Cientistas criam uma rede de 1 milhão de Linux
A internet além de ser considerada como um espaço virtual para lazer ou conhecimento por excelência, infelizmente herda alguns dos piores aspectos da condição humana. Um deles é a criminalidade organizada, através do uso abusivo da rede mundial por hackers maliciosos que têm como objectivo aceder ao conteúdos de governos, instituições ou em última instância os seus dados. Estes hackers são muitas vezes suportados por extensos e sofisticados clusters de várias máquinas, designadas geralmente por botnets.
Cientistas do laboratório nacional Sandia em Livermore nos Estados Unidos da América (EUA), conseguiram criar uma rede constituída por 1 milhão de máquinas virtuais a correr de uma forma paralela o kernel Linux. A ideia é tentar perceber a técnica usada pelas milhões de máquinas comprometidas ao nível de segurança, e usadas em botnets maliciosas.
Um dos investigadores que participou no projecto, Ron Minnich, afirmou que as botnets são difíceis de analisar visto estarem segmentadas geograficamente em vários pontos do globo. Contudo, através do uso de máquinas virtuais e um supercomputador em cluster experimentalmente, a equipa conseguiu correr várias máquinas virtuais à mesma escala de uma botnet
Embora seja uma experiência demasiado técnica para o comum mortal, as vantagens são óbvias, esta rede simulada irá permitir aos investigadores perceber como as botnets funcionam e tentarem através das conclusões que retirarem encontrar formas de explorar e impedir que as botnets maliciosas possam actuar.
Os investigadores esperam que um dia seja possível através destas botnets experimentais emular as redes de computadores de pequenas ou mesmo grandes nações como os EUA, de modo a monitorizar e tomar medidas de defesa contra ataques maliciosos.
A tarefa não se adivinha trivial e os investigadores têm noção disso, Minnich afirma que “O vasto tamanho da internet torna bastante difícil a tarefa de a entender mesmo de uma forma mais limitada“. talvez por isso, para os investigadores atingirem o seu objectivo estimam que será necessário cerca de 100 milhões de CPU's até 2018 de forma a construir um sistema distribuído que lhes irá permitir atingir as velocidades que irão precisar para criar uma botnet mais rápida e fiel às maliciosas existentes.
A ideia por trás deste projecto parece-me clara, se não podemos batê-los juntamos-nos a eles, o que neste caso significa se não se consegue combater ou compreender uma botnet, então cria-se uma botnet para desempenhar essa tarefa.
Deveremos é pensar nos perigos análogos a esta boa intenção. E se algum dia os governos dispõem desta tecnologia, será que irão usá-la para o bem nomeadamente para a sua protecção pessoal? Ou será erradamente usada por alguns como meio de promover a espionagem e violação de informação confidencial de outros governos?
O tempo o dirá, a ideia é boa e o Linux será certamente a melhor ferramenta para a tarefa devido à sua extensibilidade e liberdade de uso. O que esperamos é que a tecnologia que saia destes e outros projectos seja usada pelas nações de uma forma responsável. TG Daily
Este artigo tem mais de um ano
acho viagem isso ai…n vai dar pra extrair muita coisa.
No futuro teremos protestos virtuais tipo: “com o meu pc, não!” a emular os actuais “em meu nome, não!”
Bem, é algo arrojado… mas pode ser que obtenham resultados positivos.
Eles querem é controlo, mais nada.
Até por ventura posso pensar que os objectivos inciais fossem os correctos, mas meus amigos, quem financia isto??????
e? e, quem financia, o que quer????
Apenas uma opnião
Mais um tuga paranóico… Enfim. Vitor, começa a apagar estes comentários, se faz favor…
Se existe um só país com a capacidade de emular uma rede botnet com a mesma capacidade que as redes botnet utilizadas actualmente para fins duvidosos nada impede que no futuro essa rede que agora é para investigação não seja utilizada para outras coisas, depois vamos ver … a bomba atómica também foi o resultado de investigação feita para fins pacíficos.
@Voz da Razão
Ainda se pedisses a moderação de um post ofensivo ou de clara publicidade gratuita percebia-se, agora apagar uma opinião só porque achas que é paranóia …
Uii, ainda ontem vi o ultimo episódio das Cronicas de Sarah Connor!
Onde é que isto nos vais levar!
(Agora sou eu a ser paranóico 😛 )
sim sr … se ainda há pouco tempo o linux atingiu o 1% da quota de mercado, então uma botnet baseada num milhão de computadores linux será certamente algo muito útil para inferir conclusões sobre essa minoria.
então e não faria muito mais sentido fazer uma botnet mais representativa da realidade. não digo para excluirem linux mas colocarem os congéneres MS Windows e MAC OS também no grupo.
pergunto-me qual a validade das conclusões retiradas 🙂
HACKER – Os Hackers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares de forma legal.
CRACKER – Cracker é o termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Este termo foi criado em 1985 por hackers em defesa contra o uso jornalístico do termo hacker. O uso deste termo reflete a forte revolta destes contra o roubo e vandalismo praticado pelo cracking.