A transição para uma mobilidade elétrica tem sido amplamente apontada por muitos como uma das mudanças mais importantes para a redução das emissões de dióxido de carbono. Contudo, aparentemente, a Toyota considera que nem todos devem conduzir um veículo elétrico como forma de combater as alterações climáticas.
A opinião surgiu pela voz do chefe de investigação da fabricante nos Estados Unidos da América (EUA).
Elétricos? ‘Quanto baste’!
Conforme adiantado pela Reuters, Gill Pratt, chefe de investigação da Toyota nos EUA, diz que nem todos devem conduzir um veículo elétrico, como solução para as alterações climáticas. Esta não é primeira declaração feita por um executivo da Toyota, uma vez que a empresa parece estar contra a mudança definitiva, sugerida por muitas fabricantes.
Apesar de Akio Toyoda, presidente da Toyota, acreditar que os veículos elétricos são (e serão) uma solução muito importante na redução das emissões de gases de efeito de estufa pelos automóveis, globalmente, defende que não é viável apostar numa tecnologia apenas.
Portanto, a Toyota tem investido no desenvolvimento de híbridos e em modelos movidos a células de combustível de hidrogénio, em alternativa aos veículos elétricos.
Gill Pratt, chefe de investigação da Toyota nos EUA
No mesmo sentido, Gill Pratt explicou que a Toyota está empenhada em oferecer várias opções, por forma a dar aos clientes ferramentas diversificadas para reduzir as emissões de dióxido de carbono dos seus automóveis. Segundo o chefe de investigação, “não nos compete prever qual a melhor solução ou dizer que só uma funcionará”.
Além disso, discordou com a decisão de alguns governos e autoridades de excluir os modelos híbridos dos incentivos, e salientou que estes devem visar a redução das emissões de dióxido de carbono, ao invés de exigir a escolha de uma tecnologia específica para atingir essa redução.
Até 2030, a Toyota planeia investir cerca de 13,5 mil milhões de dólares no desenvolvimento de baterias para veículos elétricos. Afinal, mercados como a Europa estão a acelerar o processo de transição para a mobilidade elétrica e, portanto, a fabricante terá de responder.