IA está a afetar o pensamento crítico dos alunos, dizem professoras
Com a Inteligência Artificial (IA) a "atrofiar e despreparar" o pensamento crítico das pessoas, duas professoras alertaram para o impacto que a tecnologia está a ter nas capacidades dos alunos.
Confiar na IA, em vez de confiar na realidade, parece estar a atrofiar a capacidade de pensamento crítico das pessoas, segundo um estudo sobre o qual lhe falámos, em fevereiro.
Usadas de forma inadequada, as tecnologias podem e resultam na deterioração das faculdades cognitivas que deveriam ser preservadas.
Uma das principais ironias da automatização é que, ao mecanizar as tarefas de rotina e ao deixar o tratamento das exceções para o utilizador humano, priva-se o utilizador das oportunidades de rotina para praticar o seu julgamento e reforçar a sua musculatura cognitiva, deixando-o atrofiado e despreparado quando surgem as exceções.
Escreveram os investigadores da Universidade Carnegie Mellon e da Microsoft, na altura, após inquirirem 319 "trabalhadores do conhecimento".
Entretanto, Gina Parnaby, professora de inglês do 12.º ano da Marist School de Atlanta, disse que viu alunos a usar IA "como uma forma de terceirizar o seu pensamento" e "trapacear totalmente".
À Axios, a professora de Linguagem e Composição observou que um dos testes aos alunos destaca o "conceito de uma linha de raciocínio", exigindo que os alunos demonstrem pensamento crítico, construindo argumentos que fluam logicamente nas suas redações.
Na sua perspetiva, confiar em chatbots de IA pode atrofiar os músculos do pensamento crítico, com os alunos a arriscarem-se a não desenvolver a capacidade de produzir esse tipo de ensaios argumentativos.
Na mesma linha de pensamento está Alexa Borota, da Trenton Central High School de Nova Jersey. A professora de 11.º ano concorda que a IA pode prejudicar as capacidades de pensamento crítico dos alunos e piorar a capacidade de atenção já reduzida pelos smartphones.
Para as duas professoras, o impacto da IA é mais corrosivo nos alunos mais jovens que não têm as bases de conhecimento que os estudantes universitários e de pós-graduação têm.
Além disso, ambas ressalvaram que a dependência constante da IA poderá deixar os alunos sem a resistência ou a capacidade de concluir testes padronizados, são cruciais para a admissão na faculdade.
Embora a IA possa impactar negativamente o pensamento crítico dos jovens, Denise Pope, professora sénior da School of Education de Stanford, à Axios, explicou que a tecnologia pode, também, ser benéfica.
Algumas crianças não têm um pai em casa que possa ajudá-las, ou ... O inglês não é sua primeira língua... Esta é uma forma de nivelar o campo de jogo.
Mais do que isso, na sua perspetiva, os estudantes precisam de aprender a usar a IA, uma vez que a tecnologia só se vai tornar mais prevalecente no mundo do trabalho.
A docente apelou aos professores para encontrarem formas de repensar as tarefas, de modo a garantir que os alunos continuem a utilizar competências de pensamento crítico.





















Ao menos podiam fingir que os chatbot demoravam a preparar a resposta. O que demoraria bastante tempo a uma pessoa a pesquisar várias fontes e a pensar para encontrar a resposta é servida mal se acaba de fazer a pergunta. Até assusta.
Então é bem possível que os mais jovens (e os menos jovens) desistam de competir com a IA. E para quê fazer os TPC se a IA os resolve instantaneamente? E até os explica, se se pedir.
A questão aqui é: ” Genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração.” (Thomas Edison). Perdendo a vontade (e o gosto) pela transpiração (solucionar questões difíceis e aprender nesse processo), quando a IA se enganar ou ferrar uma grande peta, ninguém vai estar preparado para perceber. E vai controlar o mundo quem controlar a IA (e as redes sociais).
(Texto escrito sem apoio de IA).
@Max
E como queres que compitam??? É uma verdadeira luta entre David e Golias!!! Está perdida mesmo antes de começar…
Não vejo a IA como uma desvantagem!!!
Será sim, se a canalha chegar lá e “resolve me isto”, copy + paste e chau aí, siga jogar league of legends… agora a IA até explica como se faz – se o aluno tiver interesse, aprende a fazer o que a IA lhe resolveu…
O que há é alunos interessados e alunos baldas – a IA é apenas um complemento!!!
Por acaso achei graça ao que diz uma professora – de inglês, e salienta que há alunos que a língua materna não é o inglês. E diz que os pais não estão em casa para ajudar (ou não sabem para ajudar, digo eu). E que a IA pode ajudás-los e é um “nivelador”, no sentido em que permite uma maior igualdade de oportunidades.
Concordo, a “necessidade aguça o engenho” e por certo será uma oportunidade para muitos. Para a generalidade, vai aumentar as disponibilidades de tempo para a PlayStation e não estudar.
Curioso porque diziam o mesmo da Wikipedia…
em portugal, num sistema de ensino em que nunca se fomentou o pensamento crítico, sempre visou criar trabalhadores assalariados e cumpridores mas sem grandes conhecimentos reais e em que as notas são a única coisa a que é atribuída importância, começando pelos pais que, desde o início do percurso letivo dos filhos, valorizam o desempenho pelas notas e não pelo esforço, agora a ia é que está a dar cabo do pensamento crítico dos alunos?
não sei…
talvez o que a a ia esteja realmente a fazer é permitir aos alunos obterem as notas que todo o sistema valoriza, em detrimento da obtenção de conhecimento e pensamento crítico, com muito, muito menos trabalho
concordo em parte. Eu acho que a ausência do pensamento crítico nos mais jovens não é por causa da IA, é antes pela resistência dos professores a abraçar ou entender as novas tecnologias que depois quando chegam às massas já é tarde e um aluno no presente sabe mais sobre IA e novas tecnologias que qualquer professor com mania do entiguemente.
