Análise Need for Speed (Xbox One)
Chegou recentemente ao mercado um dos jogos mais aguardados deste final de 2015, pelo menos pela comunidade gamer, fã das rotações furiosas e irreverentes da série Need For Speed.
O Pplware já teve ocasião de experimentar Need for Speed. Será que foi mesmo um reboot à altura das expectativas dos jogadores?
A Electronic Arts afirmou há uns meses atrás que queria Need For Speed com uma identidade própria, uma vez que os jogadores não sabiam bem o que esperar de cada vez que saía uma nova iteração desta famosa série de jogos de corrida. E percebe-se a ideia da EA, NFS já foi muita coisa: Most Wanted, Underground, Shift, The Run, Hot Pursuit, etc. Alguns destes até têm temáticas e opções de jogo idênticas, onde a única coisa que os distingue é mesmo o subtítulo.
Por estas razões foi decidido que a série precisava de um reboot, como podemos atestar pela exclusão de qualquer subtítulo ou número neste novo jogo. A Ghost Games, que teve também dedo no anterior NFS: Rivals é a responsável por tentar fornecer a dita “identidade própria” a este reboot da série.
O jogador está no papel de um racer novato que tenta chamar a atenção dos racers mais experientes de Ventura Bay e obter uma hipótese de os desafiar para umas corridas. A história é contada através de pequenos clips com atores reais. É verdade que estes não estão a fazer a interpretação de uma vida, mas pareceram sérios o suficiente para tornarem os personagens credíveis e divertidos.
Neste novo NFS vamos correr na cidade de Ventura Bay. Ao longo de vários eventos ou de forma livre vamos conhecendo cada ponto desta cidade, onde curiosamente está sempre de noite e quase sempre a chuviscar. Existe um pequeno momento onde há uma transição para o quase nascer do sol, mas que nunca chega a acontecer, passando outra vez para a noite. Não faz grande sentido. A sensação que fica é que queriam implementar um ciclo de dia/noite mas que por alguma razão acabou por ser posto de lado.
A ideia principal é a do jogador se identificar com o seu carro e não ir trocando por um mais potente a cada cinco corridas. E esse aspeto foi bem conseguido, usei praticamente sempre o mesmo carro durante a história e nunca senti que estava em desvantagem nas corridas. Isto graças às inúmeras opções de customização, tanto estéticas como mecânicas. Nas opções de estética podemos mudar a carroçaria, faróis, jantes, mudar a cor do carro e aplicar vinis.
Na parte mecânica podemos comprar novas peças para aumentar a performance mas também podemos fazer outros tipos de afinação, como alterar a pressão dos pneus, força do travão de mão, assistência para derrapagens, nitro com mais duração ou mais poder, etc. E sem dúvida que se nota diferenças na resposta dos carros quando afinamos mais para o drift ou mais para o controlo. É sem dúvida o NFS com mais opções para alterar os carros que já existiu.
Não quer dizer que não possam ter mais carros. Podem ter até cinco na garagem e existem à volta de cinquenta carros disponíveis de várias marcas para comprar, como Ferrari, Nissan, Porche, BMW Lamborghini, etc.
A campanha é composta por 79 eventos. Os modos são os clássicos do género, como por exemplo: corridas de circuito, onde o objetivo é acabar a ultima volta em primeiro lugar, sprint, onde vamos de um ponto ao outro, drift normal onde temos de fazer mais pontos que os adversários num determinado tempo, drift em equipa, onde temos de acompanhar os outros carros para fazer mais pontos. Em algumas corridas a polícia entra em ação e tenta abalroar e multar o jogador, mas é bastante fácil fugir, mesmo no nível de perseguição máximo.
Os eventos são rápidos, demoram entre os 2 a 3 minutos e raramente passam essa meta e ainda bem, uma vez que não é possível fazer pausa nas corridas. Podem fazer estes eventos contra outros jogadores humanos, mas é raro de acontecer a não ser que tenham um grupo de amigos para o fazer. Infelizmente não existe outra forma de multiplayer, não há forma de pesquisar por jogadores e fazer uma corrida. Nem um simples multiplayer local existe.
