Zimbabué: Satélite enviado é do tamanho de uma caixa de sapatos
Quando se fala em Satélite no espaço, é normal pensar-se nos Estados Unidos, na Rússia ou China... mas atualmente já não é assim. O Zimbabué acrescentou recentemente umas linhas na sua história ao entrar para o clube dos Estados com satélites no espaço.
Segundo o que se sabe, este satélite do Zimbabué é um pequeno bloco do tamanho de uma caixa de sapatos. A missão será tirar fotos à Terra e recolher dados.
Um foguete partiu ontem às 10:32 TMG (mesma hora em Lisboa) na Virgínia, nos Estados Unidos da América, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS). A bordo levava três CubeSats desenvolvidos pelo Zimbabué, Uganda e Japão, segundo confirmou a NASA.
"Os satélites irão fotorafar a Terra para recolha de dados de monitorização do clima e desastres", disse a agência espacial norte-americana no Twitter, numa mensagem com uma foto dos pequenos centros de tecnologia, cada um decorado com a respetiva bandeira nacional.
History unfolding.#ZimSat1 now space bound! pic.twitter.com/NX2gEGhPt6
— Nick Mangwana (@nickmangwana) November 7, 2022
A agência espacial norte-americana NASA revelou ainda que...
As imagens recolhidas também permitirão distinguir o solo não arborizado e terras agrícolas e que podem ser usadas para melhorar os meios de subsistência dos cidadãos do Uganda e do Zimbabué
Neste país assolado pela pobreza e com uma economia debilitada, o anúncio da colocação em órbita de um satélite provocou fortes reações nas redes sociais. O custo do projeto não foi divulgado. O Zimbabué está mergulhado numa profunda crise económica há 20 anos e continua a ser alvo de sanções internacionais.
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Qual foi o destino do 1ª satelite portugues infante? Ao menos Zimbabué tem um satelite mesmo sendo do tamanho de uma caixa de sapatos…
Ainda vive, só tem “morte anunciada” para 2043 🙂 Mas ainda bem que falaste dele, muitas pessoas desconhecem.
O PoSAT-1, o primeiro satélite português, entrou em órbita em 25 de setembro de 1993, por volta das 2h45min, hora de Lisboa. Foi lançado ao espaço no voo 59 do foguetão Ariane 4; o lançamento foi realizado no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. 20 minutos e 35 segundos após o lançamento e a 807 km de altitude, o PoSAT-1 separou-se com sucesso do foguetão.
O PoSAT-1 pertence à classe dos micro-satélites, que têm entre 10 e 100 kg, e pesa cerca de 50 kg. Todo este projeto foi desenvolvido por um consórcio de universidades e empresas de Portugal e foi construído na Universidade de Surrey, em Inglaterra. Custou cerca de mil milhões de escudos (ou seja, 5 milhões de euros), sendo 600 milhões de escudos pagos pelo Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa e 400 milhões por empresas portuguesas envolvidas no Consórcio Po-SAT: INETI, EFACEC, ALCATEL, MARCONI, OGMA, UBI e CEDINTEC.
O responsável máximo foi Fernando Carvalho Rodrigues, que devido ao seu envolvimento é apelidado de “pai” do primeiro satélite português.
A morte física do Po-SAT-1 prevê-se para 2043. Em 2006 o PoSAT-1 deixou de comunicar com o Centro de Satélites de Sintra. O satélite encontra-se à deriva numa órbita descendente, até se desintegrar na atmosfera terrestre.
“A morte física do Po-SAT-1 prevê-se para 2043. Em 2006 o PoSAT-1 deixou de comunicar com o Centro de Satélites de Sintra. O satélite encontra-se à deriva numa órbita descendente, até se desintegrar na atmosfera terrestre.”
Não entendi este parágrafo…
Deixar de comunicar não quer dizer que está morto fisicamente…
Pelo que entendo, estará em morte cerebral desde 2006, mas só será enterrado em 2043
Sim, anda a passear pelo espaço 😉
Vitor M., eu penso que o Paulo não estava a questionar acerca do PoSAT mas sim do Infante ( https://www.isq.pt/projeto/infante/ )
Deve morrer. Em 2021 ficou sem data
https://observador.pt/2021/04/28/lancamento-de-microssatelite-portugues-infante-deixou-de-ter-data-marcada/