ARM vai criar o seu chip de IA e a Meta poderá ser o primeiro cliente
Ainda que não seja vista diretamente, a ARM tem uma posição única no mercado dos chip e de toda a tecnologia. Esta empresa vende para os grandes fabricantes o design dos seus chips, mas agora quer ir ainda mais longe. Do que se sabe, a ARM vai criar o seu chip de IA e a Meta poderá ser o primeiro cliente.
ARM vai criar o seu chip de IA
Até agora, a ARM limitou-se a vender licenças para os seus designs de chips. Este é um negócio altamente lucrativo e que a coloca no centro da indústria dos smartphones. Mas a empresa britânica quer agora entrar diretamente no caminho dos fabricantes e desenvolver o seu próprio chip, dedicado à IA.
O negócio da ARM sempre foi o de desenhar arquiteturas e designs de chips vendidos sob licença a fabricantes como a Qualcomm, Apple e Samsung. Estes últimos podem aceitar os modelos tal como são ou melhorá-los como desejarem. A empresa britânica quer agora mudar ainda mais a sua posição no mercado com novas propostas, em nome próprio.
O CEO da Arm, Rene Haas, deverá revelar o chip até ao verão. A empresa assinou um importante contrato com a Meta, que seria, por isso, o seu primeiro cliente. A ideia é equipar servidores e não smartphones. Ainda que se foque neste campo, será a TSMC a tratar de todo o processo de fabrico desta nova proposta.
Meta poderá ser o primeiro cliente
O SoftBank, principal acionista da ARM, é também um dos promotores do projeto americano Stargate,. Este quer estabelecer dezenas de centros de dados nos Estados Unidos para satisfazer as necessidades da indústria de IA e, especialmente, da OpenAI. Seria muito rentável para a SoftBank vender os chips ARM que irão equipar os servidores.
O chip dedicado aos servidores seria apenas o primeiro passo para a ARM. A empresa pretende, alegadamente, estabelecer-se no nicho dos chips de IA e garantir uma grande fatia do mercado de semicondutores, estimado em 700 mil milhões de dólares.
Para a Intel e a AMD, a entrada da ARM no lucrativo segmento dos servidores é uma má notícia. Ambos os fornecedores de chips x86 receiam este concorrente, que já os despojou de tudo nos smartphones e se estabelece cada vez mais nos PCs. Mas, na verdade, este projeto pode desequilibrar toda a indústria de semicondutores, uma vez que a ARM provavelmente vai querer olhar para além dos chips de servidor.
Há uma certa confusão – a arquitetura x86 aplica-se e aos processadores (CPU). Quando se fala das placas gráficas da Nvidia, como a A100, dedicadas à inteligência artificial – está-se a falar de GPU, que não são Arm nem x86, têm a sua própria arquitetura desenvolvida pela Nvidia (no caso da A100, chama-se Ampere e diz-se que é desenvolvida em cima da Arm).
No caso do “chip da Arm” para IA, referido no post, trata-se de CPU.