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COVID-19: Vacinas não verificadas vendidas na Dark Web

Tudo aquilo que pensamos conhecer da Internet corresponde apenas a uma pequena parte daquilo que ela pode efetivamente oferecer. Se por um lado estamos familiarizados com a parte boa, por outro, existe a Dark Web que aloja conteúdos inimagináveis e, na grande maioria das vezes, ilegais.

Aparentemente, uma empresa de cibersegurança descobriu que estão a ser vendidas, na Dark Web, doses de vacinas contra a COVID-19.


Vacinas contra a COVID-19 chegaram à Dark Web

Desde o início da pandemia que a esperança reside na descoberta e posterior administração de uma vacina eficaz contra a infeção que parou o mundo. Agora, embora existam várias a ser já utilizadas nos planos dos países, sabemos, por ser caso também em Portugal, que estão a ser registados atrasos no fornecimento das doses encomendadas.

Esta demora e consequente desespero das pessoas, levou a que começassem a ser vendidas doses de vacinas contra a COVID-19 na Dark Web. Claro está que, sendo um meio que prima pelas ilegalidades, a fonte das vacinas é questionável e despertou a atenção da Kaspersky.

A empresa de cibersegurança descobriu que estão a ser vendidas doses de vacinas contra a COVID-19 na Dark Web. Contudo, alegou que é difícil saber se são injeções reais ou se contêm um líquido placebo ou nocivo.

Mais, se os possíveis clientes não adquirirem as vacinas ilegais, podem, por outro lado, comprar um certificado que declara a administração das doses.

Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca vendidas ilegalmente

A Kaspersky pesquisou por 15 mercados diferentes na Dark Web e descobriu anúncios para três das vacinas mais mencionadas: a da Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca. Além dessas, encontraram também outras não certificadas.

Geralmente, os vendedores da Dark Web estão baseados na Europa, mas distribuem as vacinas para os EUA, a um preço médio de 500 dólares por dose. Além disso, a maioria dos vendedores solicita que o pagamento seja feito em bitcoin.

Para o negócio, o contacto é feito através de aplicações encriptadas, como o Telegram. De acordo com a empresa, alguns vendedores já efetuaram centenas de vendas.

Fotografias de um vendedor a mostrar, no Telegram, a preparação para a distribuição da vacina da AstraZeneca.

Além de serem negócios concretizados na Dark Web, existem outros elementos que podem contribuir para a desconfiança nestas vacinas. Por exemplo, o transporte daquelas que requerem um armazenamento atípico e logisticamente desafiante, como é o caso da Pfizer-BioNTech e da Moderna.

Claro que comprar num meio ilegal como a Dark Web deve suscitar sempre desconfiança. Portanto, em relação a algo tão importante quanto uma vacina, deve confiar apenas em fontes oficiais, de forma a não ser lesados.

Por razões de segurança e saúde, não se deve deixar envolver em esquemas que promovem soluções aparentemente rápidas e deve, sim, aguardar pelo contacto oficial para a administração da vacina.

 

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