Startup ajuda doente terminal a criar réplica para comunicar com a família após a morte
Um doente terminal chamado Michael Bommer está a preparar-se para deixar uma presença digital duradoura para a sua família com a ajuda da Eternos.life. A empresa de IA está a ajudar Bommer, de 61 anos, a criar uma identidade digital que capta a sua voz, personalidade e memórias.
Preservar a essência humana com tecnologia avançada de IA
A Eternos.life integrou tecnologias avançadas para preservar a essência de Michael Bommer, incluindo a captura de dados, a transcrição e as funcionalidades de conversação. Bommer expressou gratidão pela oportunidade, observando que ela lhe permite permanecer presente para as gerações futuras de uma forma única.
De acordo com a Interesting Engineering, o programa de IA começou por analisar 300 frases para aprender e replicar a sua voz. Em seguida, processou pormenores de 150 das suas histórias de vida, concentrando-se nos valores fundamentais e na sabedoria que ele desejava transmitir.
A IA foi concebida para refletir de forma inteligente os valores e as características da pessoa em que se baseia, o que impressionou Bommer e a sua família durante os testes iniciais.
Durante as fases iniciais dos testes, Bommer partilhou que a sua mulher comentou a precisão da IA, referindo que esta captava a sua voz com exatidão. Também destacou a capacidade da IA para falar alemão e inglês fluentemente.
A sua representação digital contém memórias que abrangem a sua vida, família e carreira, permitindo-lhe partilhar histórias e dar orientações. De acordo com os relatórios, também pode transmitir mensagens sentidas, como dar boa noite à sua mulher com palavras de amor e desejos de um sono tranquilo.
Ao contrário de outros programas de IA centrados na preservação de experiências de vida, a Eternos.life destaca-se pelo seu raciocínio intuitivo e seleção eficaz de informações. Processa uma grande quantidade de dados e pode gerar novos conteúdos com base nas informações que recolhe.
A próxima etapa para a contraparte digital de Bommer envolve a integração de fotografias e vídeos numa plataforma baseada na nuvem. Este avanço tem como objetivo enriquecer a sua persona digital com elementos visuais, melhorando a sua funcionalidade como uma rede neural artificialmente inteligente.
Bommer encara esta iniciativa como uma ferramenta para transmitir os seus conhecimentos e experiências, sublinhando que não se trata de alcançar a vida eterna, mas sim de garantir que as gerações futuras herdam a sua sabedoria.
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Isso devia ser proibido porque, mentalmente a família precisará de um “fecho” (closure) para lidar corretamente com a depressão do luto e aceitar a perda. Isso não só é uma solução rasca porque não existe nada minimamente aceitável a nível de AI e porque incapacita o luto. O tipo já noutro mundo e a família a falar com a AI…
Uma coisa é gravar memorias. Outra coisa é a mentira de afirmar que aquilo é comunicação depois da morte, seja lá de que forma for feito.
Proibir algo que a pessoa decidiu fazer em vida? Não me parece correto.
Não acho correto. A família irá pensar que está a comunicar com o falecido, mas na realidade, está a conversar com IA.
Isso é como afirmar que estar a ver um video estamos a pessoa ao vivo….
É como aquelas pessoas que vão para os cemitérios falar com os mortos………..
Black Mirror – S2E1 “Be Right Back”
Simplesmente doentio.
Isso é o cúmulo do materialismo
Leiam isto:
1º Tudo ou Nada: A Grande Descoberta
https://medium.com/@malainho/tudo-ou-nada-a-grande-descoberta-9b7114aae68a
2º A Grande Escolha
https://medium.com/@malainho/a-grande-escolha-ca5fc226ba8e
Só alguém muito narcisista pensaria que alguém estaria interessado a ouvi-lo depois de morto. Já a família, deve estar a rezar que o tipo morra rápido pois estão a ver a herança a sumir.