5 competências que os videojogos ajudam a desenvolver para o mundo real
Os videojogos de raciocínio obrigam o nosso cérebro a encontrar soluções e a resolver problemas, enquanto os de ação rápida ajudam a melhorar os nossos tempos de reação. Mas o seu impacto não acaba por aqui. Deixo 5 skills que adquiri inconscientemente através dos videojogos.
1. Completar videojogos é mais fácil quando não se está sozinho
Nos jogos multijogador, os outros players prestam frequentemente assistência sem esperar nada em troca. Isto fez-me perceber que ultrapassar desafios é muito mais fácil com uma pequena ajuda.
Nenhum jogo personifica melhor este esforço de colaboração do que o League of Legends. Colegas meus, mais avançados, ajudavam-me a melhorar no jogo e a ganhar mais partidas. Este tipo de colaboração fez-me perceber que para alcançar certos objetivos, não custa nada pedir uma ajudinha.
2. Aceitar o fracasso, e continuar a lutar
Os videojogos acrescentam muitas vezes uma camada de desafio sob a forma de um castigo, como perder ou morrer. Alguns são notoriamente punitivos, como Rocket League, onde é comum sofrer golos. No início, sofria bastantes, por isso habituei-me a perder. Só conseguia progredir quando ficava algum tempo a treinar, o que exigia paciência, resiliência e perseverança.
Da mesma forma, não se pode ganhar sempre na vida. Alguns projetos vão falhar, por mais tente, e não há problema. O importante é aprender com os erros e nunca deixar de tentar.
3. Navegar em novos sítios com e sem um mapa
A maioria dos videojogos dá aos jogadores um mapa (e um minimapa ou uma bússola) para os ajudar a navegar no mundo do jogo. Da mesma forma, podemos utilizar o Google Maps no mundo real, que é surpreendentemente semelhante aos mapas dos jogos.
Nos jogos, o mapa pode revelar pontos de interesse próximos. Da mesma forma, é possível encontrar e ir a restaurantes, cafés e marcos históricos próximos com o Google Maps.
No entanto, a localização pode ser um desafio, mesmo com um mapa. Os mapas nem sempre têm em conta as novas estradas, os trabalhos nas estradas ou mesmo as ruas de sentido único. Um mapa é muitas vezes menos útil a pé em zonas pedonais, pelo que tem de usar as suas capacidades de orientação.
Alguns videojogos não fornecem mapas locais com cidades, por exemplo, como o Minecraft. Em vez disso, tem de se lembrar onde viu aquele rio, memorizando caminhos e prestando atenção ao ambiente que o rodeia.
4. Videojogos obrigam a trabalhar para obter recompensas
Há 10 anos, quando comecei a jogar Cafeland, um videojogo para gerir um café (no Facebook, na altura), apercebi-me logo que o jogo tinha bastante em comum com um emprego. Era preciso trabalhar bastante para obter recompensas.
Para obter melhores mesas e cadeiras, assim como aumentar o café, tinha de jogar diariamente para fazer missões e obter recompensas. No entanto, quanto mais jogava e quanto mais me esforçava, mais recompensas recebia.
Esta experiência traduziu-se no mundo dos adultos. Se queremos ganhar dinheiro, temos de trabalhar e, se queremos um emprego melhor para ganhar ainda mais dinheiro, temos de melhorar as nossas competências para aprender a fazer trabalhos mais complicados.
5. Pensar fora da caixa
Muitos jogos de raciocínio, como xadrez online, exigem que se pense fora da caixa, mas dentro das limitações do jogo - não se pode andar com um bispo vertical ou horizontalmente, nem com um cavalo sem ser em forma de L.
Em vez disso, tem de explorar o ambiente e pensar em como pode utilizar as peças que tem para progredir. É igualmente útil olhar para as coisas de uma perspetiva diferente no mundo real. Pode resolver problemas e conflitos muito mais facilmente quando considera abordagens alternativas que funcionam com as ferramentas que já tem à sua disposição.
Acredito verdadeiramente no poder da aprendizagem através dos videojogos, especialmente numa idade jovem. No entanto, os jogos podem tornar-se um vício, pelo que é importante que os pais controlem o tempo de jogo.
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Por mim, vejo é uma enorme lista de INcompetências geradas nos jovens.
pois… tudo o que caia em exagero é para aí que caminha!
Basta observar a concavidade na parte superior do crânio gerada pelos longos periodos a usar fones. Já nem refiro as aptidões que desenvolvem para trabalhar no McDonald’s.