A IA adversária é medíocre. Nota-se bem a compensação quando o jogador está mais atrás ou mais à frente. Se o jogador estiver atrás nota-se que o adversário abranda para dar hipóteses ao jogador e quando o jogador está à frente o adversário atinge velocidades absurdas.
A jogabilidade contínua igual a si própria, a condução arcade contínua simplista e divertida como sempre, usar derrapagens para fazer curvas a velocidades excessivas é tão fácil como premir um botão enquanto se vai controlando a direção do carro. Notei no entanto uma situação que se pode tornar incomodativa.
Quando se perde velocidade os carros não fazem a redução de mudança para compensar essa perda de velocidade, o que leva o carro a demorar mais tempo a desenvolver e a atingir a velocidade máxima. Se pensam que podem contornar isto jogando com mudanças manuais podem tirar o cavalinho da chuva. Essa opção não existe! Bem, pelo menos posso usar o meu volante certo? Errado! Por alguma razão a Ghost Games teve a infeliz ideia de que não valia a pena incorporar essa funcionalidade.
Para este jogo precisam de uma ligação constante à internet. A desculpa para tal é a evolução social do Autolog. O sistema que regista os vossos tempos e outras atividades, comparando os vossos resultados com os dos vossos amigos em tempo real. A inovação deste sistema são os snapshots que são tirados automaticamente pelo jogo ou pelo jogador, depois na galeria podemos ver os snapshots dos outros jogadores e dar um ‘Like’ e por cada ‘Like’ ganhamos dinheiro no jogo. Basicamente, é uma inutilidade, o dinheiro que ganham em eventos é suficiente para tornar esta espécie de rede social completamente obsoleta e esquecida pelos jogadores.
Para a componente gráfica o jogo usa a versão mais recente do Frostbite Engine, e ainda bem, o jogo tem um aspeto muito bom, a quantidade de reflexos das luzes e da cidade nas poças de água acumuladas nas estradas de Venture Bay são um pormenor delicioso. A nível de detalhe os carros estão bem conseguidos, apesar de não terem o mesmo nível de jogos como Forza Horizon 2 ou Driveclub e é uma pena que não exista uma camara do cockpit dos carros para apreciar com mais imersão os detalhes da cidade.
No decorrer da minha experiencia com o jogo foram pouquíssimas vezes que houve alguma quebra de frames, no geral o jogo corre sem quaisquer problemas na máquina da Microsoft.
Se há departamento onde os NFS nunca me desiludiram foi no sonoro. Os sons dos carros estão bons e as músicas frenéticas e com batidas a 100 à hora enquadram-se perfeitamente no ambiente que o jogo transmite.
Veredicto
As desculpas para a necessidade constante de estar ligado à Internet, a falta de um multi jogador apropriado, falta de suporte para volantes, falta de controlos manuais, falta de câmara interior, entre outros problemas que referi tornam difícil recomendar este Need For Speed. Existem melhores opções no mercado e se jogaram o NFS: Rivals não vão ter aqui inovações suficientes que valham o investimento. Não é um mau jogo, mas está longe de ser o reboot que a série merecia.
Análise Need for Speed
Género: Simulador Automóvel
Plataforma Analisada: Xbox One
Outras Plataformas: Playstation 4
Homepage: Need for Speed
Este artigo tem mais de um ano
uma disulosao graficos muito a quem do que se pode fazer, uma boa surpresa graficamente o DriveClub
Queres grafismo? Espera pela versão para pc. O jogo na pc4 está melhor em termos de grafismo. Imagina em pc. Mas sim, o driveclub foi uma surpresa.
Não é pc4. É ps4. xD
(Mais uma vez, deixo a sugestão de poderem usar o Disqus como sistema de comentários. Assim os comentários insultuosos vão diminuir porque já não dá para comentar mesmo com e-mails fake. E assim podem-se editar comentários, como me dava jeito neste, para corrigir.)
