Altice: Portugal vai receber o mais longo cabo submarino do Mediterrâneo
Portugal vai ser local da amarração de mais um cabo submarino. De referir que o sistema de cabos submarinos podem representar um impacto até 500 milhões euros para Portugal e há informações que nos próximos três anos o nosso país venha a ter mais infraestruturas.
De acordo com informações recentes da Altice, Portugal vai receber o mais longo cabo submarino do Mediterrâneo.
Cabo Submarino terá a capacidade para 20 Tbps por par de fibras
A Altice Portugal e o sistema de cabos submarinos Medusa, operador de Infraestruturas Submarinas do Mediterrâneo, assinaram um MoU (Memorandum of Understanding) para a amarração do Medusa em Portugal.
O acordo foi assinado durante a conferência Subsea World 2022 em Marselha pelo Diretor Geral e CEO da AFR-IX Telecom, Norman Albi e pelo COO da Altice Portugal, Alexander Freese.
Segundo o que foi revelado, a estação de cabos de Carcavelos será o ponto ocidental da rota de mais de 8.700 km do Medusa, o mais longo cabo submarino do Mediterrâneo, que ligará nove países de África e da Europa através dos seus pontos de amarração em Portugal, Marrocos, Espanha, França, Argélia, Tunísia, Itália, Grécia, Egipto e Chipre.
O projeto Medusa envolve um investimento total de 326 milhões de euros. O cabo, que será construído pela Alcatel Submarine Networks (ASN), terá segmentos que integram até 24 pares de fibras com um desenho de capacidade de 20 Tbps por par de fibras.
O acordo com a Altice Portugal permitirá que o primeiro segmento do Medusa, que liga a estação de Carcavelos, Barcelona e Marselha, se torne uma realidade. A AFR-IX estima que o cabo chegue a Portugal durante o segundo trimestre de 2024.
Neste projeto de parceria com a AFR-IX, a Altice Portugal assegurará os serviços de amarração, incluindo energia e condutas desde a praia até à estação; serviços de operação e manutenção, e conectividade entre a estação e outros pontos de referência internacionais em Portugal, nomeadamente centros de dados, outras estações de cabo submarino e teleportos.
Este artigo tem mais de um ano
Até na conetividade internacional somos um país centralista.
Continua a só existir a area metropolitana de Lisboa e agora Sines para pontos de amarração. O Algarve (para as ligações vindas de Africa/Mediterraneo), o centro ou o norte do país (para as ligações com o UK) simplesmente não existem..
Acho que neste ponto estás errado. É expectável que esses cabos tenham de ser ligados a um hub principal em terra e esse estará instalado em Lisboa e que depois será distribuído para o resto do país.
Por comparação, nesse mapa, podes ver que na maior parte dos países só tens 1-2 pontos de acesso.
Quero acreditar que sendo uma instalação cara, os custos sejam bem calculados desde o gasto do próprio cabo até aos custos necessários em terra para distribuir o sinal.
Exato. Se o país tiver uma boa rede interna, é mais eficaz ligar a um ponto central. Onde os dados possam ser trocados.
A única exceção são países grandes, onde as ligações por via terrestre não são económicamente viáveis.
Um cabo de fibra de Lisboa/Porto é simples. Atravessar o Outback Australiano nem por isso
Mostra que não percebes como as redes são planeadas. Normalmente tens um ponto de partilha (internet exchange), onde todas as empresas e ISPs ligam. E normalmente queres ligar os teus cabos nessa localização. Depois tens serviços nacionais que te oferecem ligações diretas a esses pontos.
O mesmo acontece em outros países, em que os cabos ligam todos em sítios específicos. Bastava olhares para o mapa para perceber que funciona assim em todo lado.
https://www.submarinecablemap.com/
Espanha é um bom exemplo, tens o dobro dos pontos mas é um pais mais que o dobro de Portugal. Tem que se ter em conta o tamanho do país, países maiores tem mais pontos.
Claro que não percebo..
Assim como os espanhóis, franceses, marroquinos e argelinos que tem varios pontos de amarração e, inclusive, relativamente perto uns dos outros.. é olhar para o mapa.
Já agora, se um unico ponto central faz todo o sentido, como explicas que na AML hajam 4 pontos de amarração e ainda tenham criado o de Sines? Não basta um, segundo a tua lógica?
Estás a comparar o tamanho de Espanha com Portugal? A distância média dos pontos em Espanha são maiores que toda a costa portuguesa.
E os poucos cabos que terminam em Sines acabam por ligar a Lisboa. Como o caso do Ella link.
Keyboardcat, não fazes sentido nenhum nem respondes ao Pedro de forma directa:
– ele não se refere a ter mais pontos, ele refere-se ao porquê dos pontos estarem maioritariamente em Lisboa
– Lisboa é uma zona sísmica muito maior que outras zonas do país, como o norte
– não faz sentido que Lisboa e arredores tenham sempre grandes investimentos que não seja por razões centralistas
Isto em muitos países não acontece e costuma ser por uma razão lógica; em Portugal a razão é sempre a mesma, o país é visto como Lisboa + resto.
Complexos de inferioridade não são justificação para que cada uma das regiões do país (continental), tenham um cabo só para si.
As ilhas por serem ilhas têm de ter cabos submarinos mas o território continental não tem essa necessidade.
Os cabos são “amarrados” em sítios que permitam a ligação com outros cabos já existentes.
Não será antes complexo de superioridade da tua parte?
É que para tua informação, existe inclusive um gigapix no Porto.
No entanto, parece que só em Lisboa que as fibras tem capacidade bidirecional..
A internet no Norte de Portugal é ruim? Quais os preços?
Será que é agora que a internet(fibra mais especificamente) vai ter velocidades decentes?
Tu podes enganar duzentos cabos destes, se as infraestruturas do país são más, não vais ter boas velocidades.
Ou se faz em Lisboa ou não se faz. A maxima deste país. Lisboa está numa zona sísmica mente ativa. Lá por não acontecer não quer dizer que não aconteça. Em caso de um sismo, voltamos á idade da pedra nas ligações submarinas… É só o que eu acho. O norte tb tem excelentes ligações que podiam ser avaliadas e de alguma forma acrescentar resiliência na ligação.
Provavelmente em relação aos cabos submarinos não irá afectar muito, e se afectar arranjam facilmente.
O resto do país é que é problemático com cabos pendurados e cabos dentro de condutas em toda a espécie de circunstâncias.
Malta de zonas afectadas por incêndios florestais tiveram meses sem reposição dos serviço, com um terramoto a sério podem ser anos, décadas ou mesmo nunca mais terem serviços terrestres, ficam com o satélite e redes móveis como “alternativa” (jargão dos operadores para: não queremos saber de vós, desenrasquem-se).