Sim e nisso que se tranforma um gamer, num nem nem. Nem estuda, nem trabalha, nem casa, nem sai de casa dos papas, um palerma
Estás a dar exemplos de jogadores compulsivos para generalizar e chamar palermas a quem simplesmente joga, é isso? Loool
Engraçado para falar mal tem sempre pessoas, baseadas no conteúdo mídia que consomem para formar as suas opiniões. Como tudo, é uma opinião e só se tem que aceitar, por tanto, vou dar a minha, com base na minha experiência pessoal e de amigos próximos. Eu fiz a faculdade e mesmo assim jogava, hoje trabalho e no pouco tempo que tenho para poder descansar também gosto de jogar. Tirei eng. informática e mais algumas certificações e sempre joguei a minha vida toda e tenho amigos e colegas igualmente competentes mantendo a sua parte “gamer” ainda dentro deles, então acho que meter tudo dentro do mesmo saco como muitos fazem, até com os estrangeiros muitas vezes, é um erro. Um bem-haja e seja muito feliz e cheio de positividade, porque de negatividade já estamos cheios pelo que se vê, especialmente em comentários.
Mete mulher e filhos no meio e boa sorte. Eu só voltei a jogar com os miúdos depois de terem idade para tal, até lá tive muitos anos a seco
Em relação a filhos, tanto eu como a minha mulher não temos interesse, relativamente à mulher, ela junta-se a mim nessas situações e passamos bons momentos a jogar juntos em vez de ser só sair e ver séries quando se pode, é ótimo. Abraço.
Vai dizer isso aos que ganham 3000 euros por mês só para jogar. Já agora eu também jogo só que falhei em obter o prémio que era um Apple M3 😛 Mais uma coisa os jogadores de Fortinite ganham provavelmente mais num mês do que tu e eu ganhamos num ano. Portanto os palermas somos nós 🙁
Então, se ganham 3000€/mês, é porque é uma actividade de valor (!).
Que tristeza de mentalidade. Deves ter nascido há 15 ou no máximo 20 anos atrás. Iludido/a com as redes sociais e afins.
Se eu tivesse nascido 15 ou 20 anos atrás provavelmente seria jogador profissional. Já disse varias vezes eu não tenho redes sociais. Pouco ou nada me ilude e não vou em conversas de influencers (IQs de 20)
Posso admitir que a destreza adquirida nos jogos, pode conferir algumas capacidades. No entanto, com o tempo dispendido a jogar, perdem a oportunidade de adquirir outras capacidades e desenvolvimentos. O tempo que estão a jogar não o ocupam a ler (livros em papel), não adquirem raciocínio, não adquirem vocabulário diferenciado, etc. Com idades superiores a 16 anos (já não digo antes, por causa das esquerdoidíces), passando o tempo livre, sobretudo nas férias de Verão, a jogar, não adquirem competências no trabalho. Em poucas palavras, enquanto jogam perdem a oportunidade de começarem a ser úteis quer aos próprios, à família e à sociedade.
1 – Completar videojogos é mais fácil quando não se está sozinho.
A sério? Parece aqueles jogadores de por exemplo nível 10 que chamam um amigo nível 20 para ajudar a matar um inimigo de nível 8.
2 – Aceitar o fracasso, e continuar a lutar.
Os jovens de hoje em dia desistem muito rapidamente dos desafios. Até nas relações.
4 – Videojogos obrigam a trabalhar para obter recompensas.
Discordo. Os jogos estão cada vez menos difíceis de completar. E qualquer coisita que se faça no jogo dá logo direito a uma medalha qualquer, recompensa, achievement, etc.
Não admira o TikTok ser tão popular hoje em dia. Os jovens querem gratificação instantânea e não se conseguem concentrar mais de 2min.
Andas a jogar anedotas de jogos. No jogos que eu jogo tens de dar no duro e ir op mode para ficar em primeiro ou não há nada para ninguém. Os jovens atuais têm a papinha feita e os papás dou lhes dinheiro para gastar no jogo. Quando lhes dizem não ou lhes dizem que tem de ir F2P armam uma birra que nem crianças de 5 anos.
Os jogos também têm inerentemente desvantagens e uma delas vai exatamente contra o ponto 4.
A recompensa/gratificação no jogo é extremamente imediata face ao que a vida real o que pode oferecer, torna os jovens menos capazes de perseverar e pensar em objetivos de longo prazo, como por exemplo, investimento financeiro, exercitar o corpo no ginásio, estudar, etc…..