+1
DriveClub há para PC?
nops, é exclusivo da ps4
Pior Need for Speed de sempre
lol. e retiram os comentários.
pessoal aqui a insultar, e passa tudo.
Pior nao digo mas foram muito similares. O unico que gostei e joguei durante mais tempo foi o nfs hot pursuit na ps3, era bom que fizessem outro igual com a mesma jogabilidade
Forza Motorsport 6 is the king.
Alhos e bogalhos
Muita boa review para um jogo banal.
Continua o bom trabalho!
Boa análise Ricardo, obrigado.
A EA continua a falhar e a decepcionar. Não deixa de ser um passo no sentido certo, a meu ver e para o meu gosto, sendo talvez o melhor NFS desde o most wanted. Mas ter um sistema de drift inteligente e um sistema de catch up podre dão cabo do jogo.
A EA podia fazer algo bem simples, pagar no undergroung 2, aumentar o mapa, actualizar gráficos, aumentar a lista de carros, adicionar a polícia do most wanted (o original), dar uns retoques nos modelos de física do jogo e por fim um sistema online simples e funcional. Seria um best seller, a EA tem a fórmula nos arquivos e continua a recusar-se a utilizá-la…
+1
Concordo a 100%
Discordo com a falta de multiplayer e matchmaking e essa historia toda…Quando se cria uma crew com amigos, os espaços vazios são preenchidos quase automáticamente ou com jogadores que entram livremente, da mesma força que podemos entrar em outras crews sem conhecermos ninguém. A partir daí, estando em crew, é só chegar às provas e convidar a crew… “Mas o pessoal pode não aceitar..” pois, mas pode também aceitar. Para não falar que podemos encontrar malta no mapa e desafiar para os vários tipos de provas em trajetos aleatorios a partir do ponto onde se fez o desafio. Enfim…o multiplayer podia ser mais apelativo? Sim. é tão mau quanto a review diz? Não
OFFTOPIC::
Boas,é o seguinte… Eu tenho uma Xbox one e um Surface pro 3.
Como sabem dá para jogar jogos da xbox no Surface atravez da aplicaçao, “XBOX” no surface.
Mas um dos requesitos, é estarem na mesma rede local.
Pois… aqui esta o meu “problema”, eu gostaria de podes jogar em outros lados que tivesse acesso á internet do meu surface.
Imaginem que me lifgo á internet do cafe X, gostaria de poder jogar. Logicamente teria de deixar a minha X1 em casa ligada.
Como nao preciso de nenhuma autorizaçao da consola pra me ligar, basta eu comecar uma transmiçao do meu Surface, como poderia fazer isto? Por VPN? Mas é necessario um pc em casa? Pois nao tenho…
Ja agora tenho internet MEO e o router e um thompson branco. (nao sei modelo)
Obrigado
Vê aqui como fazer Nuno.
https://www.reddit.com/r/xboxone/comments/3a1rwv/instructions_for_streaming_xbox_one_from_anywhere/
Abraço.
Um jogo da carros sem mudanças manuais????
Pass
É por isso que desde o most wanted original nunca mais joguei NFS.
A série underground foram os melhores, não percebo o que a EA esta a espera para repetir aquilo que já teve de bom. Ainda tive um pouco de hype quando este foi anunciado mas sempre de pé atrás devido ao historial dos NFS e está visto que é mais um quem lhe vou tocar
Esta analise é quase idêntica a uma revista informatica que vi ao falarem deste mesmo jogo… jogo claro que sou viciado 😛 … mas não quero dizer isto que foi copy/paste, nada disso, pelo contrario, cada vez mais me convenço que a versão do PC vai ser ainda melhor porque sinceramente um jogo que nasceu nos PC’s, tem que ficar melhor lá e digo isto pelos milhares de pedidos que a EA recebeu ao longo de meses de todo o mundo que fez a empresa meter o jogo para PC… para Outubro/2016 … dá que pensar!! 😉
Fiquei com curiosidade, qual é a revista ?
“Género: Simulador Automóvel” grande lol!
Lol porquê? É que no site da empresa diz o seguinte: Racing, Simulation, Automobile
😉 LOL grande LOL