TVs e monitores vão ser mais simples de reparar! Saiba porquê
Quantas vezes já lhe aconteceu avariar-se um equipamento tecnológico e o mesmo não ter reparação? Ou, por outro lado, o mesmo ter reparação, mas o valor do arranjo ser exorbitante? A partir de 2021 tudo vai mudar.
A Legislação europeia adotada recentemente visa tornar produtos mais fáceis de reparar e com maior eficiência energética, economizando custos e reduzindo a poluição.
A partir de 2021, todas as TVs, monitores, frigoríficos, arcas congeladoras, máquinas de lavar e secar roupa, máquinas de lavar-loiça e produtos de iluminação colocados no mercado da União Europeia deverão atender aos requisitos mínimos de reparabilidade que visam prolongar a sua vida útil.
Estes produtos também serão mais fáceis de reciclar graças a um melhor design e, no caso dos monitores, à remoção de retardadores de chama halogenados.
Novas medidas garantem um menor desperdício
As novas medidas fazem parte da Diretiva Europeia de Conceção Ecológica, que remove do mercado os produtos com maior desperdício, substituindo-os por unidades que fazem o mesmo trabalho com menos energia e necessidade de recursos.
Juntamente com as novas etiquetas energéticas adotados em março, os novos requisitos de eficiência energética ajudarão a UE a economizar 140TWh adicionais de energia por ano, o que corresponde a 5% do consumo de eletricidade da UE. Para consumidores e empresas, isto significa 20 mil milhões de euros economizados nas contas de energia.
Por exemplo, o prolongamento da vida útil das máquinas de lavar-roupa por apenas cinco anos irá poupar na UE tantas emissões (CO2eq) como retirar meio milhão de carros das ruas por ano, tal com identificado num estudo recente.
Para a ZERO estas medidas da Europa são um grande passo em direção a uma economia mais circular, que devem inspirar o resto do mundo. Esperamos agora que os decisores da União Europeia repliquem esta abordagem para muitos outros produtos, principalmente produtos eletrónicos como smartphones e computadores, para minimizar o seu impacte ambiental
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Excelente Pedro Pinto, como sempre!
Foram pouco ambiciosos! Poderiam ter perfeitamente exigido um mínimo de durabilidade de 30 anos para todos aqueles equipamentos (TVs, monitores, frigoríficos, arcas congeladoras, máquinas de lavar e secar roupa, máquinas de lavar-loiça e produtos de iluminação). É perfeitamente exequível, e na realidade durante bastante tempo os equipamentos duravam perto ou até mais que isso. E claro que todos os equipamentos fossem construídos de tal maneira que pudessem ser sempre reparados por custos muito inferiores a comprar o mesmo novo.
Para os chamados IoT (Internet Of Things) poderiam além disso exigir interoperabilidade (o cliente não ficar dependente de determinada marca para que o equipamento funcione como esperado) e certificados de análise profunda de segurança, ataque e vulnerabilidades onde terceiros de confiança reconhecida (pelo menos pela UE) demonstrassem ter feito testes de intrusão, procura de vulnerabilidades e verificações nos parâmetros de segurança de tal maneira que possam afirmar com grande segurança que para os conhecimentos da era actual os produtos testados apresentam um nível de segurança muito elevado. Só permitindo a entrada no mercado após qualquer falha considerada inaceitável ser devidamente corrigida. Declarações feitas pelos próprios fabricantes ou por divisões do próprio grupo de empresas seriam considerados inaceitáveis para os fins de segurança tecnológica dos produtos IoT.
Não será para compensar a diminuição do período de garantia ?