breve …
Estou testando o DEMO dos dois.
Estou gostando muito de jogar no PES. Mas a dúvida é grande.
Vamos aguardar a análise do Fifa.
Flávio,
A análise ao jogo FIFA 16 encontra-se aqui:
https://pplware.sapo.pt/jogos/analise-fifa-16-playstation-4/
Está muito bom ;D Comprei para o PC e já lá vão 20 horitas hehe ;D Mais alguem joga no steam? Cumps
Epa o rapaz da primeira foto já não está lá pá.