Realmente…a culpa é do professor de matemática, história e Português…que deviam era entender de IA e novas tecnologias LOLOLOL
pensamento crítico nada tem a ver com novas tecnologias. aliás, as novas tecnologias são altamente limitativas do pensamento crítico e a sua introdução está a ser cada vez mais atrasada, ou em alguns casos até eliminada de alguns ciclos de ensino, em países que seguem sistemas de educação do séc. xxi e não, como dizia josé pacheco, um sistema do séc. xix com professores do séc. xx e alunos do séc. xxi que é o que se passa em portugal. nada disto tem a ver com novas tecnologias…
Sim e não, mas a IA é uma ferramenta como muitas outras com a diferença que é rápida e tem as respostas na ponta da língua.
E se pensarmos bem, não é esse o objetivo das ferramentas? Auxiliar tarefas para termos tempo para outras coisas? Por que reinventar a roda?
Em tempos havia uma profissão chamada “Calculadora” podem pesquisar que é real.
Basicamente era uma profissão em que o trabalho da malta era simplesmente fazer cálculos matemáticos a mão.
Com a invenção da máquina de calcular muitos disseram o mesmo, as pessoas vão deixar de saber fazer contas, as pessoas vão ficar mais limitadas de pensamento critico e afins.
A verdade é que a maquina de calcular foi uma invenção incrível e cálculos que por vezes eram lentos e um processo moroso, passou a ser instantâneo na palma da mão das pessoas.
Isto para dizer o quê?
As pessoas não ficaram mais lentas ou mais limitadas cognitivamente por usar a máquina, foi apenas uma ferramenta que agilizou o trabalho de muitos.
O mesmo com a IA e com a escola. O modelo de ensino e trabalho terá que se adaptar. Saber e decorar as coisas na ponta da língua agora não faz sentido, temos a informação a distância de um prompt de IA. Para que andar a bater na mesma tecla? Já não estamos nos anos 80 a tecnologia evolui e temos que evoluir com ela.
Parece que existe muito este preconceito das pessoas usarem IA no dia a dia como se fossem menores por isso. Na verdade, estamos apenas a usar tecnologia para agilizar e tornar as tarefas mais rápidas para termos tempo para nos dedicar a outras coisas.
Pelo menos é a minha visão da coisa, não deveríamos fazer coisas penosas e complexas só porque sim e achamos que somos maiores ou melhores por isso. As ferramentas existem, portanto, vamos usá-las.
@Fusion, concordo contigo, e até parece que muitos dos jovens e não só hoje apenas consomem informação pelas redes sociais e não se dão ao trabalho de procurar o contraditório, por isso neste caso AI deve de ser melhor que as redes sociais.
Segundo a ciência este universo não é propicio ao desenvolvimento de inteligencia, agora que conseguimos criar alguma está tudo a estranhar, calma, quem sofre de pouca inteligencia terá uma artificial, o que interessa é a dignidade Humana e exigirem os seus direitos.
No tempo da pad3m!a o vírus dizem eles veio de um morcego para outro animal e depois para o homem pois os vírus têm grande capacidade de mutação e adaptação e por isso consequente passagem entre as diferentes espécies. Foi detectado até em tigres e gatos, logo a gata da minha vizinha pode infectar todos os outros gatos e mais tarde o vírus ter uma mutação e transmitir ao ser humano. Logo por isso é que os confinamentos nunca teriam sucesso porque tínhamos de confinar tudo e não só a espécie humana mas para chegar a essa conclusão não é preciso nenhum curso superior de epidemiologia, basta perceber um pouco de biologia do secundário e ter pensamento crítico….algo que no tempo da pand3mia era conspiração….era o pensamento único, aliás os governos sobretudo as autocracias gostam de manter o povo entretido e burro porque é mais fácil engana los
Ainda a pandemia?
Atualiza-te rapaz estamos a um paço de chegar a Marte e tu ainda preso na pandemia. 🙂 🙂
Li o teu comentário duas vezes e ignorando a chalupice que escreveste, não consigo genuinamente percebe qual é o teu ponto?
Ou pelo menos a ligação do que escreveste aqui com o artigo.
btw a pandemia foi em 2020, estamos em 2025. Já passou meu, esquece isso, já viramos a página e já estamos noutro capítulo da história. Anda deixa isso, só te faz mal andares amargurado por coisas que aconteceram há 5 anos.
Desliga o PC/Telemóvel e vai lá fora, hoje até está bom tempo, toca em relva e escuta os passarinhos.
Sim o vírus transmite se entre diferentes espécies….não é chalupice é uma realidade e a comparação é que tratam nos cada vez mais como um rebanho de ovelhas sem pensamento crítico, tal como mandar mensagens a dizer que há risco de incêndio, ora se estão mais de trinta graus, mato seco, pouca humidade e vento, não tenho capacidade para perceber que o risco é grande….
Há que manter o povo burrinho sem capacidade de pensar…..
Eu acredito muito na ciência, na informática, no jornalismo e na IA, confio é pouco nos homens movidos pelo controlo e pela ganância
Eu cá uso o duckduck go chat, perplexity e blackbox. Sem login e vários modelos.
Muito mais afectam as redes sociais e a sociedade no geral
Já não bastava os professores não terem pensamento crítico há décadas, agora são os alunos também.